Com 72 milhões de cadastros, PIX teve maior adesão que qualquer aplicativo, diz BC
Campos Neto também admitiu que algumas operações do PIX não foram completadas nesta segunda-feira, mas descartou qualquer instabilidade no sistema da autoridade monetária.

O presidente do Banco Central, Campos Neto, avaliou nesta segunda-feira (16) que as quase 72 milhões de chaves já cadastradas em algumas semanas no PIX significam uma adesão maior do que qualquer aplicativo digital já teve no País.
Leia também:
- SEU DINHEIRO NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro sobre o que está bombando nos mercados
- Empresas ainda não tomaram todo o crédito disponibilizado na pandemia, diz Banco Central
- Câmara vai analisar diferenças entre projetos de autonomia do Banco Central
"Achamos que adesão está bastante ampla, tanto de pessoas físicas como de jurídicas. Obviamente, quando o PIX começa a funcionar, a necessidade de fazer parte do sistema aumenta. Então ainda haverá um processo de cadastramento que vai crescer ao longo do tempo", afirmou em coletiva sobre o PIX - plataforma de pagamentos e transferências instantâneas do BC, que começou a funcionar plenamente nesta segunda.
Instabilidade
Campos Neto também admitiu que algumas operações do PIX não foram completadas nesta segunda-feira, mas descartou qualquer instabilidade no sistema da autoridade monetária.
"É importante diferenciar o que é instabilidade do sistema e o que são operações que não foram completadas. Não houve nenhuma instabilidade no sistema. Houve um volume de operações que não foram completadas em um banco ou outro, e monitoramos isso, pode ter havido um erro na formatação da chave pelo banco. Quando há um volume grande de operações rejeitadas, entramos em contato com os bancos", afirmou.
O chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Angelo Duarte, disse que instituições maiores podem ter apresentado alguns problemas, que já foram corrigidos. "No momento vemos uma operação normal no PIX. Houve alguns problemas que já passaram, e todos estão operando dentro da estabilidade", completou.
Leia Também
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, João Manoel de Pinho de Mello, explicou ainda que parte dos erros em operações não completadas ocorreu em tentativas de PIX para conta salário. "Não é possível cadastrar uma chave para conta salário", lembrou.
Moeda digital
O presidente do Banco Central disse ainda que o estudo para a moeda digital pela autoridade monetária não tem o objetivo de substituir 100% da moeda física, mas deve atender a demanda por um dinheiro mais digital. "O projeto da moeda digital vai na linha de digitalizar a economia e ter o dinheiro mais rastreável. Uma iniciativa é a de aperfeiçoamento do câmbio, outra é o PIX e o open banking. Nessa esteira de inovação, já iniciamos grupo de estudo para moeda digital não apenas para câmbio, mas para ir substituindo a moeda (física) aos poucos", respondeu.
Existem hoje as moedas com lastro em algum ativo, as chamadas stablecoins, e as moedas sem lastro, que são as criptomoedas.
Conforme o BC, a moeda digital em estudo é uma moeda "com lastro na própria moeda", ou seja, no real.
Prorrogação de auxílio gerará menos efeitos positivos
Roberto Campos Neto, também repetiu que o lançamento de um programa fiscal com aumento de gastos públicos pode ter um efeito contracionista na economia, ao invés de favorecer o crescimento.
"Passamos de um ponto de inflexão. Estender mais os auxílios agora pode significar menos (efeitos positivos). Foi o teto de gastos que nos permitiu gastar mais na pandemia. Assim que se começou a questionar o teto, o mercado reagiu imediatamente nos preços dos ativos", afirmou, na 3ª Conferência Anual da América Latina, organizada pela Chatham House e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
Mais uma vez, Campos Neto lembrou que a recomposição da renda das famílias por meio dos auxílios do governo gerou uma poupança que deve começar a ser usada a partir do momento que esses auxílios forem retiradas em 2021. "Não acho que temos uma opção. O déficit fiscal tem que ser revertido a partir do próximo ano", enfatizou. "Para atrair investimento privado, é preciso termos essa credibilidade. Só assim poderemos ter crescimento sustentável no longo prazo", concluiu.
Selic em 2% ao ano está muito próxima de limite inferior
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou explicar que a taxa Selic em 2,00% ao ano está muito próxima de seu limite inferior, o que levou a autoridade monetária a utilizar um forward guidance nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) desde agosto. Ele citou todas as medidas tomadas pelo governo durante a pandemia e repetiu que nem todo o espaço de crédito disponibilizado pelos bancos durante a crise já foi tomado por famílias e empresas.
"Temos 3 objetivos básicos: manter sistema líquido, funcionamento do mercado e fazer recursos chegarem onde precisa", reforçou Campos Neto, em palestra na 3ª Conferência Anual da América Latina, organizada pela Chatham House e pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).
O presidente do BC mais uma vez citou a recuperação "forte" da econômica brasileira, em forma de um V, que deve se suavizar daqui em diante. "Em 2019 estávamos reinventando a economia com mais participação privada, vendendo ativos estatais, reduzindo subsídios e aumentando o crédito pelo setor privado. Mas veio a pandemia de covid-19 e o Brasil respondeu de maneira intensa", completou.
Campos Neto admitiu que o risco fiscal preocupa, mas argumentou que o governo tomou as medidas que eram necessárias para atravessar a crise. "Queremos retomar o nosso plano inicial para aumentar o investimento privado, e para isso precisamos temos que restaurar a credibilidade e isso está muito ligado à situação fiscal. Por isso precisamos achar espaço dentro do orçamento para as medidas necessárias", acrescentou.
Tecnologia na pandemia
O presidente do Banco Central repetiu também que era importante para autoridade monetária que a tecnologia de finanças se acelerasse durante a pandemia e citou a participação de aplicativos de texto e produtores de conteúdo na oferta de serviços financeiros. "Começamos a operar hoje o PIX, com 72 milhões de chaves registradas. Isso é maior do que o que qualquer outra rede social conseguiu fazer no Brasil", reiterou.
Campos Neto também apontou a dimensão de sustentabilidade das ações do BC, repetindo a avaliação de que a recuperação da economia global após a pandemia de covid-19 deverá ser sustentável e inclusiva.
Autonomia do BC
O presidente do Banco Central avaliou ainda que a aprovação da autonomia do BC pelo Senado há duas semanas foi um primeiro passo importante. "Acredito que o projeto está pronto para ser avaliado pela Câmara dos Deputados. Acho que não há muitos pontos a serem mudados no texto. Estamos conversando com parlamentares para mostrar a importância do projeto", afirmou. "O momento da votação da autonomia do BC será definido pelo Congresso", completou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Apostador sortudo embolsa quase R$ 10 milhões sozinho na Quina; Lotofácil tem 4 vencedores, mas ninguém ficou milionário com a loteria
Após diversos sorteios acumulando, a Quina finalmente pagou quase R$ 10 milhões ao único vencedor do concurso 6775. Veja as dezenas sorteadas
Aumento do IOF volta a valer com decisão de Alexandre de Moraes, mas exclui risco sacado da cobrança; entenda os efeitos
O decreto havia sido suspenso após votação do Congresso Nacional para derrubar a alteração feita pelo presidente Lula
De olho na conta de luz: Aneel aprova orçamento bilionário da CDE para 2025 com alta de 32% — e cria novo encargo
Novo orçamento da agência regula impacto de R$ 49,2 bilhões no setor elétrico — quase tudo será pago pelos consumidores
Governo Trump apela até para a Rua 25 de março e o Pix na investigação contra o Brasil. Aqui estão as seis acusações dos EUA
O governo norte-americano anunciou, na noite da última terça-feira (15), investigações contra supostas práticas desleais do comércio brasileiro. Veja as seis alegações
Ganhador da Mega-Sena fatura prêmio de mais de R$ 45 milhões com aposta simples; Lotofácil também faz um novo milionário
Em uma verdadeira tacada de sorte, o ganhador foi o único a cravar todas as dezenas do concurso 2888 da Mega-Sena; confira os resultados das principais loterias da Caixa
Copom vai cortar juros ainda em 2025 para seguir o Fed, mas não vai conseguir controlar a inflação, diz Fabio Kanczuk, do ASA
O afrouxamento monetário deve começar devagar, em 25 pontos-base, mesmo diante da possível tarifação dos EUA
Lula tira do papel a Lei da Reciprocidade para enfrentar Trump, mas ainda aposta na diplomacia
Medida abre caminho para retaliação comercial, mas o governo brasileiro segue evitando o confronto direto com os Estados Unidos
Temporada de balanços 2T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 2T25 começa ainda em julho e promete mostrar quem realmente entregou resultado entre as principais empresas da B3
Tarifas de Trump jogam balde de água fria nas expectativas para a economia brasileira; confira os impactos da guerra tarifária no país, segundo o Itaú BBA
O banco ressalta que o impacto final é incerto e que ainda há fatores que podem impulsionar a atividade econômica do país
Agenda econômica: Inflação, Livro Bege, G20 e PIB chinês; confira os indicadores mais importantes da semana
Com o mercado ainda digerindo as tarifas de Trump, dados econômicos movimentam a agenda local e internacional
É improvável que tarifa de 50% dos EUA às importações brasileiras se torne permanente, diz UBS WM
Para estrategistas do banco, é difícil justificar taxação anunciada por Trump, mas impacto na economia brasileira deve ser limitado
Bolsonaro é a razão da tarifa mais alta para o Brasil, admite membro do governo dos EUA — mas ele foge da pergunta sobre déficit comercial
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, falou em “frustração” de Trump em relação à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro ante a Justiça brasileira, mas evitou responder sobre o fato de os EUA terem superávit comercial com o Brasil
Sem milionários, só Lotofácil fez ganhadores neste sábado (12); Mega-Sena acumula em R$ 46 milhões. Veja resultados das loterias
Lotofácil fez quatro ganhadores, que levaram R$ 475 mil cada um. Prêmio da +Milionária agora chega a R$ 128 milhões
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA