Recuperação do grau de investimento chegou a levar dez anos em países similares ao Brasil
Segundo Shelly Shetty, diretora sênior da agência Fitch, esse foi o prazo para Uruguai e Colômbia; retorno do grau de investimento depende de avanço e profundidade das reformas, bem como de estabilização da dívida pública
Afinal, quando o Brasil vai recuperar seu grau de investimento? Será que já não era hora, já que estamos em trajetória de crescimento e aprovamos a reforma da Previdência?
Para o investidor brasileiro, recobrar o selo de bom pagador pode tornar o país atrativo para investimentos internacionais, alavancando ainda mais os ativos locais.
Mas, segundo a diretora sênior e co-head de ratings soberanos das Américas da agência Fitch, Shelly Shetty, pode ser que a gente precise esperar sentado.
Em conferência nesta quinta-feira (6), Shetty disse que o prazo médio para um país recuperar o grau de investimento após perdê-lo é de seis anos, mas que países com histórico parecido com do Brasil, como Uruguai e Colômbia, chegaram a levar dez anos.
O Brasil perdeu o selo de bom pagador conferido pela Fitch em dezembro de 2015. Atualmente, a classificação de risco do Brasil pela agência é BB- com perspectiva estável, dois degraus abaixo do grau de investimento (BBB-). Assim, se repetirmos os passos dos nossos vizinhos, só em 2025.
É claro que, para recuperar o grau de investimento, o Brasil tem que continuar fazendo o dever de casa. E embora estejamos num bom caminho, para a Fitch há ainda importantes desafios que precisamos endereçar.
Leia Também
Crescimento insuficiente
Shetty destacou que o Brasil vai bem nas finanças externas, que o governo está na direção certa (no sentido das reformas) e que de fato a economia parece estar dando sinais de recuperação. A Fitch espera um crescimento em torno de 2% para o Brasil neste ano, talvez um pouco abaixo.
Além disso, a inflação baixa e a reforma da Previdência são boas notícias, bem como a queda nos juros, que barateou a dívida pública. A estrutura da dívida também melhorou, com pouca dívida em moeda estrangeira e prazos não muito longos, o que permite, por enquanto, refinanciamento a taxas menores.
A executiva da Fitch elencou, no entanto, os pontos que ainda “pegam” para o Brasil, e o que o país ainda precisa mostrar para voltar a ter o selo de bom pagador.
- Crescimento: apesar da retomada da economia, o potencial de crescimento do Brasil ainda é baixo. É menor do que o de outros emergentes, então precisamos começar a mostrar serviço nessa área;
- Reformas: apenas continuar aprovando reformas - como a tributária e a autonomia do Banco Central - não é suficiente; é preciso também que elas sejam suficientemente abrangentes e profundas;
- Dívida pública: apesar de estar mais controlada, a dívida pública ainda está elevada e em crescimento. Segundo Shetty, a dívida precisa pelo menos se estabilizar no médio prazo;
- Governabilidade: a Fitch considera a governabilidade do Brasil baixa por conta do Congresso muito fragmentado, o que teria potencial de atrapalhar o andamento das reformas;
- Gastos: o governo ainda trabalha com perspectiva de déficit fiscal até 2022, o que demonstra que não está sendo “agressivo” no controle de gastos, diz Shetty. O orçamento público também é muito engessado, como excesso de gastos obrigatórios e aperto nos gastos discricionários (não obrigatórios e que abarcam o investimento, elemento essencial para o crescimento). Seria necessário haver reformas também nesta parte.
“O Brasil tem um perfil externo muito bom, mas um perfil fiscal muito fraco”, concluiu a executiva da Fitch.
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país
Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias
O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes
Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’
O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles
Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo
Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta
O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros
FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado
Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
