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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

decisão de hoje

Sob intensa pressão, BC deve manter Selic em 2%, mas com comunicado mais duro

Autoridade monetária comunica nesta quarta nova decisão sobre juros; diante de incerteza com contas públicas e avanço da inflação, mercado aponta chance de BC endurecer o discurso

Kaype Abreu
Kaype Abreu
28 de outubro de 2020
5:30 - atualizado às 11:23
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC)
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC) - Imagem: Pedro França/Agência Senado

O Banco Central deve manter a Selic em 2%, em decisão que será anunciada nesta quarta-feira (28). A expectativa pela manutenção da taxa básica de juros é majoritária entre agentes do mercado, que apontam a possibilidade de um comunicado mais duro.

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A autoridade monetária já indicou que deve manter a Selic baixa por um longo período, com o chamado "forward guidance". Mas a deterioração fiscal e as ameaças de derrubada do teto de gastos constantemente fazem com o que o mercado precifique uma alta dos juros futuros. Daí a necessidade de um comunicado mais duro.

Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, o BC vai mostrar um discurso agressivo, mas no sentido de que não pretende diminuir mais a Selic. O especialista diz ainda que gostaria de ver um "forward guidance de verdade". "Queria que fosse mais concreto".

"Gostaria de uma sinalização com números, perspectiva em relação ao futuro, por exemplo - como o Fed [o BC dos Estados Unidos] tem -, um prognóstico de juros com variáveis mostrando o que os membros pensam de tal mês em tal ano", afirma Vale.

O economista do BTG Pactual digital, Álvaro Frasson, fala na possibilidade de um "forward guidance" condicionado ao teto de gastos - caso a autoridade monetária queira "de fato endurecer o discurso".

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O especialista lembra, no entanto, que ainda há muita indefinição a respeito de um eventual descumprimento da medida que limita o crescimento das despesas do governo à inflação. "Não há nada de concreto que tenha derrubado o teto", diz Frasson.

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A possibilidade de se furar o teto ganhou força em Brasília por causa da covid-19. O governo reiterou o discurso de austeridade, mas lançou mão de uma manobra criativa com o Renda Cidadã - cujo futuro também é incerto. Não bastasse, o Congresso não votou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021.

Dessa forma, o BC segue em compasso de espera, enquanto segura a Selic no atual patamar. "O que vai definir agora é a questão fiscal", diz o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, reiterando a visão dos colegas.

Aumentar a taxa é possível?

Se reduzir mais a Selic está praticamente fora de cogitação, há algo que faria com que o BC a elevasse? De imediato, o mercado não acredita nessa possibilidade, mesmo com a inflação dos últimos meses.

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"Apesar de ter um grande choque de preços, a inflação está concentrada nos alimentos", diz Camargo, da Genial. "Você não resolve problema de oferta desse tipo com aumento de taxa de juros".

Já Vale, da MB Associados, diz que será "interessante" ver como o Banco Central vai se colocar diante do novo cenário. O economista lembra que a alta dos preços atual é uma "normalização", depois da baixa com a pandemia e avanço de 4,31% no ano passado.

Em outubro, o IPCA-15 (considerado uma prévia da inflação) subiu 0,94%, segundo o IBGE - a maior alta para o mês desde 1995. O indicador avançou 0,45% em setembro.

O BC mexe na taxa de juros para alcançar a meta de inflação - definida neste ano em 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Nos últimos 12 meses os preços têm alta de 3,14%, segundo o IPCA de setembro.

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Frasson, do BTG, ainda aponta como razão para não aumentar a Selic uma incerteza a respeito da dimensão do impacto da pandemia sobre a atividade. "Sem ter uma clareza do tamanho do buraco, não dá pra mudar muito", diz. "Ficaria muito ruim para o BC aumentar os juros nesse momento".

O mercado tem, a cada semana, melhorado as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, depois do ápice do pessimismo com a pandemia. Mas o cenário esperado ainda é de retração de, pelo menos, 4,8% em 2020, segundo a última edição do Boletim Focus.

O boletim do BC, que reúne estimativas de cerca de 100 instituições para a economia, ainda aponta inflação a 2,99% no final deste ano - estimativa que tem continuamente aumentado. A Selic terminaria 2020 a 2%, de acordo com a publicação.

O número está em linha com uma consulta realizada pelo Projeções Broadcast, do Grupo Estado: entre 51 instituições, todas esperam a Selic a 2,00% ao ano. A taxa terminaria 2020 nesse patamar, para em meados do próximo ano voltar a subir.

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*Colaborou Felipe Saturnino

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