🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

São 133 bilhões para compensar...

Após derrota na Previdência, Guedes manda compensar ‘cada bilhão perdido’

Alcolumbre disse que ainda busca um entendimento, mas reconheceu que a votação pode ficar para a semana que vai de 14 a 18 de outubro: “Acaba saindo um pouco do calendário da primeira quinzena de outubro, passando para a próxima semana”

Estadão Conteúdo
3 de outubro de 2019
7:46 - atualizado às 16:38
Ministro Paulo Guedes
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Isac Nóbrega/PR

O Senado Federal reduziu em R$ 133,2 bilhões o impacto da reforma da Previdência no primeiro turno de votação da proposta. A desidratação inesperada deflagrou uma megaoperação no governo para evitar perdas ainda maiores, numa força-tarefa que mira agora o segundo turno para manter a potência fiscal de R$ 800,3 bilhões.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ordenou que cada bilhão perdido no Senado seja compensado no "pacto federativo", que deve reunir medidas para descentralizar recursos em favor de Estados e municípios.

A indicação de Guedes a seus auxiliares de que haverá "troco" da equipe econômica gerou ainda mais animosidade no ambiente já conflagrado do Senado. "Retaliação? Pau que dá em Chico dá em Francisco", avisou o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM).

Os senadores já estão insatisfeitos com os rumos da divisão dos recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal e querem respaldo do governo para garantir a fatia dos Estados. A Câmara articula reduzir a parcela de governadores para turbinar os repasses às prefeituras. Sem uma definição sobre os recursos, um grupo de senadores ameaça travar a votação em segundo turno, que estava prevista para 10 de outubro.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), admitiu que a próxima votação - última etapa antes da promulgação da reforma - pode atrasar. O principal obstáculo é a resistência de senadores em dar aval à chamada quebra de interstício, que permitiria a votação antes do intervalo de cinco sessões exigido pelo regimento. O pano de fundo, porém, é a disputa pelos recursos do leilão.

Alcolumbre disse que ainda busca um entendimento, mas reconheceu que a votação pode ficar para a semana que vai de 14 a 18 de outubro: "Acaba saindo um pouco do calendário da primeira quinzena de outubro, passando para a próxima semana".

Leia Também

No Congresso, a avaliação nos bastidores é que o governo perdeu o controle da situação e colaborou para a postura dos senadores ao incentivar o discurso de "menos Brasília e mais Brasil". A desidratação substancial do texto da reforma foi só um dos sintomas desse quadro.

Abono

O plenário impôs na noite de terça-feira uma derrota ao retirar as mudanças nas regras de pagamento do abono salarial. O texto da Câmara restringia o benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 998), a quem recebe até R$ 1.364,43 por mês. Mas o Senado decidiu manter as regras atuais, que garantem o repasse a quem ganha até dois salários mínimos (R$ 1.996). A mudança tirou R$ 76,4 bilhões da reforma.

O revés acendeu o alerta no governo, principalmente diante da lista de destaques que ainda seriam votados nesta quarta-feira, 2, e que poderiam tirar outros R$ 476 bilhões. Técnicos trabalharam desde as primeiras horas da manhã da quarta num amplo material para defender a manutenção de cada ponto, com detalhes de impactos e alertas sobre mudanças de mérito, que levariam a uma nova votação na Câmara e atrasariam o cronograma da reforma.

Já os articuladores políticos do governo se reuniram com lideranças do Senado para "tirar a temperatura" e decidir se havia clima para seguir com a votação ou se era mais apropriado esperar mais uns dias até o governo reorganizar sua base.

Negociação

O governo partiu para o voto, mas decidiu também reforçar outra frente de negociação: a de convencer lideranças a retirar seus destaques que poderiam mudar a proposta de forma significativa.

A estratégia teve uma razão: o governo corria sério risco de não conseguir os 49 votos necessários em algum dos destaques. As votações apertadas davam o alerta: na primeira delas, o placar ficou em 54 a 18, apenas cinco votos a mais que o necessário. Qualquer ausência imprevista de um senador poderia comprometer dezenas de bilhões para os próximos anos.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, entrou em campo e, diretamente do plenário, conversou com líderes e costurou os acordos que reduziram os riscos para a reforma, mas resultaram em promessa de rediscussão de algumas regras em uma nova proposta.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), também operou para reduzir os danos após ter sido o principal alvo de quem buscava apontar culpados pela derrota da quarta-feira. No Congresso, a votação do abono foi considerada nos bastidores um recado dos senadores e uma jogada ensaiada com o líder do governo.

A avaliação é que um negociador experiente como Bezerra não poderia ter aceitado que aquele destaque fosse votado em momento de quórum menor no plenário. Além disso, Bezerra já havia manifestado preocupação do governo com a chance de essa mudança ser aprovada.

A própria senadora Eliziane Gama (CDD-MA), autora do destaque, agradeceu na quarta a Bezerra pela votação do abono. "Eu gostaria aqui, senador Fernando Bezerra, que é líder do governo, de agradecer vossa excelência, inclusive, pelas concessões que deu em relação a não ter uma pressão e a gente ter a garantia do abono salarial."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
COMBUSTÍVEIS

É o fim da alta da gasolina? Bolsonaro quer resolver a questão dos combustíveis com Guedes ‘nos próximos dias’

6 de junho de 2022 - 12:55

Na última semana, Bolsonaro reuniu os ministros para debater sobre a possibilidade de criar um subsídio para combustíveis, mas o ministro da Economia convenceu o presidente a esperar

Ministérios

A kryptonita de Paulo Guedes: “superministério” é ameaçado pela promessa de recriação de mais uma pasta

27 de maio de 2022 - 10:50

Bolsonaro prometeu recriar o Ministério da Indústria e Comércio, cujas atribuições estavam sob comando do Ministério da Economia de Paulo Guedes desde 2019.

DE VOLTA À MESA

Privatização da Petrobras (PETR4) vai acontecer? Para Guedes, se Bolsonaro for reeleito, sim; confira o que disse o ministro em Davos

26 de maio de 2022 - 11:41

O ministro da Economia ainda afirmou que o Brasil está saindo da crise “na frente da curva” e que a inflação no país poderia ter atingido o pico e logo começaria a recuar

PRIVATIZAÇÃO

O Porto de Santos pode ter um dono holandês? Foi o que indicou o ministro Paulo Guedes

26 de maio de 2022 - 10:17

O ministro teve hoje uma reunião bilateral com o presidente da APM Terminals, Keith Svendsen, que demonstrou interesse em comprar o Porto de Santos

Integração latino-americana

Vem aí o “peso real”? Paulo Guedes defende criação de moeda única para Brasil e Argentina

25 de maio de 2022 - 12:00

O Ministro da Economia destacou a importância da integração latino-americana em meio à conjuntura mundial conturbada, e sugeriu a possibilidade de uma moeda comum.

DO BRASIL PRO MUNDO

Guedes tem encontro com Escobari, da General Atlantic, e vai a jantar do BTG; confira a agenda do ministro em Davos

22 de maio de 2022 - 16:00

O banqueiro André Esteves, que em abril voltou ao comando do conselho do BTG Pactual, está participando do evento na Suíça

ARTILHARIA PESADA

Moro acusa Bolsonaro de sabotar reformas de Paulo Guedes e o combate à corrupção

22 de fevereiro de 2022 - 13:18

Ex-juiz ainda foi irônico ao dizer que atual presidente se gabou de conseguir evitar a invasão da Ucrânia no momento em que Putin reconhece a autonomia de territórios separatistas e envia tropas à região, arrancando aplausos da plateia

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior avançam após balanço da Alphabet e Ibovespa aguarda decisão do Copom

2 de fevereiro de 2022 - 7:49

A definição da política juros é o grande destaque do dia no cenário local, com as estimativas apontando para uma Selic acima de 10%

FECHAMENTO HOJE

Fluxo estrangeiro segue impulsionando, e Ibovespa fecha em alta de quase 1%; dólar vai a R$ 5,27

1 de fevereiro de 2022 - 19:27

O setor de mineração e siderurgia encabeçou o movimento positivo, ainda que os investidores estejam sem a referência da cotação do minério de Qingdao, com negociação paralisada devido ao feriado do Ano Novo Chinês.

mercados hoje

Ibovespa ganha fôlego ao longo da manhã e se firma nos 112 mil pontos; dólar vai a R$ 5,28

1 de fevereiro de 2022 - 10:20

As tensões entre Rússia e Ucrânia parecem ter saído do radar dos investidores, que aguardam os balanços das big techs

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas de Nova York caem, mas Europa sobe antes dos balanços do dia e Ibovespa mira em palestra de Paulo Guedes

1 de fevereiro de 2022 - 7:53

Além disso, os dados de emprego dos Estados Unidos voltam ao radar com a divulgação do relatório Jolts de hoje

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa e dólar driblam cautela global e marcam golaço para encerrar o mês; bolsa acumula alta de 7% e dólar cai a R$ 5,30

31 de janeiro de 2022 - 19:42

O dia foi de recuperação para as bolsas americanas e de instabilidade para o Ibovespa, mas a bolsa brasileira encerrou o mês em alta de quase 7%

mercados hoje

Dólar acelera queda acompanhando o exterior e vai a R$ 5,30, enquanto bolsa se firma em alta na segunda metade do pregão

31 de janeiro de 2022 - 10:21

Ainda esta semana ocorre a divulgação da taxa básica de juros, a Selic, aqui no Brasil, o que injeta ainda mais cautela dos investidores

Segredos da Bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior operam mistas, em semana de Copom, emprego nos EUA e aumento da tensão no mundo acelera alta do petróleo; confira

31 de janeiro de 2022 - 7:54

Além disso, o investidor deve permanecer de olho no balanço das big techs da semana, como Meta (Facebook), Alphabet (Google) e Amazon

QUEM DÁ MAIS?

Correios e Eletrobras estão na pista para privatização, diz Guedes

28 de janeiro de 2022 - 17:29

Ministro da Energia, Bento Albuquerque, afirmou no mês passado que privatização da Eletrobras ocorreria no segundo trimestre deste ano. No caso dos Correios, CAE se prepara para retomar debates.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior tentam se recuperar da queda após decisão do Fed e Ibovespa busca manter ritmo de alta mesmo com risco fiscal no radar

27 de janeiro de 2022 - 7:54

Depois de tocar os 112 mil pontos ontem (26), a bolsa brasileira precisa enfrentar o ajuste de carteiras ao novo cenário de juros altos

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas buscam recuperação no exterior em dia de decisão do Fed e balanços; Ibovespa tenta manter boa fase de olho no IPCA-15

26 de janeiro de 2022 - 7:53

O Ibovespa conseguiu recuperar o patamar dos 110 mil pontos e a entrada do país na Organização pode acelerar a reforma tributária

NOVA DEBANDADA?

Mais um técnico da área de Orçamento da Economia deixa cargo e expõe novo desgaste na equipe de Paulo Guedes

25 de janeiro de 2022 - 13:50

O movimento de saída é comum no último ano de governo, mas agora tem ocorrido mais cedo, ainda no primeiro mês de 2022

Tendências da bolsa

AGORA: Em linha com exterior negativo, Ibovespa futuro abre em queda e dólar sobe hoje; bitcoin (BTC) aprofunda queda do fim de semana

24 de janeiro de 2022 - 9:07

Na agenda da semana, a inflação medida pelo IPCA-15 e pelo PCE, nos Estados Unidos, são o grande destaque dos próximos dias

Segredos da Bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas iniciam a semana em tom negativo, de olho na decisão do Fed; Ibovespa acompanha desdobramentos da inflação e PEC dos combustíveis

24 de janeiro de 2022 - 7:52

No cardápio da semana, os primeiros números do IPCA-15 e a tensão envolvendo os servidores públicos permanecem no radar

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar