Cuidado com o efeito “Superman”: A psicologia por trás da sua tomada de decisão
O especialista vai compartilhar com você direto da fonte do conhecimento de Kahneman questões sobre excesso de confiança nos mercados e consequências para investimentos.
Hoje quero falar com você sobre uma regra de bolso, que pode ser útil para combater excessos de confiança quando se atua no mercado de ações.
Primeiro deixa eu te falar: existem relatos de taxistas que atuam nas proximidades da Chicago Mercantile Exchange, a famosa bolsa de Chicago.
Eles dizem ser muito fácil detectar se um trader teve um dia bom ou um dia ruim. Neste caso, a diferença entre um pregão de ganhos ou de perdas.
Quando ganham, os traders são normalmente falantes, alegres, andam com o peito estufado e deixam boas gorjetas, exibindo ali, inconscientemente, seus elevados níveis de autoconfiança.
Já quando perdem, quase não falam, preferem viajar sozinhos e, na maior parte das vezes, só pagam o necessário, retratando, inconscientemente, os altos níveis de cortisol no sangue.
Para quem está de fora, é sempre mais fácil detectar mudanças no comportamento alheio. Ou, em outras palavras, olhando por cima é que se percebe o todo.
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Estas histórias são interessantes pelo paralelo com o trabalho de Michael Lewis, conhecido por ter escrito o livro-reportagem “A Grande Aposta” (The Big Short).
Em seu livro “O Projeto Desfazer” (The Undoing Project), um dos mais celebrados escritores americanos traz um insight brilhante.
No texto, Lewis faz um mergulho no trabalho dos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman, pais da Teoria da Perspectiva.
Neste trabalho, o autor foca em uma das conclusões que Kahneman, Nobel em Economia em 2002, observou no mercado de ações durante o desenvolvimento da teoria psicológica sobre tomada de decisões.
Lewis nos chama atenção a um fato conhecido, mas que vale sempre lembrar, principalmente em momentos de euforia: quando estamos com "o vento a favor" nos mercados, tendemos a operar demais e, muitas vezes, de forma compulsiva.
Mas, por qual razão isso se torna um problema? Eu vou responder para você mais adiante.
Competição, custos e heurísticas
Por enquanto, podemos facilmente comprovar este fato pelo aumento do volume negociado nas bolsas em ciclos de alta.
Como a maioria dos investidores está sempre "comprada" quando a bolsa sobe, todo mundo ganha e, consequentemente, gira-se muito mais. Em resposta, ocorre aumento nos volumes registrados nestes ciclos.
Dito isso, uma regra de bolso, ou heurística como Daniel Kahneman gosta de denominar, é ter conhecimento constante tanto do tamanho de suas posições no mercado quanto do volume médio negociado por dia.
Caso esteja com uma posição maior do que usual e esteja girando com mais frequência, fique atento, pois estes podem ser importantes sinais de que você possa estar superestimando sua capacidade competitiva no mercado.
Observe que a B3 é uma das bolsas mais caras do mundo, com elevados emolumentos. Logo, quanto mais você opera, maiores são seus custos.
Para finalizar, quero contar uma história. Tive a oportunidade de atuar por uma corretora holandesa com forte atuação na B3 como Market Maker (expressão utilizada para investidores que fornecem liquidez ao mercado)
Desde 2010, a bolsa vem sendo dominada pela utilização de algoritmos que executam ordens através de servidores em "co-location".
Desta forma, devido ao elevado volume operado, estes investidores possuem maior vantagem competitiva de forma que, para nós mortais, só nos resta manter uma postura de humildade.
Foi-se o tempo do "blefe" e do operador ágil, que se distinguia por sua habilidade de fazer uma "borboleta" (operação com opções em três pontas) de forma rápida.
Para não se afogar, nunca esqueça a regra de bolso: observação constante no tamanho de suas posições e no volume médio negociado.
Hoje, girar demais quase sempre leva a perdas!
Aproveito para convidar você a participar de uma reorganização financeira de perder o fôlego com a Dara Chapman. O link para inscrição é este (gratuito).
Um grande abraço,
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