As urnas e o seu bolso. Como as eleições municipais afetam os investimentos
Embora tenha pouca influência direta nas grandes decisões que influenciam os rumos do dólar ou da bolsa, a dança das cadeiras de vereadores e prefeitos costuma afetar o xadrez político em Brasília, e não será diferente desta vez

Os brasileiros voltam às urnas neste domingo para escolher o próximo prefeito. Bruno Covas (PSDB) é o favorito em São Paulo, com o adversário no segundo turno ainda indefinido. Situação semelhante acontece no Rio, onde Eduardo Paes (DEM) está na frente nas pesquisas. Em Porto Alegre, quem lidera a corrida eleitoral é Manuela D'Ávila (PCdoB).
O resultado das eleições municipais mexe diretamente com a nossa vida cotidiana, mas isso inclui os investimentos? Embora tenha pouca influência direta nas grandes decisões que influenciam os rumos do dólar ou da bolsa, a dança das cadeiras de vereadores e prefeitos costuma afetar o xadrez político em Brasília, e não será diferente desta vez.
Leia também:
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
- Como as eleições municipais podem mexer com as ações do setor imobiliário
Para ficar em apenas um exemplo, o futuro da política fiscal do governo de Jair Bolsonaro, decisão mais aguardada pelo mercado financeiro, só será definido depois das eleições — provavelmente do segundo turno, marcado para o dia 29 de novembro.
Se por um lado o resultado das urnas em si não deve “fazer preço” como aconteceu com as eleições nos Estados Unidos, por outro tira mais um fator de incerteza do radar. “Está todo mundo de olho na agenda econômica após as eleições”, disse Luiz Eduardo Portella, sócio da gestora de fundos Novus Capital.
O mercado vai acompanhar principalmente o desempenho dos candidatos que receberam o apoio de Bolsonaro. A dúvida é qual será a reação do presidente caso as urnas confirmem o fraco desempenho das pesquisas.
Uma derrota pode levar o governo a adotar uma postura mais populista já de olho nas eleições de 2022? As opiniões aqui se dividem. Para Portella, o efeito pode ser o oposto. “Um resultado desfavorável pode mostrar que dar dinheiro não significa voto. Tem que fazer o país crescer e gerar empregos”, afirmou, em uma referência ao auxílio emergencial.
Leia Também
Já o economista Paulo Gala, diretor geral da Fator Administração de Recursos, acredita que o presidente pode pisar no acelerador dos gastos — ou ao menos tentar — se o xadrez eleitoral mostrar a perda de algumas peças do lado governistas. “Ficou claro que o auxílio emergencial teve um papel fantástico para a popularidade dele.”
A questão sobre a prorrogação do auxílio emergencial ou a criação de um novo programa permanente de distribuição de renda é um ponto nevrálgico para o mercado financeiro hoje.
Isso porque o Brasil foi notadamente um dos países que mais gastaram durante a pandemia. As projeções são de que a dívida bruta do país atinja a casa de 100% do PIB no fim deste ano, um patamar muito acima da média das economias emergentes.
“O Brasil gastou em um ano a economia esperada com a reforma da Previdência para os próximos dez anos”, comparou Gala. Para o diretor da Fator, o desfecho mais provável é o de um cenário intermediário, com a criação de um programa social de renda, mas com alcance menor que o auxílio emergencial.
Nem esquerda nem direita
A reação tranquila do mercado às eleições municipais até aqui também é consequência de como as pesquisas eleitorais vêm projetando os resultados, com a vantagem de candidatos mais alinhados ao centro.
No atual cenário, o quadro das eleições municipais deve ter pouca influência nos mercados, que já vivem um ano de fortes emoções. “Já temos problemas demais em nível federal”, disse Sergio Machado, sócio e gestor da Trópico SF2 Investimentos.
Se os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro no geral não devem ter um bom desempenho, a esquerda também não deve brilhar nestas eleições.
O PT lidera a corrida em apenas uma capital (Vitória), apesar da tentativa dos candidatos de colarem sua imagem à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em São Paulo, o partido caminha para um vexame histórico, com Jilmar Tatto amargando apenas a quinta colocação.
Mas é na capital paulista que a esquerda tem chances de conseguir seu resultado mais emblemático. Guilherme Boulos (PSOL) aparece em tecnicamente empatado na segunda posição e com mais chances de disputar o segundo turno com o atual prefeito Bruno Covas (PSDB).
O eventual avanço de Boulos, apontado como radical, mas lançando mão de uma estratégia mais "light" na campanha, ainda não preocupa o mercado. Mas a coisa pode mudar de figura se ele passar para o segundo turno com uma votação expressiva e um percentual acima de 20%, segundo um gestor de fundos.
A disputa em São Paulo em particular interessa ao mercado porque o próximo prefeito irá revisar o Plano Diretor da cidade logo no primeiro ano de mandato. E as decisões podem afetar diretamente várias empresas do ramo imobiliário com ações listadas na B3.
Outro fator das eleições municipais que pode trazer algum impacto para os mercados é como os prefeitos eleitos vão lidar com a pandemia da covid-19. “Existe a possibilidade de retomada de algumas medidas de isolamento social que estavam sendo implementas pelos prefeitos após as eleições”, disse Igor Cavaca, analista da Warren, que no entanto vê o risco de restrições mais severas como baixo.
*Colaborou Felipe Saturnino
Vai ter COP30 em Belém: governo diz que cidade tem “condições plenas” de receber o evento e cobra ONU por mais verba
Segundo o governo brasileiro, todas as condições estão garantidas para a realização do evento climático global na capital paraense de 10 a 21 de novembro
Você pagaria R$ 160 mil por um kg de café? Não precisa. Preço dá sinais de queda no Brasil
Preço do café recua em algumas cidades brasileiras; supersafra e fatores naturais pressionam mercado interno
Mega-Sena 2904 acumula e pode pagar R$ 28 milhões amanhã; Lotofácil 3475 e Quina 6806 também emperram e prêmios em jogo aumentam
Nenhum apostador cravou as dezenas premiadas nos últimos sorteios da Mega-Sena, da Lotofácil e da Quina; veja os números sorteados
Receita libera consulta ao 4° lote de restituição do IR 2025; chegou a sua vez?
Pagamento do 4° lote será feito em 29 de agosto; valor total é de R$ 2,91 bilhões para cerca de 1,884 milhão de contribuintes
Bolsa Família 2025: beneficiários com NIS final 5 já podem sacar a parcela de agosto; veja como
Bolsa Família 2025 e Auxílio Gás já podem ser consultados e sacados para beneficiários com NIS final 5
Lotofácil 3474 tem 2 ganhadores, mas ninguém fica milionário; Quina 6805 acumula e Mega-Sena 2904 corre hoje
A Lotofácil 3474 não brilhou sozinha ontem à noite; a Lotomania 2812 também pagou um prêmio de seis dígitos na faixa principal
Pagamento Bolsa Família e Auxílio Gás: NIS final 4 recebe hoje; veja valores
Bolsa Família agosto 2025: NIS final 4 recebe pagamento nesta quinta (21). Confira valores, adicionais e saque pelo Caixa Tem e Auxílio Gás
Moraes faz alerta aos bancos sobre Magnitsky: “se resolverem aplicar, serão penalizados”
O Ministro também classificou o uso da lei contra ele como “totalmente equivocado” e diz esperar que Trump reverta a situação
Tarifaço de Donald Trump atinge Sony e preço do PS5 sobe nos Estados Unidos
Sony reajusta PlayStation 5 nos EUA devido às tarifas de Trump; preço do console no Brasil segue o mesmo ainda sem alterações
Brasil pode ser “paraíso escondido” da Inteligência Artificial — e estas 8 ações têm tudo para ganhar com isso
O Brasil tem algumas das condições mais importantes para construir o que a Inteligência Artificial mais precisa hoje: os data centers
Buenos Aires passa a aceitar criptomoedas para pagamentos de impostos, multas de trânsito e carteira de motorista
Cidade amplia meios de pagamento e cria regras específicas para empresas do setor de ativos digitais; confira os detalhes
EUA e Brasil vão chegar a um acordo? Governo Trump aceita discutir na OMC medidas econômicas contestadas pelo Itamaraty
Embora tenha aprovado, os EUA alega que parte das reclamações brasileiras envolve temas de “segurança nacional”
Bolão fatura Mega-Sena 2903 e Brasil tem 15 novos milionários; Lotofácil 3473 tem 5 ganhadores
Enquanto a Mega-Sena e a Quina tiveram múltiplos ganhadores ontem, a Quina acumulou e o prêmio em jogo subiu para R$ 7,5 milhões
Caixa paga hoje mais um lote do Bolsa Família; veja quem tem direito
Parcela de agosto do Bolsa Família chega a beneficiários com NIS final 3
STF decide a favor da União em disputa previdenciária de R$ 131 bilhões
Fator previdenciário é redutor aplicado sobre aposentadorias do INSS
Do Pix até a 25 de março, Itamaraty responde a acusações do governo Trump — e Embraer também se pronuncia; confira como fica o embate entre Brasil e EUA
Embora tenha sido excluída do tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump contra o Brasil, a Embraer também é investigada por supostas práticas comerciais desleais
Proposta de reforma administrativa prevê fim de férias de 60 dias e limite ao teletrabalho
Texto que deve ser levado a deputados ainda esta semana mira também verbas indenizatórias, que muitas vezes acabam por duplicar os vencimentos de alguns servidores públicos
Mega-Sena 2903 pode pagar R$ 65 milhões hoje; Lotofácil 3472 e Quina 6803 acumulam
Mega-Sena não tem vencedor há cinco concursos e prêmio é capaz de resolver a vida de qualquer um; Lotofácil e Quina acumuladas também correm hoje
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim