‘Até com reabertura, recuperação é muito lenta’, diz fundador da Gavekal
Arthur Kroeber diz que aponta baixo desempenho da China e diz que o mundo terá recuperação semelhante
Após a queda de 6,8% no PIB no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2019, a China deve demorar para se recuperar - assim como ocorrerá com a maioria das economias após a pandemia da covid-19 -, segundo o americano Arthur Kroeber, fundador da consultoria Gavekal Dragonomics, especializada em China.
Uma evidência disso é que hoje, seis semanas após começar a reabrir a economia, a China tem apenas 40% dos pequenos negócios operando. “A China está rodando entre 80% e 90% do nível de sua atividade normal. Voltar a 100% pode levar meses. A mensagem é que, até se você começar a reabrir a economia, a recuperação é muito lenta”, afirma ele. A seguir, trechos da entrevista.
O PIB da China veio em linha com o que o sr. esperava?
Sim. A questão agora é quão rápido vai melhorar. As perguntas principais são se a China conseguirá fazer o setor de pequenos e médios negócios voltar e quão pesada será a queda das exportações. As exportações chinesas para Europa e EUA podem cair entre 20% e 40%. Hoje, a China está rodando entre 80% e 90% do nível de sua atividade normal. Isso não parece tão ruim, mas há dados que sugerem que apenas 40% dos negócios pequenos voltaram. A China parou quase todas as atividades há três meses. Depois de seis semanas, começou a reabrir algumas coisas e, outras seis semanas depois, ainda está rodando abaixo do nível normal. Voltar a 100% pode levar vários meses. A mensagem básica é que, até se você começar a reabrir a economia, a recuperação é muito lenta.
Que mudanças devem ocorrer no comércio e nas organizações internacionais após a crise?
Há um argumento que diz que a crise prova que a globalização é um problema, que é preciso fazer mais coisas em casa. O outro argumento, como o qual concordo, é que você precisa ter cooperação global e que instituições internacionais ajudam a gerenciar uma pandemia. Nessa linha, é preciso de cadeias de fornecimento que não sejam fragmentadas, pois, se cada país tiver sua própria rede, alguns países terão muito, outros pouco e conseguir as coisas em alguns lugares vai ser difícil e caro. Deve haver um grande debate sobre isso daqui em diante.
Leia Também
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
O anúncio de que os EUA não vão mais colaborar com o financiamento da OMS já não indica que estamos caminhando para uma menor colaboração?
O que vejo nos EUA é um governo controlado por um nacionalismo econômico aliado a um lobby de segurança nacional. Mas, contra isso, você tem uma comunidade empresarial forte que investe na globalização. Haverá uma discussão entre esses grupos, mas não se pode prever o que acontecerá.
Podemos prever como será a relação entre EUA e China depois disso tudo?
Isso sim, porque está piorando e vai ficar ainda pior. Há uma briga para controlar a narrativa. Os EUA estão ocupados em levantar narrativas de que a culpa da epidemia é da China ou da OMC, e isso é apenas um discurso para desviar a atenção da incompetência de resposta dos EUA. Na China, o governo tem uma narrativa de que fez tudo pelos cidadãos e que é maravilhosa, o que subestima os erros que cometeu antes de dar uma resposta ao vírus. Acho que a visão linha dura dos EUA é de aproveitar essa oportunidade para reforçar a ideia de que a China não é confiável. E, na China, eles estão pensando: ‘tudo bem, isso enfatiza que não temos de focar em cooperar com os EUA’. Se você olhar a campanha presidencial, Trump quer fazer com que Joe Biden pareça mais fraco quando o assunto é China. O papel que a China terá na campanha é o de uma força negativa. Por isso, a relação entre os países vai piorar. Isso é preocupante, porque, se você quer mais coordenação global, EUA e China têm de liderar esse caminho.
Isso muda se Trump perder a eleição?
Se Biden ganhar, não deve haver ênfase em guerra comercial e tarifas, mas não sei se ele será capaz de reverter a situação. A relação pode parar de piorar, mas a melhora será modesta.
Analistas acham que a China pode se tornar um líder global depois da crise, dado que respondeu melhor ao vírus. Concorda?
Não. Na crise financeira de 2008, muita gente previu um declínio dos EUA e que, em dez anos, a China seria a líder global. Dez anos depois, os EUA continuaram sendo uma economia maior e, de longe, mais poderosos que a China. A China teve ganhos, mas foram moderados. Agora deve ocorrer algo parecido. Inicialmente, a China parece estar indo muito bem, conseguiu controlar as coisas, enquanto os EUA parecem estar no caos. O sistema americano é dinâmico e resiliente. Depois de um período confuso, ele descobre como colocar as coisas de volta aos trilhos, enquanto a China é fundamentalmente mais rígida. Mas, claro, a China deve ganhar um pouco mais de prestígio e credibilidade depois de mostrar que seu sistema é eficiente. É um ganho para a China, mas não muda a relação de poder entre os dois países.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda