Como investir no exterior com R$ 5 mil, sem comprar dólar ou sair do Brasil
A maneira mais simples de fazê-lo é através de fundos de investimento que investem no exterior.
Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early).
O Brasil representa apenas uma fração insignificante dos ativos mundiais. Ainda sim, a maioria dos brasileiros detém praticamente todo o seu capital no país.
Ainda nutrimos uma mistura de medo e preconceito.
Medo de que seja difícil demais; preconceito de que mandar dinheiro para o exterior é coisa de político corrupto.
Claro, nossos prezados deputados e senadores são chegados numa conta corrente em paraíso fiscal, mas é perfeitamente possível enviarmos dinheiro para investimento no exterior de maneira simples e, óbvio, 100% legal.
É sobre essas alternativas que vou falar a seguir.
Leia Também
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
O primeiro motivo
Ao final de 2019, o PIB brasileiro foi de 7,3 trilhões de reais.
Fazendo uma conta de padeiro com o dólar a R$ 5,30, temos que o nosso PIB, em dólares, é de US$ 1,38 trilhão.
É anedótico, eu sei, mas o valor de mercado da Apple - listada nos EUA - está na casa dos 2 trilhões de dólares. A Amazon, 1,5 trilhão. A Microsoft, 1,6 trilhão. E por aí vai.
As maiores e melhores empresas do mundo estão listadas fora do Brasil.
Os setores mais quentes do momento (aqueles que têm apresentado o maior retorno para os acionistas) como games, computação em nuvem, redes sociais e plataformas (como Uber, Airbnb e outros), não possuem absolutamente NENHUMA alternativa listada no Brasil.
O segundo motivo
Na última vez que eu fiz essa conta, há uns 2 meses atrás, o valor de mercado dos 81 fundos imobiliários que compõem o IFIX - o nosso índice de referência para o segmento - era de R$ 81,3 bilhões.
É bastante imóvel, sem dúvidas.
Mas assim como no caso das maiores empresas do mundo, todo o mercado de real estate brasileiro é uma fração risível das opções que encontramos lá fora.
Os REITs, que são o equivalente dos nossos FIIs nos EUA, são um mercado inúmeras vezes maior.
Recentemente, apresentei aos leitores do meu Programa de Riqueza Permanente®, um REIT de apartamentos avaliado em 20 bilhões de dólares, com potencial de valer, na ocasião, 50% mais do que isso.
Sozinho ele é mais valioso que os 81 fundos imobiliários do nosso IFIX.
O mercado é tão desenvolvido que você encontra investimento em segmentos como data centers, transmissão de energia, agronegócio, cinemas e até campos de golfe no modelo de REIT.
Novamente, as opções são muito mais abrangentes lá fora.
O terceiro motivo
Se o primeiro e segundo motivos eram o mesmo, disfarçados sobre duas roupagens diferentes, o terceiro é um negócio realmente diferente.
Investir no exterior dolariza parte da sua carteira de investimentos, o que naturalmente se converte numa posição defensiva.
Historicamente, a Bolsa brasileira e o dólar são correlacionados negativamente.
Isso quer dizer que num mês bom para a Bolsa, o dólar tende a ir mal. E vice versa.
Por isso, quando estamos pessimistas com a Bolsa brasileira, compramos dólares para nos proteger.
E quando estamos pessimistas com o dólar, compramos Bolsa brasileira.
Sou da opinião de que o dólar tem duas funções na sua carteira: uma delas é estrutural, a outra é uma amor de verão.
Por estrutural, quero dizer o seguinte: você precisa ter sempre uma fatia do seu patrimônio exposto ao dólar.
Escolha como você quer fazer isso, se é comprando ações, REITs, ou simplesmente dólar puro.
Mas num país como brasileiro, em que a moeda consegue perder mais de 35% do seu valor em 12 meses, você precisa ter sempre uma fatia fixa dolarizada. Entre 10% e 20% está ok.
E o “amor de verão” é aquela exposição mais oportunista. De quem vai realmente se preocupar com o patamar da moeda.
Particularmente, faço mais o tipo romântico tradicional, de amores para a vida toda.
Para investir agora seus primeiros R$ 5 mil no exterior
A maneira mais simples de fazê-lo é através de fundos de investimento que investem no exterior.
Assim, você investe direto numa corretora brasileira e não precisa se preocupar com a remessa de câmbio.
Uma alternativa que eu gosto muito é o fundo Tech Select, da Vitreo.
O fundo investe nas maiores empresas de tecnologia do mundo, além de nomes ascendentes como o Zoom.
O fundo foi criado em 08 de junho de 2020, e rende mais de 30% desde então. No mesmo período, o Ibovespa retornou menos de 10% aos investidores.
Claro que retornos passados não são garantia de retornos futuros, mas o Tech Select, na minha opinião, reúne alguns dos setores mais quentes e que mais tem gerado valor para os acionistas nos últimos anos.
O aporte mínimo é de R$ 5 mil e o fundo não cobra taxa de performance. Vale a pena conhecer e internacionalizar seu portfólio de maneira simples.
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim