O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à TV Band News, que, apesar da recriação do Ministério da Comunicação, mantém a promessa de campanha de reduzir o número de ministérios e "toma lá dá cá".
"Nós não entregamos e ninguém do dito 'Centrão' me pediu ministério, estatais ou banco oficial. Então, nós estamos mantendo nosso compromisso de campanha. Assim está sendo feito e nós conseguimos nos aproximar desses partidos. Agora estamos sendo acusados de fisiologismo" disse Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e genro do apresentador Sílvio Santos, indicado para comandar a pasta, é "amigo particular de muito tempo". "O Ministério das Comunicações começa não só com orçamento grande como muitas atribuições", disse Bolsonaro.
De acordo com o presidente, há a necessidade de melhorar tanto a comunicação interna do governo como em todo o Brasil.
STF
Bolsonaro julgou como uma "interferência brutal" do Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão ministro Alexandre de Moraes que impediu a posse de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, em substituição a Maurício Valeixo.
Bolsonaro disse que não pode concordar tal iniciativa e que estaria sendo até complacente com o que entende como interferência indevida no Poder Executivo.
"Foi mais uma brutal interferência do STF no Executivo, não podemos concordar com isso. Estou sendo consciente e complacente demais, não quero dar soco na mesa e afrontar ninguém, mas peço que não afronte o Poder Executivo", falou o presidente.
Na entrevista, Bolsonaro também disse que o STF errou ao dar autonomia a Estados e municípios no desenvolvimento e aplicação de medidas contra a covid-19. "O STF errou, tinha que ter uma orientação governamental, eu poderia fazer um conselho, fazer as políticas", explicou.
'Uma possível reeleição não descarto, mas não vivo em função disso'
Bolsonaro disse que não descarta a possibilidade de concorrer à reeleição em 2022, mas que a recondução é fonte de preocupação agora. "Não vivo em função disso", declarou.