Em grupos de Telegram, CVM estava ‘no terceiro minuto’, diz diretor da autarquia
Alexandre Costa Rangel diz que não há algo “exatamente novo” em irregularidades promovidas nas redes sociais e diz que CVM está aberta ao movimento de inovação

O diretor da CVM, Alexandre Costa Rangel, disse nesta quarta-feira (24) que havia pessoas da autarquia em grupos do Telegram sobre ações desde o "terceiro minuto" em que foram criados.
Rangel não citou casos específicos, mas no início do ano grupos de investidores induziram a alta das ações da resseguradora IRB por meio do aplicativo de troca de mensagens, em uma tentativa de reproduzir a especulação promovida nos Estados Unidos com os papéis da GameStop.
"Não há exatamente algo novo nas irregularidades", afirmou Rangel em conversa transmitida ao vivo por Empiricus e Vitreo, que pertencem ao mesmo grupo do Seu Dinheiro. "Com a internet, a gente ainda tem o benefício de deixar um super rastro".
Rangel é advogado de formação e compõe o colegiado da CVM com outros três diretores, além do presidente da autarquia. Para ele, as redes sociais são uma "excelente ferramenta". "Mas como toda a ferramenta pode ser usada de forma irregular", disse.
O diretor da CVM comentou que acha "complicado" avaliar de forma objetiva, "com um checklist", a atuação de influenciadores digitais. No entanto, ele destacou que a autarquia tem um filtro mínimo sobre a atuação dos diversos agentes na internet.
Ainda em janeiro, a CVM emitiu alerta sobre a "possível atuação irregular de pessoas em mídias sociais, com vistas a influenciar o comportamento de investidores", práticas essas que podem caracterizar infrações administrativas e penais.
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Caminho sem volta
A respeito de inovações, Rangel também avaliou que o mercado de criptomoedas é uma "caminho sem volta", tendo em vista o avanço dos ativos nos meios institucionais, em especial no último ano.
"Parece muito claro que é algo que pode ser muito bem trabalhado na medida em reguladores compreenderem que faz sentido ter algum tipo regulação", disse.
O diretor da CVM lembrou que a autarquia tem um projeto de sandbox regulatório em análise "que tem tudo a ver com o ambiente cripto". O sandbox regulatório é uma iniciativa em que instituições testam projetos inovadores com clientes reais.
"A CVM tem diversas iniciativas muito abertas a essa realidade. Não dá pra remar contra", disse Rangel. "A discussão é como regular algo e deixar cada vez mais claro para o investidor em geral que aquilo tem uma penca de riscos".
No último dia 17, a autarquia aprovou a negociação do primeiro ETF de criptomoedas no Brasil: o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de índice, da gestora brasileira focada em criptoativos Hashdex.
Assista à íntegra da transmissão:
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