A Tesla foi surpreendida por mais um problema inusitado para inaugurar sua gigante fábrica na Alemanha em julho de 2021: os lagartos de areia.
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Sim, um tribunal alemão emitiu na última sexta-feira (18), uma ordem proibindo a Tesla de derrubar árvores que são o lar de lagartos de areia que hibernam e que, provavelmente, não sobreviveriam ao processo de construção, que destruiria o seu habitat natural.
A ordem judicial observou que a Tesla já tentou acomodar as espécies protegidas coletando e movendo os lagartos que encontrou no local. Contudo, por conta dos lagartos machos já estarem em suas tocas de inverno, o tribunal afirma que os esforços de realocação da empresa de Elon Musk não teriam sido suficientes para proteger a população dos lagartos.
A expectativa da Tesla era de inaugurar a "Grünheide GigaFactory" em julho de 2021, mas não se sabe ainda se a ordem judicial afetará os planos da empresa. O objetivo da companhia é de produzir 500.000 carros por ano na Alemanha com a fábrica.
A inauguração da gigante fábrica tem deixado grupos ambientais irritados no país. As autoridades suspenderam o desmatamento no dia 10 de dezembro, depois dos grupos em defesa do meio ambiente terem expressado preocupações sobre a hibernação de cobras. A nova decisão, da última sexta, solidifica a suspensão.
Entre cobras e lagartos (e morcegos)
Além das cobras e lagartos, a empresa também teve que lidar com um problema relacionado a morcegos. Em novembro de 2019, conservacionistas afirmaram que a construção da fábrica colocaria em perigo uma espécie de morcego local. Isso fez com que dois dos maiores grupos ambientalistas da Alemanha, a NABU e Liga Verde, se posicionassem contra a construção da fábrica.
"Não podemos aceitar a ideia de um 'Lex Tesla' especial que teria enfraquecido os padrões da Alemanha para a conservação e proteção das espécies", afirmou a gerente da NABU, Christiane Schröder, ao jornal Financial Times.
Em outubro, a construção foi interrompida supostamente pelo local ter se esquecido de pagar a conta de água.
*Com informações da Business Insider e Financial Times