Bolsa não precisa de motivos para subir e os ganhos acontecerão – mesmo no pior cenário

Do fim de fevereiro até este meio de abril, o Ibovespa retomou os 120 mil pontos rapidamente, e sem qualquer utopia.
Isso nos traz uma importante lição enquanto investidores agnósticos: a Bolsa não precisa de motivos para subir.
Repita o mantra: não precisa de motivos para subir, não precisa de motivos… assim como você não precisa ser sempre feliz para viver. Seu tesão pela existência depende apenas de um mínimo conjunto de significados honestos.
O investidor coxa, que espera bons motivos para comprar, vai continuar esperando ou vai comprar muito mais caro, lá na frente, quando já estivermos todos em Pasárgada.
Geralmente, a ausência de razões para cair já é uma ótima notícia, independentemente de quaisquer critérios canônicos sobre "a eficiência no apreçamento de ativos de risco".
Qual é a régua perfeita que o observador perfeito usará para medir todas as coisas do mundo?
De minha parte, enxergo através de ângulos oblíquos, e minha régua é torta.
Leia Também
Aliás, bem-vindo à Empiricus — o lugar que reúne pessoas que nasceram com as réguas tortas, e não têm vergonha de admitir.
Welcome to the club.
Fique à vontade para puxar uma cadeira, sempre temos um lugar à mesa reservado para você. Aguarde um minuto que, em breve, distribuiremos as cartas; o jogo já vai começar.
Mas, antes, afinal: o mercado é ou não é eficiente?
O mercado coleciona ineficiências, e pode colecioná-las tanto quanto for possível caber em suas grandes mãos invisíveis — como uma avó montando suas quase trincas na cacheta.
O mercado acumula várias ineficiências nas mãos, mas sorri aquele sorriso amarelo de avó ex-fumante para seus netinhos, como se estivesse numa baita maré de azar, a eterna busca pelo maldito oito de paus.
Como humildes jogadores do lado da mesa — se é que as mesas redondas têm lado —, às vezes conseguimos espiar uma ou outra carta nas mãos do mercado.
Uau, como somos espertos!
Ou será que a avó pseudodistraída é quem deixou-se espiar?
Espiamos com o gosto de quem faz algo proibido, e aquela carta nas mãos do mercado passa a ser imediatamente percebida como uma oportunidade.
Não há como segurar tamanha ineficiência por tanto tempo, simplesmente não faria sentido.
Que absurdo!
Não há arbitradores neste mundo?
O mercado tem nas mãos exatamente a carta de que eu preciso para bater o benchmark, uma carta que — para ele — se mostra inútil, mas não descarta nunca.
Ok, ok. Se quer jogar dessa forma, pior pra ele. Olho por olho. Também não descarto nunca o meu oito de paus, mesmo que seja preciso morrer com esta merda nas mãos.
E assim vamos acumulando rodadas e rodadas, passando da meia-noite, resistência armada.
Não posso nem me levantar para ir ao banheiro (pelas regras da casa, os jogadores não podem levar as cartas consigo até o mictório). Faço um esforço surreal para continuar líquido pelo mesmo tempo em que o mercado se mantém irracional.
Luto contra um sono desesperador, passo a confundir os números e naipes.
Então, num piscar de olhos — será que eu pisquei ou dormi? —, o mercado descarrega sobre a mesa todas as suas trincas e quadras, algumas delas formadas com a ajuda de coringas providenciais.
O mercado bateu, sem depender do meu oito de paus. Não posso acreditar.
Perdi, mas podia ter ganhado.
Quer jogar de novo?
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”
Investidores sacam R$ 38 bilhões de fundos no ano, e perdem a oportunidade de uma rentabilidade de até 35,8% em uma classe
Dados da Anbima mostram que a sangria dos multimercados continua, mas pelo menos a rentabilidade foi recuperada, superando o CDI com folga
Cury (CURY3): ações sobem na bolsa depois da prévia operacional do segundo trimestre; bancos dizem o que fazer com os papéis
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros com algumas linhas do balanço vindo abaixo das expectativas. O BTG Pactual também não viu nada de muito extraordinário
Bolsa, dólar ou juros? A estratégia para vencer o CDI com os juros a 15% ao ano
No Touros e Ursos desta semana, Paula Moreno, sócia e co-CIO da Armor Capital, fala sobre a estratégia da casa para ter um retorno maior do que o do benchmark
Lotofácil inicia a semana com um novo milionário; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
O ganhador ou a ganhadora do concurso 3436 da Lotofácil efetuou sua aposta em uma casa lotérica nos arredores de São Luís do Maranhão
Cruzar do Atlântico ao Pacífico de trem? Brasil e China dão primeiro passo para criar a ferrovia bioceânica; entenda o projeto
O projeto pretende unir as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru.