Presidente do BC diz que Brasil foi o que mais sofreu com desvalorização cambial
Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante no Brasil e que a autarquia realiza intervenções quando há “gap (lacuna) de liquidez”
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta segunda-feira, 1º de junho, que o Brasil foi o país que "mais sofreu" com a desvalorização cambial na crise provocada pelo novo coronavírus. "Tivemos melhora na última semana", acrescentou, durante audiência virtual pública no Congresso. Na esteira da crise, o Brasil já registra em 2020 um avanço de 33,66% do dólar ante o real.
Campos Neto pontuou ainda que os agentes de mercado acreditam que, na crise, o "mundo desenvolvido tem mais ferramentas para lutar contra a crise, que os emergentes", afirmou.
O presidente do BC avaliou ainda que os mercados financeiros estão "seguindo a curva de contaminação do coronavírus, tanto para pior quanto para melhor".
Flutuante
Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante no Brasil e que a autarquia realiza intervenções quando há "gap (lacuna) de liquidez".
Questionado a respeito da conveniência de uma meta de inflação menor que a atual - de 4,00% para 2020 e 3,75% para 2021 -, Campos Neto lembrou que o parâmetro é estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O BC tem um dos três votos do CMN. "Não acho que deveríamos mudar a meta de inflação", afirmou Campos Neto, lembrando que, com a crise provocada pela pandemia, houve um "desvio" da inflação da meta.
Leia Também
'Não exaurida'
O presidente do Banco Central reforçou também que a política monetária no Brasil "não está exaurida". Atualmente, a Selic (a taxa básica de juros) está em 3,00% ao ano, no menor nível da história. Entre economistas e no próprio BC há discussões sobre o quanto a taxa ainda pode cair neste período de crise.
Campos Neto afirmou que utilizar "outros instrumentos" para combater os efeitos da covid-19 sobre a economia vai criar "uma distorção em nosso princípio de política monetária". "O sistema poderia perder credibilidade", disse.
PIX
O presidente do BC também reafirmou que a autarquia pretende lançar em novembro o PIX - sistema de pagamentos instantâneos no Brasil. Em outro momento da audiência pública, ele defendeu que a liberação do auxílio emergencial à população de baixa renda, no valor de R$ 600, foi "bastante rápida quando comparada com outros países".
Campos Neto também afirmou, durante a audiência, que a autarquia não liberou R$ 1,3 trilhão aos bancos. "Isso depende dos bancos. Estamos acompanhando", afirmou.
Na última quinta-feira, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou que, após dois meses, o BC liberou apenas 21% dos mais de R$ 1,2 trilhão anunciados para as instituições financeiras em março.
As declarações de Campos Neto foram feitas em audiência pública virtual da comissão mista do Congresso voltada para o acompanhamento das medidas econômicas do governo durante a pandemia do novo coronavírus.
Pequenas e médias empresas
Campos Neto disse que as políticas para pequenas e médias empresas têm que ser intensificadas. "Esse é nosso principal problema hoje. O Banco Central deve anunciar medidas em breve com esse direcionamento", afirmou.
Em audiência na comissão mista que acompanha medidas de combate à pandemia do coronavírus, Campos Neto repetiu que não entende que emissão de moeda deve ser usada neste momento.
Ele afirmou que o mercado vê como assimetria tanto reduzir juros com inflação alta como emitir moeda com inflação baixa e que isso cria um "viés de alta" na inflação.
Campos Neto acrescentou que a expectativa do Banco Central para a atividade econômica está defasada e será atualizada para pior neste mês, no próximo relatório de inflação.
O último relatório, ainda de março, prevê variação zero no PIB deste ano. Já o relatório de mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, espera recuo de 6,25%.
Provocado por um dos parlamentares sobre redução do produto e aumento do endividamento, o presidente do BC concordou: "Vamos sair dessa crise mais pobres e com muito mais dívida."
20 bilhões
O presidente do Banco Central disse que as mudanças no programa de financiamento da folha de pagamentos pode levar a concessão de crédito a R$ 20 bilhões. O valor corresponde à metade do programa inicial, que previa a concessão de R$ 40 bilhões.
Em audiência na comissão mista que acompanha medidas de combate à pandemia do coronavírus, Campos Neto disse ainda que os recursos previstos para o Plano Safra em 2020 são maiores do que os de 2019, e que a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, estaria "feliz".
Reabertura
O presidente do Banco Central disse que "obviamente" o adiamento da abertura das atividades econômicas em alguns Estados "tem um custo econômico".
Campos Neto afirmou ainda que havia feito alertas para o custo do distanciamento social na parte de serviços. "Fazemos estimativa (econômica) de acordo com o que vai acontecendo", pontuou.
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa
Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados
Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações
O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e
Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje
Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio
Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio
Este parque marcou uma geração, quase quebrou — e agora mira recuperar os tempos de ouro
Hopi Hari encerra recuperação judicial, reduz dívida e anuncia R$ 280 milhões em investimentos até 2028
Lei da água gratuita: as cidades e Estados onde bares e restaurantes são obrigados a oferecer água potável sem custo
Brasil vive um cenário fragmentado: leis estaduais caíram, outras sobreviveram, e um projeto nacional tenta unificar a regra
Por que o BTG espera que os lucros disparem até 17% no ano que vem — e que ações mais ganham com isso
Banco projeta lucro R$ 33,78 bilhões maior para empresas: parte dessa alta vem das empresas que vendem principalmente no mercado doméstico,pressionado com os juros altos
Penas menores para Bolsonaro e condenados pelo 8 de janeiro? Câmara dos Deputados aprova redução; confira o que acontece agora
O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados de tentativa de golpe de Estado, mas trecho foi retirado
Mega-Sena 2949 acumula e vai a R$ 38 milhões, enquanto Timemania salta para R$ 64 milhões; veja as loterias da Caixa
Hoje é dia de sorteios da +Milionária (R$ 11 milhões), da Quina (R$ 600 mil) e da Lotomania (R$ 1,6 milhão); amanhã entram em cena a Mega-Sena e a Timemania.
Câmara aprova regras mais rígidas contra devedor contumaz; texto vai para sanção de Lula
Quando a Fazenda identificar um possível devedor contumaz, deverá enviar notificação e conceder prazo de 30 dias para pagamento da dívida ou apresentação de defesa
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação