Investimentos de renda fixa têm 86,5% dos aportes
O levantamento produzido com exclusividade para o jornal O Estado de S. Paulo pela Planejar, entidade que certifica os planejadores financeiros, aponta que dos quase R$ 6 trilhões aplicados no Brasil 86,5% estão alocados em produtos conservadores atrelados aos juros básicos da economia.
Mesmo com a taxa Selic a 5,50% ao ano, o investidor brasileiro não parece disposto a abandonar a segurança da renda fixa.
O levantamento produzido com exclusividade para o jornal O Estado de S. Paulo pela Planejar, entidade que certifica os planejadores financeiros, aponta que dos quase R$ 6 trilhões aplicados no Brasil (R$ 5,9 trilhões, para ser exato), 86,5% estão alocados em produtos conservadores atrelados aos juros básicos da economia.
Os principais destinos são a caderneta de poupança, que responde por 15,82% dos recursos da renda fixa e a previdência privada (aberta e fechada), com 32,44%.
Para chegar a esses dados, a pesquisa cruza informações fechadas do mês de agosto e coletadas na B3, Anbima, Tesouro Nacional, Banco Central e Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho.
O trabalho foi conduzido pelo planejador José Raymundo de Faria Júnior e seu resultado aponta para uma concentração de investimentos em produtos que, hoje, oferecem margens muito estreitas de rentabilidade, com potencial que se aproxima do zero caso as previsões de novos cortes na Selic realmente se confirmem.
Para ficar apenas com o exemplo dos dois principais produtos da renda fixa, a poupança e a previdência complementar, a primeira tem hoje retorno real, já descontado a inflação, fixado em 0,57% ao ano.
Leia Também
Já os fundos de previdência mais conservadores apresentam resultados distintos entre si, dependendo da estratégia dos gestores. Mesmo assim, dificilmente o retorno real deles ultrapassam 1% ao ano, o teto de prêmio atualmente oferecido pelas melhores aplicações de renda fixa.
"O que mostramos é que, hoje, o quadro de investimento do brasileiro não é ideal para uma economia onde o juro básico é tão baixo", conta Faria Júnior. "As pessoas vão se assustar daqui a seis meses, um ano, um ano e meio, quando virem que seus rendimentos não estão rendendo nada", diz.
Para o planejador, as perspectiva de novos cortes da taxa básica de juros, que segundo economistas pode chegar a 4% no ano que vem, pode fazer com que o juro real se aproxime de zero nos investimentos, chegando a margens negativas em alguns casos, onde os gestores cobram um porcentual fixo como taxa de administração.
Essa situação, diz, deve levar o brasileiro a uma ruptura. "Esse momento (de juros real zero) virá e o investidor vai ter de assumir riscos. Esse quadro que estamos vendo, com 86,5% de investimentos na renda fixa, deve mudar", diz.
Para onde o dinheiro vai?
Especialistas se dividem sobre qual devem ser os impactos dos juros no cenário de investimentos.
Enquanto para uns o efeito deve ser mitigado por um alongamento dos prazos para sacar o dinheiro (com títulos que vencem em 20 a 25 anos), para outros assumir risco dentro do novo mundo da renda variável será a opção imediata.
O presidente do BNP Paribas Asset Management, Luiz Sorge, acha que é mesmo inevitável que o investidor migre para o risco.
Ele vê boas oportunidades em crédito privado provenientes de empresas da área de infraestrutura, as debêntures incentivadas. "O Brasil vai voltar a crescer e a partir do ano que vem a gente espera um aumento de oferta de fundos de infraestrutura no mercado."
Para ele, ações, ETFs (fundos de índices, como o que segue o Ibovespa) e ativos no exterior também devem integrar a carteira dos clientes, daqui para a frente.
Rafael Mazzer, gestor do BTG Pactual Wealth Management, também coloca os fundos imobiliários nesse pacote.
De fato, essa categoria, que tende a antecipar uma melhora no mercado de incorporações, atingiu 1 milhão de cotistas no primeiro semestre, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Para imaginar onde vai parar parte do patrimônio da renda fixa, o coordenador de alocação da XP Investimentos, Felipe Dex, pontua movimentos que já são visíveis nos investidores. Ele avalia que há forte migração entre os mais ricos para ações e fundos de ações.
Além disso, dentre as demandas das pessoas físicas na corretora, ele destaca que o interesse por fundos multimercado vem crescendo, o que pode indicar mais um caminho de migração.
Luiz Parreiras, da Verde Asset, propõe uma nova calibragem do que se deve aceitar de risco no portfólio dos investidores. Para ele, os conservadores, que hoje operam com 98% de seu patrimônio em renda fixa, deve permitir temperar uma parcela de 10% desse dinheiro com um pouco mais de risco.
Os arrojados, por sua vez, podem lançar 30% dos recursos na renda variável. Para ele, o maior erro do investidor de agora em diante é esperar que a realidade de altos rendimentos sem riscos retorne. "(A queda de juros) é uma mudança estrutural no Brasil", diz.
Renda fixa segue
Boa parte dos gestores, porém, não espera por uma fuga de aplicadores da renda fixa.
Para o estrategista da Verde Asset, Luiz Parreiras, o que muda são as expectativas em relação aos ganhos com esse tipo de investimento. Ele diz que continua havendo prêmios acima da inflação, por exemplo, para títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação.
No entanto, com juros a 4,5% ao ano até o fim de 2019, e de 4% em 2020, o prêmio sobre a inflação pode ser tão pequeno que faça o investidor quase empatar com a correção de preços daquilo que consome.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura