A Petrobras anunciou que deve reduzir 22% do quadro de funcionários por meio de Programas de Desligamento Voluntário (PDVs) e Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) - voltado aos empregados aposentáveis até 31 de dezembro de 2023.
A estatal estima uma redução de custo de pessoal até 2025 em torno de R$ 4 bilhões por ano com a saída dos 10.082 inscritos nos programas. O retorno adicional (custo evitado de pessoal de R$ 22 bilhões menos o desembolso com as indenizações de R$ 4 bilhões) será de cerca de R$ 18 bilhões até 2025.
Segundo a Petrobras, foram adotados três PDVs: o do ano passado, destinado aos aposentados pelo INSS até a data de promulgação da PEC 133 de 2019, um PDV específico para empregados lotados em ativos/unidades em processo de desinvestimento e um programa exclusivo para os empregados que trabalham no segmento corporativo da empresa.
O PDV 2019, programa que detém o maior número de elegíveis, foi o primeiro a encerrar o ciclo de inscrições dos empregados no dia 30 de junho deste ano, diz a Petrobras.
Segundo o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, os programas de desligamento voluntário foram elaborados com a preocupação principal de respeitar o direito de livre escolha dos colaboradores.
"O resultado do PDV 2019 foi extremamente positivo com 94% de adesão, dos 10.053 empregados elegíveis, tivemos 9.405 inscritos. Consolidando os demais programas atingimos 10.082 inscrições, o que representa 22% do atual quadro de empregados", reforça.
Para a estatal, a medida contribui para a redução permanente da estrutura de custos e deve ajudar a passar pelo cenário de preços mais baixos do petróleo no longo prazo.
No PDV 2019, existem categorias com saída prevista em até 24 meses, o que diluirá os desligamentos no tempo. A companhia optou por diferir o pagamento das indenizações em duas parcelas, sendo uma no momento do desligamento e a outra em julho de 2021 ou um ano após o desligamento, o que for maior.