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O dilema do perdedor: realizar o prejuízo ou segurar um investimento que está no vermelho?

Não é justo consigo mesmo julgar suas decisões em retrospecto. O melhor a fazer quando se perde dinheiro é refletir sobre duas perguntas.

21 de junho de 2020
5:50 - atualizado às 13:02
Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early).  Na semana passada, comentei sobre o retorno dos IPOs e como você precisa ser seletivo para não surfar a onda errada. Hoje, vou encarar um tabu contigo. Vamos falar sobre perder dinheiro, como lidar com os prejuízos que invariavelmente acontecem.

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The path dependence theory

Na estatística, é muito simples identificar se dois eventos são dependentes ou independentes entre si. 

Jogo uma moeda e deu cara. 

Se a moeda não é viciada, o fato ter dado cara no primeiro lançamento não têm absolutamente impacto nenhum no resultado do meu próximo lançamento. 

Se eu jogar a moeda de novo, têm 50% de chances de ser cara e 50% de chances de ser coroa. 

São eventos independentes entre si. 

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Mas na sua vida financeira - especialmente se você está comprometido com um projeto de longuíssimo prazo, como uma aposentadoria antecipada - as suas decisões não serão perfeitamente independentes. 

A decisão de investimento que você toma hoje influencia diretamente as decisões que você tomará amanhã. 

Existe uma dependência futura causada pelo caminho que você decide seguir. 

A bifurcação

Apesar da dependência de caminhos, a matriz de resultados possíveis no investimentos é bastante simples: ou você ganha dinheiro, ou você perde dinheiro. 

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Mas não se deixe enganar: a intensidade com que cada um desses eventos se materializa é determinante para o seu “Eu” futuro investidor. 

Os casos mais comuns são os seguintes:

1-Acertar uma porrada na Bolsa

O cara que acerta uma porrada, por exemplo um lucro de 50% com ações da Hertz (quebrada, sem qualquer perspectiva e largada à sorte nos EUA) em poucos dias, não consegue deixar de se empolgar. 

É muito fácil confundir a sorte e a aleatoriedade com mérito e capacidade analítica. 

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Essa porrada vai influenciar os próximos investimentos desse suposto investidor. 

Ele vai buscar novas porradas sem sentido; coisas cada vez mais agressivas, na tentativa desesperada de repetir a performance alucinante e alcançar o nirvana do mercado de capitais em 1/10 do tempo que Warren Buffett demorou para fazê-lo.  

Com um mínimo de maturidade em investimentos, é fácil entender a falta de sustentabilidade desse plano. 

O segundo caso é o extremo oposto do primeiro:

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2- Tomar uma porrada da Bolsa

E se você fez tudo certo e, mesmo assim, tomou xabu? 

Escolheu uma boa empresa de varejo; faz 24 meses que, todo mês, você aumenta marginalmente sua exposição nessa ação, que têm fundamentos sólidos, valuation interessante e boas perspectivas de crescimento. 

Você fez tudo certo, exatamente da maneira que manda o livro-texto. Só que aí vem o coronavírus e, em uma semana, traz seus 24 meses de investimento à estaca zero. 

A não ser que você seja um monge tibetano capaz de meditar por oito horas seguidas sem sequer precisar ir ao banheiro, esse acontecimento vai te influenciar. 

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Você vai se sentir um imbecil. 

Especialmente porque o imbecil de verdade ganhou 50% com ações da Hertz enquanto você está puto, perdendo dinheiro.


E então, como lidar com um prejuízo?

“Talvez eu possa abrir mão da dor e do ressentimento do caminho não trilhado, porque o caminho não trilhado não é apenas o inverso do que eu sou. É um sistema infinitamente ramificado que representa todas as permutações da minha vida.”

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O trecho acima pertence à ficção “Matéria Escura”, de Blake Crouch, um livro que não tem nada a ver com mercados financeiros, mas que inspirou essa coluna. 

A conclusão fala por si. 

Um prejuízo, necessariamente, pertence ao passado. 

Não é justo consigo mesmo julgar suas decisões em retrospecto, utilizando um conjunto de informações estupidamente relevantes que não estavam disponíveis no momento em que você tomou a sua decisão. 

As perguntas certas a se fazer são duas: 

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  1. Naquele momento, com o conjunto de informações que você tinha disponíveis, você tomou a melhor decisão possível? 
  2. Agora que as novas informações mudaram por completo, você acredita que esse investimento valerá no futuro mais do que vale no presente? 

Se você responder “não” à primeira pergunta, existe um aprendizado a ser considerado aqui. 

Se responder “sim” à primeira e “não” à segunda, é hora de realizar o prejuízo, não importando se é um prejuízo de 1% ou de 99%.

E por último, se você responder “sim” à primeira e “sim” à segunda, permaneça com seu investimento, independente do prejuízo acumulado ser 1% ou de 99%. 

No final do dia, a decisão certa é que o deixará em paz consigo mesmo, afinal, com certeza ela vai influenciar suas decisões futuras.

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Se você quiser receber sugestões de investimento para montar um plano de aposentadoria precoce a partir de R$ 150 ao mês, deixo aqui o convite para você ouvir o plano do Rodolfo Amstalden. 

Até semana que vem!

Obs1: Na semana passada, por um erro técnico, não foi disponibilizado o link para acesso e download gratuito do nosso aplicativo. Você pode se inscrever aqui e receber gratuitamente no futuro todos os relatórios de análise de IPOs e outras newsletter que a Empiricus produz sem custo algum para os leitores. 

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