Uma palavra vai definir o futuro das bolsas mundiais
O pregão desta quarta-feira nas bolsas mundiais foi um daqueles que nos fazem lembrar da pior forma possível que a tal de renda variável não se chama assim à toa.
É natural que os ciclos de alta do mercado nos deixem mal acostumados. Por isso a queda de 2,90% do Ibovespa hoje reforça aquele nosso velho mantra: a perspectiva de maior rentabilidade vem sempre acompanhada de maiores riscos.
O que fez os mercados caírem em bloco mundo afora foi a volta dos temores sobre o estado de saúde da economia global. Aliás, se eu pudesse resumir em uma palavra o que vai definir o futuro das bolsas, ela seria recessão.
Como os investidores tentam sempre se antecipar aos eventos, as bolsas devem sofrer a cada dado que sinalizar uma retração da economia internacional lá na frente. Foi o que aconteceu hoje, depois de uma série de indicadores ruins vindos dos EUA.
O impasse político do pedido de impeachment contra Donald Trump e o processo cada vez mais tumultuado de saída do Reino Unido da União Europeia ajudaram a aumentar a tensão.
Nesse cenário nada amigável, a desidratação da reforma da Previdência na votação no Senado foi como aquela descarga apertada bem na hora em que a bomba explode.
A reação da cavalaria – no caso, os Bancos Centrais globais – é o que vai definir se a palavra recessão vai ou não permanecer mapa de riscos dos investidores.
O Victor Aguiar acompanhou de perto o dia tenso no mercado financeiro, conversou com várias fontes e traz para você um panorama completo de tudo o que rolou.
Poucos amigos
A insatisfação de Paulo Guedes com a votação da reforma da Previdência no Senado teve uma resposta rápida e objetiva. O ministro cancelou todas as reuniões com bancadas partidárias que estavam marcadas para acontecer nesta quarta-feira. O clima de poucos amigos logo foi sentido pelos parlamentares, e governo deve cobrar o preço dos R$ 76 bilhões perdidos na reforma em outras pautas.
Ampliando o guarda-roupa
Líder no mercado local de calçados, bolsas e acessórios femininos, a Arezzo decidiu que é hora de pisar em novos terrenos. A brasileira fechou uma parceria com a Vans, empresa americana conhecida pelos tênis que calçam adolescentes e jovens adultos de classe média aqui e lá fora. O acordo, que vai permitir companhia brasileira explorar novas vertentes, incluindo vestuário, já animou o mercado. Confira os planos da dupla nesta matéria.
Presente de casamento
A união das empresas de shopping Aliansce e Sonae foi em agosto, mas os presentes ainda estão chegando. O Goldman Sachs revisou as recomendações para as ações da empresa e passou a indicar a compra dos papéis. O movimento é bastante importante para a companhia, que na visão do banco norte-americano tem potencial para se valorizar 17% nos próximos doze meses, como a Bruna Furlani conta nesta matéria.
Guerra longe do fim
Você acha que a situação diplomática e econômica entre os Estados Unidos e a China está ruim? Pois saiba que ela pode piorar (e muito). Quem diz isso é ninguém menos do que o fundador do maior fundo de investimentos norte-americano. Para Ray Dalio, o governo de Donald Trump pode ir além dos cortes de fluxos de capital e de uma possível retirada de empresas chinesas das bolsas dos EUA. Saiba por que o bilionário fundador da gestora Bridgewater acredita que a tempestade está só começando.
Aposentado aos 50?
Tenho certeza que esse é o sonho de dez entre dez leitores aqui da nossa newsletter. Afinal, quem não quer se aposentar cedo para poder investir em hobbies ou projetos próprios? Mesmo em tempos de Nova Previdência, garantir uma renda extra antes dos 60 (ou 62 e 65, depois da reforma) pode sim ser realidade, basta ter um bom planejamento e muita disciplina. Mas por onde começar? Se essa é a sua principal dúvida, então recomendo a leitura desta matéria com cinco dicas do dia-a-dia que podem ajudar você nessa missão.
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*Colaboração Fernando Pivetti.
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