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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Gigantes de aço

Uma tempestade perfeita dá força às siderúrgicas — e a Gerdau aproveitou a ocasião

A Gerdau surpreendeu até mesmo os mais otimistas e reportou um balanço bastante forte no trimestre, com expansão de margens e lucro

Imagem mostra trabalhador de indústria siderúrgica, como CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) ou Gerdau (GGBR4)
Indústria siderúrgica - Imagem: Shutterstock

Duas informações aparentemente conflitantes estampam o noticiário econômico: de um lado, as ações PN da Gerdau (GGBR4) disparam 7%; de outro, a produção industrial do país caiu 2,4% em março. Ora essas, se as fábricas vão mal, o consumo de aço também deve ser afetado — então, como uma siderúrgica sobe tanto na bolsa?

A resposta é simples: uma tempestade perfeita atinge o setor. Apesar da produção industrial em baixa, a demanda por aço está aquecida — as fábricas pesadas e a construção civil seguem a todo vapor. Além disso, os preços estão em alta e o câmbio está favorável.

É uma combinação poderosa para as siderúrgicas. E o balanço da Gerdau no primeiro trimestre de 2021 deixa claro que a empresa conseguiu capturar esse ambiente amplamente favorável. Os resultados mostram um crescimento explosivo no lucro, no Ebitda e nas margens.

A tendência positiva já tinha sido demonstrada, em menor grau, por CSN e Usiminas, que divulgaram seus números na semana passada. A barra estava alta para a Gerdau, mas os resultados da companhia superaram até mesmo as expectativas mais positivas.

Gerdau na frente

Indo aos números: a Gerdau fechou os primeiros três meses do ano com receita líquida de R$ 16,3 bilhões, um crescimento de 77% na base anual. O Ebitda ajustado — ou seja, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — subiu 267%, para R$ 4,3 bilhões.

O número mais impactante, contudo, vem da última linha do balanço: o lucro líquido da siderúrgica disparou 1.000% (!) em um ano, chegando a R$ 2,5 bilhões.

E como esses resultados foram obtidos? Em primeiro lugar, chama a atenção o desempenho operacional: as vendas de aço no trimestre aumentaram 15% em relação ao mesmo período do ano passado, superando a marca dos 3 milhões de toneladas.

Além do crescimento no volume vendido, é importante lembrar que os preços do aço têm subido de maneira constante desde o ano passado. Segundo o Instituto Nacional das Distribuidoras de Aço (INDA), as usinas já reajustaram os preços em 35% somente neste ano — em 2020, a alta acumulada chegou a 90%.

Nesse contexto de preços mais altos e demanda aquecida, veja o que aconteceu com as margens consolidadas da Gerdau:

  • Margem bruta: 23,2% (era 9,3% no 1T20);
  • Margem Ebitda ajustada: 26,4% (era 12,8% no 1T20).

Mercado aquecido no mundo

A análise por divisão de negócio da Gerdau também nos traz dados relevantes: a operação brasileira, por exemplo, teve receita líquida de R$ 6,9 bilhões, o dobro do que foi reportado há um ano — novamente, a demanda alta da construção civil e indústria de base, combinada aos preços cada vez mais elevados do aço, foi o motor do balanço.

Mas as operações na América do Norte tiveram um desempenho igualmente bom, com a receita líquida subindo 48% na base anual, para R$ 5,9 bilhões. O câmbio favorável, com o real mais fraco, ajuda a explicar a alta nos resultados em moeda local.

Veja as margens Ebitda de cada divisão da Gerdau no trimestre:

  • Brasil: 36,9% (era 15,7% no 1T20);
  • América do Norte: 14,3% (era 10,7% no 1T20);
  • América do Sul: 38% (era 23,4% no 1T20);
  • Aços especiais: 16,8% (era 8,2% no 1T20).

O que os analistas acharam?

Em relatório, Fernando Ferrer, editor da Empiricus, destacou os fortes resultados financeiros da companhia, em especial o Ebitda recorde e a forte geração de caixa no trimestre, de R$ 1,8 bilhão.

A companhia vive seu melhor momento dos últimos anos, favorecida pelos esforços de eficiência realizados pela gestão e pelo bom momento do mercado

Fernando Ferrer, editor da Empiricus

O BTG Pactual também mostrou-se positivamente surpreendido, destacando que os preços mais altos no Brasil foram um fator importante para os fortes resultados da Gerdau — a equipe de análise do banco afirmou, inclusive, que deve revisar as estimativas para a empresa ao longo do ano.

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