Prévia da inflação atinge 0,45% em setembro, maior alta para o mês desde 2012
No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 1,35% e, em 12 meses, atingiu 2,65%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,45% em setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (23).
É o maior resultado para o mês desde 2012. No ano, a prévia da inflação acumulou alta de 1,35% e, em 12 meses, atingiu 2,65%. O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado no trimestre, foi para 0,98%, acima da taxa de 0,26% registrada em igual período de 2019.
Os preços dos alimentos e bebidas pressionaram o indicador com a maior alta (1,48%) e o maior impacto (0,30 ponto percentual).
A alta no setor foi puxada não só pelas carnes – cujos preços subiram 3,42% e tiveram o maior impacto entre os alimentos, de 0,09 p.p. –, mas também pelo tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%) e leite longa vida (5,59%).
Os três últimos itens acumularam altas de 34,94%, 28,05% e 27,33% no ano, respectivamente.
Os transportes tiveram a segunda maior variação em setembro, de 0,83%, puxada pela gasolina, que subiu 3,19%, na terceira alta consecutiva, e que contribuiu com o maior impacto individual (0,15 p.p.) no IPCA-15.
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O óleo diesel (2,93%) e o etanol (1,98%) também apresentaram alta. Apenas o gás veicular registrou queda de 2,58%. Ainda em transportes, as passagens aéreas apresentaram alta de 6,11%, após quatro meses consecutivos de quedas.
Outro destaque em setembro vem do grupo saúde e cuidados pessoais, cuja queda de 0,69% deve-se ao item plano de saúde (-2,31%), em função da decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender reajuste dos contratos de planos de saúde até o fim de 2020. Normalmente, o reajuste ocorre em julho e é retroativo a maio.
Com a suspensão, todo o fator apropriado antecipadamente em maio, junho, julho e agosto, referente ao reajuste que seria anunciado em julho, foi descontado no IPCA-15 de setembro.
Os preços dos itens de vestuário continuaram em queda (-0,27%) em setembro, embora o recuo tenha sido menos intenso que o observado nos meses de julho (-0,91%) e agosto (-0,63%).
No grupo habitação (0,34%), o destaque ficou com a taxa de água e esgoto, que subiu 1% por conta do reajuste de 3,40% nas tarifas em São Paulo (3,28%). No lado das quedas, o resultado do gás encanado (-1,65%) reflete as reduções de 5,16% no Rio de Janeiro (-2,99%) e de 8,88% em Curitiba (-7,35%). No item energia elétrica (-0,03%), ressalta-se o reajuste de 2,86% nas tarifas de Belém (0,28%), vigente desde 7 de agosto.
Todas as regiões tiveram variação positiva em setembro. O maior resultado foi registrado em Goiânia (1,10%), devido às altas nos preços da gasolina (8,19%) e do arroz (32,75%). Já a menor variação foi registrada na região metropolitana de Salvador (0,18%), onde a queda nos preços da gasolina (-2,66%) contribuiu com -0,12 p.p. no resultado do mês.
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