Só se fala nele! O halving do bitcoin - fenômeno que cortará pela metade o número de bitcoins emitidos e deixará a moeda ainda mais escassa - está marcado para acontecer hoje, deixando o mercado de criptomoedas no centro das atenções.
Neste dia histórico (11), por volta das 17h20, horas antes do grande evento, a moeda opera em alta de 1%, cotada a US$ 8.704. Mas quem vê a aparente calma do mercado hoje não imagina as emoções dos últimos dias.

Fonte: CoinMarketCap
Assim como o restante dos ativos globais, a moeda também sofreu com a crise de liquidez que atingiu os mercados em março, mas vem se recuperando de forma expressiva, tendo chegado a ultrapassar a marca de US$ 10 mil pela primeira vez desde fevereiro. No entanto, a moeda sustentou por pouco tempo a faixa de valor.
No último domingo (10), o bitcoin teve mais um dia de alta volatilidade, tão típico do mercado de criptomoedas, e caiu mais de 10% em questão de minutos, se fixando novamente pouco acima de US$ 8.600.
Confira o desempenho do bitcoin no mês do halving:

Os investidores e entusiastas do mercado de criptomoedas esperam que com a queda da oferta de novas moedas e a demanda crescente por bitcoin no mercado, o ativo seja impactado de forma positiva no curto e no longo prazo.
Entenda o halving
Para validar novas transações feitas com bitcoin, é preciso que essas operações sejam validadas por mineradores com grande poder computacional e energético. Como recompensa, eles recebem novos bitcoins como remuneração.
Na programação do bitcoin, o seu criador, Satoshi Nakamoto, adicionou um mecanismo que busca controlar o processo inflacionário da moeda e assegurar a sua escassez com o passar do tempo. Então, a cada 210 mil blocos minerados, a remuneração paga em novos bitcoins cai pela metade. Hoje, a emissão diária de bitcoins deve cair de 1,8 mil para 900.
O evento costuma acontecer a cada quatro anos. Nas edições passadas, em 2012 e 2016, o bitcoin sofreu uma supervalorização no período seguinte.