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O que o mercado está tentando te dizer sobre as ações do Banco Inter (BIDI11)

Como analistas, gastamos cada vez mais tempo avaliando histórias. E se você quer investir bem o seu dinheiro, também deveria fazê-lo

18 de abril de 2021
7:05 - atualizado às 13:11
Cartão do Banco Inter
Imagem: Julia Wiltgen/Seu Dinheiro

Olá, seja muito bem vindo ao nosso papo de domingo que às vezes é sobre tecnologia, às vezes sobre investimentos, mas raramente sobre algo interessante. 

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Há alguns meses, preparei uma aula para os alunos do MBA da Empiricus intitulada "10 maneiras como as empresas podem gerar receitas". 

Na teoria, 1 real é 1 real. 

Mas quando analisamos empresas e tentamos precificá-las — esse é o trabalho do analista de ações — vemos que o mesmo 1 real de lucro pode ser avaliado de maneira muito diferente pelos investidores, a depender da empresa. 

Um dos exemplos que usei na aula é a comparação entre Apple e Samsung. 

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Mais da metade da receita anual da Apple vem da venda de iPhones; outros 30% vêm da venda de outros aparelhos como iPad, Macbook e o Apple Watch. 

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A estrutura de receitas da Samsung é parecida. A maior parte das suas receitas vem também dos celulares, com representatividade crescente do negócio de microchips. 

As semelhanças, porém, encerram-se aqui.

Comparativamente, os investidores estão dispostos a pagar muito mais caro por 1 dólar de lucros da Apple que da Samsung.

Isso não é uma opinião minha, é um dado.

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Enquanto escrevo essa coluna, a Apple tem um valor de mercado de US$ 2,2 trilhões, e deve somar lucros (consenso das estimativas dos analistas) próximos a US$ 75 bilhões em 2021.

Isso dá um múltiplo de 30x P/L (preço sobre lucros) para a Apple.

A Samsung, tão parecida, é negociada num múltiplo de 15x P/L.

Todo 1 real é igual, mas alguns são mais iguais do que outros

Por que os investidores estão dispostos a pagar o dobro por 1 dólar de lucros da Apple, do que por 1 dólar de lucros da Samsung? 

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Como tudo no mercado financeiro, não existe uma única resposta correta. 

Alguns analistas defendem a tese da previsibilidade. 

Mais de 20% das receitas da Apple são provenientes de serviços, como assinaturas. Essas receitas são muito mais previsíveis que a venda de aparelhos. 

Conclusão: receita recorrente é mais valiosa que receita intermitente. 

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Outros analistas defendem o crescimento, o poder da marca e vários fatores impossíveis de quantificar, como o fato da Samsung ser uma empresa da Coreia do Sul, próxima à zona de influência chinesa, em teoria, geopoliticamente mais instável.  

Enfim, não que eu concorde, mas são argumentos que existem.

O exemplo que eu usei é ilustrativo, mas não é perfeito. Os produtos são do mesmo segmento, porém muito diferentes.

O que acontece se eliminarmos qualquer diferença entre os produtos e a estrutura de receitas?

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Por exemplo: um iPhone é diferente do Galaxy, mas qual a diferença entre um empréstimo de R$ 10.000 originado pelo Itaú, e um empréstimo de R$ 10.000 originado pelo Banco Inter?

Todo empréstimo é igual, mas alguns são mais iguais do que outros?

Nesta semana o Inter soltou números operacionais fortes, e sua ação (BIDI11) subiu mais de 9% em resposta. 

O Inter vale cerca de R$ 48 bilhões na B3.  Se pegarmos as estimativas dos analistas, como fizemos para a Apple, o Bidi vale 300x P/L.

E não é nem 300x o lucro de 2021, é o estimado para 2022.

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Os bancos tradicionais como Itaú, Santander e Bradesco negociam entre 8x e 10x lucros.

Para um value investor tradicional, a decisão deveria ter sido fácil: comprar bancos tradicionais e vender Banco Inter. 

Esse, talvez, teria sido um dos piores investimentos do mundo nos últimos três anos. 

Fonte: Koyfin

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Muito além dos números

Como analistas, gastamos cada vez mais tempo avaliando histórias. E se você quer investir bem o seu dinheiro, também deveria fazê-lo. 

Diferente do que você escuta por aí, raramente se "descobrem" empresas de múltiplos baixos.

O múltiplo baixo está lá e todo o mercado tem conhecimento dele.

A maioria dos investidores se perguntam "qual o múltiplo?", enquanto deveriam estar se perguntando "por que esse múltiplo?".

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Num mercado como o nosso, em que a informação é abundante e os números estão disponíveis e acessíveis a um clique em terminais de investimento, a parte mais importante do processo de investimento em ações acontece fora das planilhas.

Como eu disse, 1 real é um real, mas alguns "1 reais" são mais iguais do que outros. 

Contato

Se você gostou dessa coluna, pode entrar em contato comigo através do e-mail telaazul@empiricus.com.br, com ideias, críticas e sugestões. 

Também pode conhecer o fundo de investimentos que implementa as ideias que eu, o Rodolfo Amstalden e Maria Clara Sandrini nos dedicamos semanalmente a produzir. 

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E claro, siga acompanhando meu trabalho através do Podcast Tela Azul, em que, todas as segundas-feiras, eu e meus amigos André Franco e Vinicius Bazan falamos sobre tecnologia e investimentos.

Aproveite para se inscrever no nosso Telegram; todos os dias, postamos comentários sobre o impacto da tecnologia no mercado financeiro (e no seu bolso).

Um abraço!

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