China proíbe bancos e empresas de pagamento de oferecerem serviços em criptomoedas
O país já proibia exchanges e ICOs, mas a nova regra impede transações institucionais e que pessoas tenham bitcoins, por exemplo

A China anunciou que proibiu que instituições financeiras e empresas de pagamentos ofereçam serviços que envolvam transações em criptomoedas. Em comunicado, órgãos governamentais ainda alertaram os investidores sobre perigos envolvendo transações em cripto. A informação é da Reuters Internacional.
Essa notícia foi recebida com pouca novidade pelos investidores. Na prática, a China já havia proibido exchanges de criptomoeda e ofertas iniciais de moeda (ICOs, na sigla em inglês). Entretanto, essa nova regra proíbe indivíduos de possuírem criptomoedas.
Para Andre Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus, a notícia não deve ser "nada de mais".
Apesar disso, a notícia pegou o preço do bitcoin em cheio. A principal criptomoeda do mercado derrete em quase 30% na manhã de hoje.
De acordo com o governo chinês, essas instituições financeiras não devem oferecer aos clientes nenhum serviço que envolva criptomoeda. Isso inclui registro, negociação, compensação e liquidação, como disseram três órgãos do setor em um comunicado conjunto nesta terça-feira.
"Recentemente, os preços das criptomoedas dispararam e despencaram, e o comércio especulativo voltou, prejudicando seriamente a segurança da propriedade das pessoas e perturbando a ordem econômica e financeira normal", diz o governo da China em comunicado.
Leia Também
Notícia velha?
De acordo com Qiao Wang, ex-empresário da Messari e que atua na DeFi Alliance, houve um pequeno "erro". A China já possuía leis contra a especulação. Essa "proibição" é resultado das últimas e sucessivas altas e baixas do mercado das criptomoedas.
Para ele, três coisas "burras" aconteceram na última hora: "1) A Reuters está escrevendo um artigo enganoso sobre a proibição da China; 2) Pessoas retuitando a Reuters e acreditando nela; 3) Dumping de mercado nas notícias da Reuters. A China não baniu a criptografia. Ela está reiterando uma lei anti-especulação de anos atrás", afirmou em sua conta no twitter.
Abrindo espaço
Para Fábio Alves Moura, da AMX, especialista em blockchain com foco em negócios e leis, isso pode ser visto de outra maneira. A China também está desenvolvendo o yuan digital, uma criptomoeda estatal.
Dessa forma, ao proibir pagamentos institucionais em bitcoins, as empresas e os bancos devem migrar para uma maior utilização do yuan digital. Isso seria uma forma de viabilizar essa criptomoeda estatal como uma "moeda internacional".
Velhos medos
O comunicado também destacou os riscos da negociação de criptomoedas, dizendo que elas "não são sustentadas pelo valor real". De fato, as criptomoedas não têm lastro e seu valor é regulado pelo mercado seguindo a lei de oferta e procura.
A semana já não vinha sendo boa para a principal criptomoeda do mercado. O preço do bitcoin caiu após Elon Musk anunciar que a Tesla deixará de receber pagamentos em criptomoedas por motivos ambientais.
Dá para "proibir" uma criptomoeda?
As criptomoedas nasceram para poderem ser usadas sem a necessidade de um Banco Central ou instituição reguladora por trás. O governo pode proibir como foi o caso da Turquia, há algum tempo.
Mas as transações entre pessoas ficam mais difíceis de serem controladas, mesmo que um pouco mais difíceis de serem feitas. "Essa proibição tende aumentar as transações P2P ("person to person", pessoa a pessoa)", como afirma Rocelo Lopes, especialista em blockchain e criptoeconomia.
Seria um problema maior, segundo ele, se houvesse uma proibição de mineração. A China ainda é o maior pool de mineração de criptomoedas (em especial, do bitcoin) do mundo.
Mas em questão de valor de mercado e preço, a Europa e os Estados Unidos ainda têm um peso muito maior.
*Colaborou com esta matéria o professor Henrique Poyatos, coordenador acadêmico da FIAP
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Pouco ou muito otimista? Ark Invest projeta bitcoin em US$ 2,4 milhões em 2030
Gestora de criptoativos projeta alta média anual de 72% do bitcoin nos próximos cinco anos.
Sem alarde: Discretamente, China isenta tarifas de certos tipos de chips feitos nos EUA
China isentou tarifas de alguns semicondutores produzidos pela indústria norte-americana para tentar proteger suas empresas de tecnologia.
A marca dos US$ 100 mil voltou ao radar: bitcoin (BTC) acumula alta de mais de 10% nos últimos sete dias
Trégua momentânea na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somada a dados positivos no setor de tecnologia, ajuda criptomoedas a recuperarem parte das perdas, mas analistas ainda recomendam cautela
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
E agora, Trump? A cutucada da China que pode reacender a guerra comercial
Em meio à sinalização do presidente norte-americano de que uma trégua está próxima, é Pequim que estica as cordas do conflito tarifário dessa vez
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
A tarifa como arma, a recessão como colateral: o preço da guerra comercial de Trump
Em meio a sinais de que a Casa Branca pode aliviar o tom na guerra comercial com a China, os mercados dos EUA fecharam em alta. O alívio, no entanto, contrasta com o alerta do FMI, que cortou a projeção de crescimento americano e elevou o risco de recessão — efeito colateral da política tarifária errática de Trump.
Trump recua e bitcoin avança: BTC flerta com US$ 94 mil e supera a dona do Google em valor de mercado
Após a Casa Branca adotar um tom menos confrontativo, o mercado de criptomoedas entrou em uma onda de otimismo, levando o bitcoin a superar o valor de mercado da prata e da Alphabet, controladora do Google
Boeing tem prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre e ações sobem forte em NY
A fabricante de aeronaves vem enfrentando problemas desde 2018, quando entregou o último lucro anual. Em 2025, Trump é a nova pedra no sapato da companhia.
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
A festa do estica e puxa de Donald Trump
Primeiro foram as tarifas recíprocas e agora a polêmica envolvendo uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell