A eterna morte das Big Techs
Se o retorno com as ações de Apple, Google e Facebook tem sido excepcional na última década, intacto através de subprimes e pandemias, onde está o risco?

Aprendi com os jornalistas que jornais são perecíveis.
Concordo que o jornal de ontem vale zero para aqueles investidores que não convivem com animais de estimação.
Até mesmo o de hoje vale próximo de zero.
No entanto, notícias publicadas há décadas, guardadas com carinho num baú de memórias, podem armazenar insights úteis e perenes.
A imagem abaixo consolida quatro recortes jornalísticos da Era Paleozoica.
Em 1998, o Yahoo! levantava o troféu de campeão definitivo das buscas na internet.
Leia Também
Em 2007, o MySpace era tido consensualmente como um monopólio natural, enquanto a Nokia degustava a dominância absoluta em celulares, com sua base imperial de 1 bilhão de clientes.

Gosto de me beliscar com esses casos históricos sempre que pondero o valor intrínseco (ou algo parecido com isso) das Big Techs.
Se o retorno com as ações de Apple, Google e Facebook tem sido excepcional na última década, intacto através de subprimes e pandemias, onde está o risco?
Na superfície dos fatos, parece que as Big Techs desafiam a lei da gravidade das finanças, segundo a qual todo retorno elevado embute em si mesmo um risco de magnitude comparável.
No gráfico, as Big Techs parecem entregar retorno sem risco… Porém, quando tiramos os recortes de jornal do baú, lembramos que não é bem assim.

Toda líder de mercado é inquestionavelmente líder, até que não seja mais.
Assim, cada empresa que se propõe a disputar o perigoso jogo do "winner takes all" carrega sobre sua cabeça uma espada de Dâmocles.
E não dá para reclamar injustiça, pois essa espada tem o exato fio da navalha com que o Google cortou a jugular do Yahoo!, iPhone versus Nokia, Facebook versus MySpace.
Com isso, não estou dizendo que as Big Techs se encontram sob ameaça patente, agora ou amanhã. A rigor, é justamente o oposto disso: trata-se de uma ameaça latente, subliminar, e que nunca vai embora.
O mais provável é que Apple, Amazon, Microsoft, Google e Facebook continuem dominando seus respectivos mercados, por muitos e muitos anos.
Contudo, se por acaso pararem de dominar, estarão mortas (esse é o outro lado da moeda que passa despercebido, e que explica o aparente conundrum do risco-retorno).
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar