O pior pregão desde o ‘Joesley Day’
Se o ano no Brasil só começa mesmo depois do Carnaval, 2020 resolveu chegar logo com uma voadora no peito dos brasileiros. Enquanto nós descansávamos ou curtíamos a folia, os mercados no exterior amargavam fortes perdas diante do agravamento da disseminação do coronavírus fora da China, notadamente na Itália.
Pois bem, após a batucada pela rua, quarta-feira a vida continua, diz o samba gravado por Walter Alfaiate. E por aqui, a pancada foi feia desde a abertura do mercado no início da tarde, como já esperavam aqueles que mantiveram pelo menos um olho no que acontecia lá fora durante os festejos de momo.
O Ibovespa recuou nada menos que 7% nesta cinza Quarta-Feira de Cinzas, perdendo quase oito mil pontos em um único dia. É simplesmente o pior pregão desde o famigerado ‘Joesley Day’, apelido do dia 18 de maio de 2017, data em que o Ibovespa fechou em queda de 8,80% após a notícia de que o empresário Joesley Batista teria gravado conversas particulares com o então presidente Michel Temer.
E é claro que não poderíamos falar de aversão a risco sem mencionar o dólar: a cotação da moeda americana bateu novo recorde, fechando acima dos R$ 4,40.
As más notícias, contudo, não param por aí. Tivemos hoje, ainda, a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil e novos conflitos entre o presidente Jair Bolsonaro e os poderes Legislativo e Judiciário, que vieram esquentar ainda mais o clima nos mercados.
O Victor Aguiar, que esteve de plantão durante todo o Carnaval e acompanhou novamente os mercados hoje traz todos os detalhes do pregão desta quarta.
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Conflito entre os poderes
Um vídeo disparado por Jair Bolsonaro pelo WhatsApp durante o Carnaval causou grande mal estar na classe política. Nele, o presidente convoca manifestações populares contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, o que foi interpretado por especialistas como um ato grave e até passível de impeachment. A notícia também não caiu bem para o mercado, já que a ação de Bolsonaro pode azedar o clima para a aprovação de reformas pelo Legislativo.
Tensão no mar
Um navio carregado de minério de ferro da Vale que partia do litoral do Maranhão rumo à China está correndo o risco de naufragar. A mineradora já trabalha para evitar a perda da mercadoria.
Ouro digital?
Por terem correlação baixa ou nula com os investimentos tradicionais, as criptomoedas vêm sendo vistas, por alguns investidores, como uma alternativa de proteção à carteira, à semelhança de ativos como o ouro e o dólar. Mas essa visão está longe de ser consensual. Analistas do JPMorgan divulgaram hoje um relatório sobre essa questão, onde defendem que o potencial de proteção das criptomoedas, ao menos por enquanto, ainda é bem limitado.
Sob nova direção
A Walt Disney Company anunciou ontem que Robert Iger, mais conhecido como Bob Iger, deixará o cargo de CEO da empresa. Em seu lugar, assume Bob Chapek, então diretor da divisão de parques, produtos e experiências.
Está favorável
Em entrevista ao “Estadão”, o mentor da proposta de reforma tributária que tramita na Câmara dos Deputados, Bernard Appy, se mostrou otimista quanto à aprovação da reforma ainda na atual Legislatura. O economista falou também sobre alternativas à CPMF para financiar a desoneração da folha de pagamento. Confira os detalhes nesta matéria.
Acostume-se à turbulência
Há pouquíssimo tempo, analistas, economistas e gestores faziam projeções para o ano e, evidentemente, não teriam como considerar a disseminação de uma doença que sequer havia sido descoberta. Mas as coisas mudaram. O mundo é mais aleatório, complexo e ambíguo do que nosso desejo de controle pode suportar, escreve o nosso colunista Felipe Miranda. Nesse dia desastroso para os mercados, ele recupera um estudo sobre suicídio para refletir sobre as nossas decisões de investimento e orientar você sobre o que fazer com os seus ativos.
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