Setor público tem déficit primário de R$ 94,303 bi, o pior resultado da série
O maior déficit mensal até agora havia sido registrado em dezembro de 2015, de R$ 71,728 bilhões.

Sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 94,303 bilhões em abril, informou nesta sexta-feira, 29, o Banco Central. Em março, havia sido registrado déficit de R$ 23,655 bilhões.
Esse é o pior resultado para todos os meses da série histórica do Banco Central, que tem início em dezembro de 2001. O maior déficit mensal até agora havia sido registrado em dezembro de 2015, de R$ 71,728 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento da dívida pública. Em função da pandemia, cujos efeitos econômicos se intensificaram em abril, o governo federal e os governos regionais passaram a enfrentar um cenário de forte retração das receitas e aumento dos gastos públicos.
O déficit primário consolidado do mês passado foi menor do que todas as estimativas captadas no mercado financeiro pelo Projeções Broadcast. Os analistas ouvidos projetavam déficit de R$ 150,0 bilhões a R$ 94,9 bilhões. A partir deste intervalo, a mediana estava negativa em R$ 97,6 bilhões.
Composição
O resultado fiscal de abril foi composto por um déficit de R$ 92,165 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 1,943 bilhão no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,332 bilhão, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 611 milhões. As empresas estatais registraram déficit primário de R$ 195 milhões.
Leia Também
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Quadrimestre
As contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 82,583 bilhões no primeiro quadrimestre de 2020, o equivalente a 3,50% do PIB, informou o Banco Central. Este resultado foi consequência do desempenho registrado nos quatro primeiros meses do ano, com os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia sendo sentidos a partir de meados de março.
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia, o Tesouro Nacional vem afirmando que o déficit primário do setor público consolidado poderá superar os R$ 700 bilhões em 2020. A meta original para este ano era de déficit de R$ 124 bilhões (1,6%) do PIB, mas ela foi suspensa a pedido do Executivo, para que o governo possa aumentar os gastos e fazer frente ao avanço da covid-19.
O superávit fiscal no primeiro quadrimestre resulta de déficit de R$ 94,969 bilhões do Governo Central (4,03% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 10,769 bilhões (0,46% do PIB) no período. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 10,398 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 371 milhões. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 1,617 bilhão no período.
12 meses
As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 164,429 bilhões em 12 meses até abril, o equivalente a 2,25% do PIB, informou o Banco Central.
O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em abril pode ser atribuído ao rombo de R$ 184,595 bilhões do Governo Central (2,53% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 8,070 bilhões (0,11% do PIB) em 12 meses até abril.
Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 10,221 bilhões, os municípios tiveram um saldo negativo de R$ 2,151 bilhão. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 12,096 bilhões no período.
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Banco Master negocia com ‘vários grupos’ fatia rejeitada pelo BRB, segundo jornal
Entre eles estariam a família Batista, do grupo J&F, os bancos Safra e BTG, além da Prisma Capital e da Jive Mauá
Joesley de olho no Banco Master? Empresário se encontra com Galípolo um dia após MP pedir suspensão da compra pelo BRB
Com operação do BRB sob investigação do Ministério Público do DF, a J&F avalia aquisição de ativos estratégicos do Banco Master, o que mitigaria riscos não cobertos pelo FGC.
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Da Vasp à Voepass: relembre algumas das empresas aéreas que pediram recuperação judicial ou deixaram de voar
A maior parte das empresas aéreas que dominavam os céus brasileiros não conseguiu lidar com as crises financeiras e fecharam as portas nos últimos 20 anos
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano
Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas
Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina
As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial