🔴 300% DO IBOVESPA: CONHEÇA A AÇÃO QUE PODE PAGAR DIVIDENDOS ‘GORDOS’ EM 2024 – VEJA QUAL

Estadão Conteúdo
Entrevista

Diretor do FGC: “sempre é melhor prevenir do que improvisar”

Daniel Lima defende as mudanças previstas no texto de Resolução Bancária enviado pelo governo

Estadão Conteúdo
24 de fevereiro de 2020
10:23
Quatro sacolas com dinheiro
Imagem: Shutterstock

Em sua primeira entrevista desde que assumiu o comando do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), no fim do ano passado, Daniel Lima defende as mudanças previstas no texto de Resolução Bancária enviado pelo governo, no fim do ano passado, ao Congresso.

O texto prevê, por exemplo, o uso de recursos do Tesouro como último recurso para salvar grandes bancos numa eventual crise financeira.

Hoje, essa possibilidade é proibida pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Temos de discutir em quais condições vamos usar o mecanismo, e não simplesmente proibir o mecanismo", diz ele. "Por uma questão política, a decisão pode ser outra. Mas, em se tratando de uma legislação, o Congresso é o foro adequado para a discussão."

Lima considera ainda que o sistema financeiro está hoje mais sólido do que no passado. O FGC tem a função de ressarcir os investidores em caso de quebra de um banco. Com um caixa de R$ 80 bilhões, cobre ativos como depósitos à vista, poupança e CDBs, entre outros.

O que o sr. acha do projeto de Resolução Bancária e como o FGC se encaixa nele?

Precisamos de um arcabouço que incorpore aprimoramentos que já foram realizados lá fora. Acho que é um texto tecnicamente muito debatido, maduro. A criação de um arcabouço mais robusto para enfrentar crises diminui a incerteza e colabora com um melhor ambiente institucional. E teremos à disposição ferramentas novas que hoje não dispomos, como o "empréstimo como último recurso", que prevê o uso do dinheiro do Tesouro. Temos de discutir em quais condições vamos usar o mecanismo, e não simplesmente proibir o mecanismo. Existem limitações que são oriundas da Lei de Responsabilidade Fiscal, como restrição de prazos nos empréstimos. Será preciso algum balanço entre diferentes alocações do recurso público. Tudo tem a ver com minimizar o gasto da sociedade e apoiar negócios que são viáveis.

Dado que o uso do recurso publico é polêmico, acredita que a forma de socorro está adequada?

O tratamento técnico está adequado, mas precisa de debate, porque se trata de uma decisão social. Quem decide é o Congresso.

Como o FGC é um fundo constituído por bancos, a resolução pode ter impacto nas contribuições das instituições ao fundo?

Teremos de esperar o texto final aprovado para entender quais são os impactos para o FGC. Quando olhamos especialmente para o grupo S1 de bancos, os sistematicamente importantes, não prevemos muito impacto porque está sendo constituído um fundo de resolução próprio para lidar com dificuldades dessas entidades.

Esse fundo já está sendo constituído, então?

Ele está previsto na proposta, mas já existe uma conta contábil que está recolhendo recursos para quando esse fundo for instituído.

Qual o volume do fundo?

O Fundo de Resolução está em torno de R$ 7 bilhões. A meta é 1% dos elegíveis. Portanto, se estamos considerando que os elegíveis somam R$ 2,3 trilhões, a meta é cerca de R$ 23 bilhões, a ser alcançada em dez anos. Para os bancos menores, eventual socorro vem de linhas de assistência do FGC, que estão segregadas do fundo. O FGC tem um patrimônio de R$ 80 bilhões, sendo R$ 60 bilhões para a cobertura de ativos e o restante representado por garantias e recursos para a assistência aos bancos menores.

Considera esse debate necessário neste momento, já que os bancos sistematicamente importantes no Brasil têm situação sólida?

Sempre é melhor prevenir e se preparar do que improvisar. Creio que o risco não existe, é baixo, mas é uma regulamentação muito importante.

Quais riscos o sr. vê hoje para o mercado bancário e financeiro?

As instituições financeiras são dinâmicas e têm sido capazes de navegar em vários cenários. Ao longo do tempo, a fiscalização tem feito um grande trabalho. Controles internos e governança têm melhorado.

Existe previsão de mudança no teto de cobertura de R$ 250 mil por CPF em caso de quebras?

Hoje, não. A cobertura está adequada para o contexto atual da indústria.

Considera que os bancos médios e de nicho estão mais saudáveis hoje do que no passado?

As novas tecnologias estão barateando algumas operações e, nesse sentido, existem determinantes que levam a uma maior saúde do sistema. Vejo elementos que mostram aumento do risco porque a competição está aumentando, do ponto de vista da análise econômica, mas do outro lado existe um avanço tecnológico enorme que reduz custos e melhora de governança. No filme, a indústria está melhor.

*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

MERCADOS HOJE

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais oscilam com balanços e ajustes no radar; Ibovespa aguarda decisão de juros hoje

8 de maio de 2024 - 7:20

RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais começam o dia sem um único sinal. Os índices de Nova York operam em leve queda, sofrendo ajuste após sucessivos pregões de alta. Já na Europa, as bolsas começam o dia com o tom mais positivo, refletindo os balanços de mais cedo. Por fim, o encerramento dos negócios na […]

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa é embalado por balanços e fecha em alta, enquanto dólar tem leve queda; Suzano (SUZB3) despenca 12%

7 de maio de 2024 - 17:24

RESUMO DO DIA: Na véspera da decisão do Copom, a política monetária ficou em segundo plano em dia de repercussão de balanços trimestrais e poucas notícias nos mercados internacionais. O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,58%, aos 129.210 pontos. Já o dólar à vista fechou a R$ 5,0673, com leve queda de 0,13%. […]

'FEIRÃO' DE FIIs

Fundo imobiliário favorito do mês está com desconto na B3 e abre oportunidade de compra; confira as recomendações de dez corretoras

7 de maio de 2024 - 17:20

No último mês, as mudanças no cenário macroeconômico global e brasileiro — incluindo a alta dos juros futuros e ruídos fiscais — criaram um verdadeiro “feirão” entre os FIIs negociados na bolsa de valores.

TERCEIRA EMISSÃO

WHG Real Estate (WHGR11) anuncia oferta de ações de R$ 200 milhões; confira detalhes da nova emissão de cotas do fundo imobiliário

7 de maio de 2024 - 13:31

O montante final da WHGR11 ainda pode variar em mais de 50 milhões caso tenha excesso de demanda no decorrer da oferta de ações

DESTAQUES DA BOLSA

Suzano (SUZB3) recua 12% na B3 com notícia sobre proposta bilionária pela IP dias antes do balanço do primeiro trimestre

7 de maio de 2024 - 12:36

A companhia brasileira fez uma proposta de US$ 15 bilhões pela International Paper

CRISE CLIMÁTICA

Banrisul (BRSR6) e IRB (IRBR3) são os mais expostos pela tragédia climática no RS, diz JP Morgan, que calcula o impacto nos resultados

7 de maio de 2024 - 11:17

JP Morgan avaliou a exposição do setor financeiro à catástrofe; impacto sobre bancos e seguradoras vai além de Banrisul e IRB

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Braskem despenca e Ibovespa não sustenta o fôlego vindo de Nova York; dólar sobe a R$ 5,07

6 de maio de 2024 - 17:40

RESUMO DO DIA: Começou mais uma semana decisiva para os juros no Brasil. O Copom reúne-se na próxima quarta-feira (8) e é esperado um novo corte na Selic. Mas enquanto o dia não chega, os investidores acompanharam os desdobramentos da crise climática no Rio Grande do Sul e os possíveis impactos no cenário fiscal. O […]

AÇÃO DO MÊS

A Vale (VALE3) está de volta: mineradora lidera a preferência dos analistas para maio; confira as ações preferidas na carteira recomendada de 12 corretoras

6 de maio de 2024 - 6:56

Após reduzir o temor de interferência política na companhia e garantir a permanência de Eduardo Bartolomeo até o fim do ano, as ações da ex-estatal avançaram mais de 4% em março

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: decisão do Copom divide espaço com balanços e dados de inflação em semana cheia

6 de maio de 2024 - 6:20

Internacionalmente, gigantes como Walt Disney apresentam seus resultados, oferecendo uma visão ampla do desempenho empresarial em várias indústrias

DIVERSIFICAÇÃO É A PALAVRA

Com cemitérios e datacenters nos portfólios, fundos imobiliários ‘diferentões’ ganham espaço e interesse dos investidores

5 de maio de 2024 - 14:16

Para ampliar a diversificação nesse segmento, gestoras de recursos estão cada vez mais empenhadas em buscar oportunidades onde antes não viam grande valor

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar