Furo no teto, puxadinho, sol no telhado e um abrigo: do estresse nos mercados à energia solar em casa, veja as principais matérias da semana
Veja as principais reportagens e coberturas do Seu Dinheiro na última semana

Na última semana, a casa caiu em Brasília, o teto de gastos desabou sobre os mercados, e a nós restou buscar alguma proteção entre os escombros.
O anúncio do novo programa social do governo, que previa R$ 30 bilhões acima do limite de despesas com aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi mal recebido pelo mercado e provocou a saída de quatro integrantes da equipe econômica.
Para tentar desfazer a imagem de fura-teto, o governo tratou de reparar a rachadura na laje fazendo um puxadinho, alterando a regra de correção do teto de gastos na PEC dos Precatórios e abrindo um espaço de mais de R$ 80 bilhões no Orçamento de 2022, que agora tem pé direito duplo.
Além de terem ficado bastante insatisfeitos com os arranjos, que de qualquer maneira abrem precedentes para mais gastos e inflação no futuro - além de dólar e juros mais altos -, os investidores também passaram a temer uma saída de Guedes do governo.
O ministro teve um dia de “fico” na última sexta-feira, o que trouxe algum alívio às negociações, mas o saldo do dia (e da semana) ainda foi negativo, apontando para uma piora do cenário econômico brasileiro, como mostra a matéria da Jasmine Olga. Para o mercado, o recado está dado: 2022 já começou, e a prioridade agora é a eleição.
Se você está se sentindo um pouco perdido em relação aos acontecimentos da última semana, recomendo a leitura da matéria da Larissa Vitória, que preparou um resumo com as cinco razões pelas quais o Ibovespa não para de cair. O texto esmiúça toda essa questão em torno do teto de gastos e também as preocupações em relação ao cenário externo (sim, elas existem!).
Leia Também
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China
Dito isto, o que fazer neste cenário? Como se proteger? Algumas das principais matérias do Seu Dinheiro na semana trazem dicas nesse sentido; outras destacam alguns riscos do momento que vivemos. Vamos a elas:
1. Ao abrigo quentinho do dólar
No momento de maior estresse da última semana, o dólar foi a estratosféricos R$ 5,70, refletindo a desvalorização do real diante do aumento no risco fiscal brasileiro. Mesmo assim, a moeda americana também está vivendo um movimento de apreciação global neste ano, isto é, vem ganhando valor inclusive ante moedas fortes, como o euro.
O momento, que combina dólar forte e incertezas domésticas, evidencia o valor de ter uma parte da carteira alocada no exterior e exposta à moeda americana. Mas que percentual da carteira, exatamente? E com o dólar nas alturas, é o caso de começar a montar essa posição agora? O Matheus Spiess respondeu, na sua coluna desta semana.
2. Ações defensivas para tempos incertos
O Ruy Hungria também falou sobre proteção, desta vez na bolsa. Com ou sem furo no teto de gastos, ainda estamos diante de um ciclo de alta de juros. O nível de (ir)responsabilidade fiscal vai ditar apenas a intensidade dessa alta. E este cenário prejudica alguns segmentos na bolsa, como as fintechs, conforme a analista Larissa Quaresma já mostrou na sua coluna de fim de semana passado.
Sendo assim, o Ruy sugere que o investidor se abrigue à sombra de alguns gigantes mais resilientes. Veja quais ações ele recomenda para proteção.
3. Bolhas entre as techs
E não são só as fintechs. O setor de tecnologia no geral, tanto no Brasil quanto no exterior, é um dos que mais devem sofrer com a alta de juros - que já está ocorrendo por aqui, mas deve começar nos Estados Unidos apenas no ano que vem. Nesse sentido, é bem possível que algumas techs fiquem pelo caminho durante o processo.
Para Stephen Schwarzman, CEO da Blackstone - uma gestora de US$ 684 bilhões especializada em private equity -, existem bolhas se formando no setor de tecnologia, principalmente entre as empresas em estágio pré-IPO, isto é, que estão se preparando para ir a mercado. Ele me disse isso em uma entrevista sobre os limites para a alta das ações americanas, a imagem do Brasil para o investidor gringo e o lançamento do seu livro em português.
4. Aproveite o sol no seu telhado
Se você tem um teto sobre a sua cabeça que não esteja furado e que seja ensolarado, talvez ele possa te ajudar a se proteger também da inflação. O custo da conta de luz é um dos que mais vêm assustando os brasileiros ultimamente, mas para algumas pessoas é possível gerar a própria energia em casa por meio da instalação de painéis solares, geralmente no telhado.
A economia na conta de luz pode chegar a mais de 90%, mas a adoção de energia solar em casa não é para todo mundo. Na última semana, eu publiquei uma série de três reportagens com tudo que você precisa saber sobre o tema: se energia solar em casa vale a pena, para que perfil de residência e consumidor é recomendado e quanto custa - e ainda fizemos as contas para você. Aqui vai a primeira matéria da série, que tem o link para as outras duas.
5. Os FIIs de shoppings estão baratos
Para encerrar, não vou falar de tetos, telhados ou abrigos, mas de outro tipo de construção, os shoppings. O segmento de fundos imobiliários que mais sofreu durante a pandemia pode estar prestes a renascer. O Kaype Abreu conversou com o CEO da HSI, uma das mais importantes gestoras de FII do país, que acha que os shoppings estão baratos e o investidor ainda não percebeu. Ele vê potencial no segmento mesmo diante da perspectiva de alta nos juros. Recomendo a leitura!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro no sábado". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA