Ibovespa fecha nas mínimas, TIM pode disparar com mudança societária e tudo o que aconteceu no mundo cripto; confira os destaques do dia
Inflação acima da meta, projeções pessimistas de crescimento e uma nuvem de incerteza sobre o futuro fiscal do país não costumam ser elementos que sustentam um clima positivo nos negócios, ainda que pelas primeiras horas do pregão desta segunda-feira (22) o Ibovespa tenha tentado pegar carona no bom momento das empresas de commodities metálicas.
Nem mesmo a alta de quase 6% das ações da Vale, empresa de maior peso na carteira teórica do Ibovespa, conseguiu impedir que o índice voltasse a ceder com o peso das nossas incertezas fiscais e mais uma escalada dos juros futuros, já que os analistas continuam revisando para cima a projeção para a inflação em 2021 e 2022.
O dia reservou de tudo um pouco. Com a empolgação da confirmação de que Jerome Powell deve seguir como presidente do Federal Reserve, o banco central americano, o Ibovespa chegou a subir mais de 1,50%.
O pessimismo com a situação fiscal do país, no entanto, levou o principal índice da bolsa brasileira a fechar nas mínimas, em queda de 0,89%, aos 102.122 pontos. Após a alta recente, o dólar à vista caiu 0,27%, aos R$ 5,5936, mas chegou a avançar pontualmente.
Se na semana passada o mercado financeiro ficou mais “conformado” e recebeu de bom grado a notícia de que o Senado pretende facilitar a aprovação da PEC dos precatórios, fatiando o texto, hoje os investidores voltaram a ficar preocupados após a participação do secretário especial do Tesouro, Esteves Colnago, em comissão no Senado.
O secretário apresentou novos cálculos que mostram que a folga no teto de gastos deve ser maior do que a inicialmente prevista — R$ 106,1 bilhões ao invés de R$ 91,6 bi. Mas boa parte desse valor já se encontra comprometido, o que deixa apenas R$ 1,1 bilhão livre para que o governo cumpra promessas como o subsídio do gás de cozinha para as famílias mais carentes, o auxílio para compra de diesel para os caminhoneiros e outros gastos que possam aparecer em ano eleitoral.
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Isso sem falar na grande aposta do governo — o Auxílio Brasil. Ainda não há um consenso sobre o caráter temporário da medida, o que gera ainda mais incertezas sobre a origem dos recursos para financiá-la.
O Senado deve apreciar o tema na próxima quarta-feira, mas Colnago já avisou que, caso a PEC não seja aprovada, há risco de o governo declarar estado de calamidade próximo do 1º turno da eleição presidencial do ano que vem.
O começo da semana também reservou algumas novidades no noticiário corporativo:
- A Telecom Italia, controladora da TIM, recebeu uma proposta bilionária de compra feita pela KKR;
- O Iguatemi passou a negociar units no Ibovespa, após reorganização societária promovida pela Jereissati;
- A rede de hospitais Mater Dei anunciou sua segunda aquisição pós-IPO.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
MUDANÇA SOCIETÁRIA
Ações da TIM Brasil (TIMS3) podem subir até 59% em caso de oferta aos minoritários com venda da Telecom Italia. O preço por ação da TIM Brasil poderia sair a R$ 21,50 em uma possível oferta — o chamado “tag along”, no jargão de mercado —, nos cálculos do BTG Pactual. Mas esse cenário é pouco provável.
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