Que foi um ano extraordinário para Elon Musk, disso todo mundo sabe. O empresário foi de ídolo polêmico a segundo homem mais rico do mundo, lançando foguete, criando carros e com sua empresa entrando no S&P500, principal índice de ações da bolsa de Nova York.
O que você não conhecia são os "teslanários", os fãs de Musk que compraram as ações da Tesla enquanto elas estavam em baixa e, após anos de sofrimento, hoje tem milhões de dólares em suas contas. A matéria foi publicada, nesta sexta-feira (18), pela Bloomberg.
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Uma das pessoas entrevistadas foi Brandon Smith, 32 anos, que em 2017 investiu US$ 10 mil em ações da Tesla, mesmo sem ter nenhum carro da montadora. "Eu não ganho seis dígitos e não sei nada sobre opções de venda e opções. Eu comprei e segurei o tempo todo. Nunca vendi uma única ação", afirmou.
Desde então, os US$ 10 mil de Smith se multiplicaram junto com o preço das ações. Na próxima segunda-feira (21), a Tesla entrará para o S&P500, índice das 500 maiores empresas norte-americanas, um grande marco para a legião de investidores que teve de aguentar as perdas de produção e os tweets polêmicos de Musk.
A jornada não foi fácil, os fãs criaram vários fóruns para se encontrar e acompanhar as notícias mais quentes da Tesla. Podcasts como "Ride the Lightning" e o "Tesla Daily" também são fiéis escudeiros dos admiradores de Musk.
A Tesla também é conhecida como uma empresa que atrai seus investidores e se importa com seus questionamentos, algo que é muito bem visto por aqueles que investem em varejo.
De acordo com dados da Bloomberg, você teria que investir o seguinte montante em Tesla para se ter US$ 1 milhão:
- Junho de 2010 (US$ 5.800);
- Dezembro de 2011 (US$ 8.700);
- Dezembro de 2013 (US$ 45.900);
- Dezembro de 2015 (US$ 73.200);
- Dezembro de 2017 (US$ 94.900);
- Dezembro de 2019 (US$ 127.600).
Outra pessoa que também está muito feliz com a Tesla é o doutor de 60 anos, Basel Termaninini, que comprou seu primeiro Tesla, um Modelo S, na véspera do Natal de 2012. Atualmente, tem sete carros da empresa e dirige um Modelo Y em Pittsburgh. “Dirigir um Tesla é como a diferença entre uma TV em preto e branco e colorida. Uma vez que você dirige um Tesla, você não pode voltar.”, afirmou à Bloomberg.
Termanini investiu na empresa por volta de junho de 2010, logo após o IPO. De acordo com ele, seu investimento cresceu para acima de US$ 2,5 milhões, entre opções e ações. Ele negociou ao longo dos anos, mas não quer vender agora, focado em seu portfólio diversificado, o que o fez não depender de uma empresa historicamente volátil como a Tesla.
Segundo o chefe de análise de transporte da BloombergNEF, Colin McKerracher, "Os veículos elétricos são uma das áreas da transição energética com a qual os indivíduos podem se relacionar."
“A mobilidade é pessoal de uma forma que a descarbonização do fornecimento de eletricidade, por exemplo, não é. A maneira como você acende as luzes ainda será a mesma, quer fosse movida a energia solar ou a gás e carvão no passado. A maneira como você dirige parece e se sente diferente nesta nova era, e eu não subestimaria a empolgação que isso está criando para os investidores”, completou.
*Com informações da Bloomberg.