Venda de veículos novos em março é a menor para o mês desde 2006
Foram 163,5 mil unidades vendidas, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo balanço divulgado pela Fenabrave

Afetadas pela pandemia do novo coronavírus, as concessionárias de veículos tiveram em março o menor volume de vendas para o mês desde 2006.
Foram 163,5 mil unidades vendidas, em soma que considera os segmentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (2) pela Fenabrave, federação que reúne as revendedoras espalhadas pelo País.
O número registrado em março, se comparado a igual mês do ano passado, representa queda de 21,8%. As vendas também caíram em relação a fevereiro - mês mais curto e que teve o feriado do carnaval - a uma taxa de 18,6%.
O tombo no terceiro mês do ano fez o resultado acumulado do ano aprofundar a piora do mercado, com retração de 8,1% - no primeiro bimestre, a contração havia sido de 1%. No trimestre, as vendas somaram 558 mil unidades. Apesar de março ter tido o menor resultado desde 2006, o trimestre não regrediu tanto e voltou a níveis de 2018.
A pandemia do coronavírus, que chegou ao Brasil no fim de fevereiro, começou a afetar a venda de veículos na segunda quinzena do março, em especial na última semana. Na primeira quinzena de março, a média diária da venda de veículos leves era de 10,2 mil unidades. No fechamento do mês, o ritmo diário caiu para 7 mil unidades.
O efeito começou a ser mais forte a partir do dia 24, quando o Estado de São Paulo, principal mercado consumidor de veículos, e a cidade do Rio de Janeiro, também um importante mercado, deram início a uma quarentena oficial, forçando as concessionárias a fecharem as portas, uma vez que não entram no grupo de serviços essenciais.
Leia Também
O resultado em março frustra a expectativa que o setor tinha de dar uma virada nas vendas em 2020. Em janeiro e fevereiro, o mercado foi prejudicado pela padronização das placas de veículos do Mercosul, que atrasou milhares de emplacamentos em São Paulo, e o feriado do carnaval, que este ano ocorreu em fevereiro - no ano passado foi em março. Em razão disso, o primeiro bimestre apresentava queda.
Antes da pandemia, os executivos esperavam que, em março, o mercado mostrasse números positivos, sem as distorções causadas pela mudança de placa e pelo carnaval, em linha com a projeção de crescimento de 9% para o ano todo, estimativa da Fenabrave. Agora, como não há previsão de fim da crise, espera-se que o ano seja mesmo de queda, mas ainda sem clareza sobre a magnitude do tombo.
Segmentos
As vendas de veículos leves, que representam 95% do mercado total, somaram 155,8 mil unidades em março, queda de 21,9% em relação a março do ano passado e de 19,1% na comparação com fevereiro. No trimestre, os emplacamentos totalizam 532,5 mil unidades, baixa de 8,1% ante igual intervalo de 2019.
Entre os pesados, os caminhões registraram 6,4 mil emplacamentos, retração de 15% em relação a março do ano passado e de 0,4% na comparação com fevereiro. Nos primeiros três meses do ano, foram vendidas 20,1 mil unidades, contração de 5,6% sobre o primeiro trimestre do ano passado.
No caso dos ônibus, as vendas atingiram 1,2 mil unidades no terceiro mês do ano, queda de 35,5% sobre o número de igual mês do ano passado e recuo de 29,6% na comparação com fevereiro. No trimestre, são 5,2 mil unidades vendidas, baixa de 14,5%.
*Com Estadão Conteúdo
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”