Setor público tem o maior déficit primário para novembro desde 2016, diz BC
O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública

Sob os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 18,140 bilhões em novembro, informou nesta quarta-feira, 30, o Banco Central (BC). Este é o maior déficit para o mês desde 2016. Em outubro deste ano, havia sido registrado superávit de R$ 2,953 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública. Em função da pandemia, cujos efeitos econômicos se intensificaram em março, o governo federal e os governos regionais passaram a enfrentar um cenário de forte retração das receitas e aumento dos gastos públicos.
O déficit primário consolidado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de déficit de R$ 24,80 bilhões a déficit de R$ 9,50 bilhões. A mediana estava negativa em R$ 20,40 bilhões.
Composição
O resultado fiscal de novembro foi composto por um déficit de R$ 20,394 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS).
Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado positivamente com R$ 2,340 bilhões no mês.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 1,175 bilhão, os municípios tiveram resultado positivo de R$ 1,165 bilhão. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 87 milhões.
Leia Também
Acumulado do ano
As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 651,113 bilhões no ano até novembro, o equivalente a 9,58% do PIB, informou o Banco Central.
A projeção do Tesouro para o rombo fiscal do setor público consolidado em 2020 é de R$ 844,2 bilhões. O montante equivale a 11,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o Governo Central, o déficit estimado é de R$ 831,8 bilhões, mas, na terça-feira, 29, o órgão admitiu que o resultado anual deve ficar abaixo desse valor.
O déficit fiscal no ano até novembro ocorreu na esteira do déficit de R$ 700,604 bilhões do Governo Central (10,31% do PIB).
Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 44,624 bilhões (0,66% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 41,992 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 2,632 bilhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 4,867 bilhões no período.
12 meses
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 664,626 bilhões em 12 meses até novembro, o equivalente a 8,93% do PIB, informou o Banco Central.
O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em novembro pode ser atribuído ao rombo de R$ 716,705 bilhões do Governo Central (9,63% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 37,488 bilhões (0,50% do PIB) em 12 meses até novembro.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 37,879 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 391 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 14,591 bilhões no período.
Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”
O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores
O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair
Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas
Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420
As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia
Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas
O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC
Economia verde: União Europeia quer atingir neutralidade climática até 2050; saiba como
O BCE vai investir cerca de 30 bilhões de euros por ano; União Europeia está implementado políticas para reduzir a emissão de carbono
A escalada continua: Inflação acelera, composição da alta dos preços piora e pressiona o Banco Central a subir ainda mais os juros
O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio e 11,89% no acumulado em 12 meses, ligeiramente abaixo da mediana das projeções
Focus está de volta! Com o fim da greve dos servidores, Banco Central retoma publicações — que estavam suspensas desde abril
O Boletim Focus volta a ser publicado na próxima segunda-feira (11); as atividades do Banco Central serão retomadas a partir de amanhã
Greve do BC termina na data marcada; paralisação durou 95 dias
Os servidores do Banco Central cruzaram os braços em abril e reivindicavam reajuste salarial e reestruturação da carreira — demandas que não foram atendidas a tempo
Vai ter cartinha: Banco Central admite o óbvio e avisa que a meta de inflação para 2022 está perdida
Com uma semana de atraso, Banco Central divulgou hoje uma versão ‘enxuta’ do Relatório Trimestral da Inflação
Greve do BC já tem data pra acabar: saiba quando a segunda mais longa greve de servidores da história do Brasil chegará ao fim — e por quê
A data final da greve dos servidores do BC leva em consideração a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem previsão de acordo para a categoria
O fim da inflação está próximo? Ainda não, mas para Campos Neto o “pior momento já passou”
O presidente do BC afirmou que a política monetária do país é capaz de frear a inflação; para ele a maior parte do processo já foi feito
O Seu Dinheiro pergunta, Roberto Campos Neto responde: Banco Central está pronto para organizar o mercado de criptomoedas no Brasil
Roberto Campos Neto também falou sobre real digital, greve dos servidores do Banco Central e, claro, política monetária
O Banco Central adverte: a escalada da taxa Selic continua; confira os recados da última ata do Copom
Selic ainda vai subir mais antes de começar a cair, mas a alta do juro pelo Banco Central está próxima do pico
A renda fixa virou ‘máquina de fazer dinheiro fácil’? Enquanto Bitcoin (BTC) sangra e bolsa apanha, descubra 12 títulos para embolsar 1% ao mês sem estresse
O cenário de juros altos aumenta a tensão nos mercados de ativos de risco, mas faz a renda fixa brilhar e trazer bons retornos ao investidor
Sem avanços e no primeiro dia de Copom, servidores do BC mantêm greve
A greve já dura 74 dias, sem previsão de volta às atividades; o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve comparecer à Câmara para esclarecer o impasse nas negociações com os servidores
Precisamos sobreviver a mais uma Super Quarta: entenda por que a recessão é quase uma certeza
Não espere moleza na Super Quarta pré-feriado; o mundo deve continuar a viver a tensão de uma realidade de mais inflação e juros mais altos
Greve do BC: Vai ter reunião do Copom? A resposta é sim — mesmo com as publicações atrasadas
A reunião do Copom acontece nos dias 14 e 15 de junho e os servidores apresentaram uma contraproposta de reajuste de 13,5% nos salários
Nada feito: sem proposta de reajuste em reunião com Campos Neto, servidores do BC seguem em greve
Mais uma vez, a reunião do Copom de junho se aproxima: o encontro está marcado para os dias 14 e 15 e ainda não se sabe em que grau a paralisação pode afetar a divulgação da decisão
Inflação no Brasil e nos EUA, atividade e juros na Europa; confira a agenda completa de indicadores econômicos da semana que vem
Nesta semana, o grande destaque no Brasil fica por conta do IPCA, o índice de inflação que serve de referência para a política monetária do BC