A Petrobras está de volta ao mercado de capitais internacional e anunciou nesta terça-feira, 12, uma captação de títulos de dívida (bônus). Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast/Estadão, a petroleira pretende levantar US$ 3,2 bilhões com o projeto e os recursos serão utilizados para recomprar papéis com vencimentos entre 2021 e 2025, que no total somam perto de US$ 3,1 bilhões.
A demanda pelos novos bônus, com vencimento em 2049, e pela reabertura dos bônus que vencem em 2029, está ao redor de US$ 8 bilhões. Diante da procura, especula-se que a companhia consiga fechar o processo com captação de US$ 4 bilhões.
Ainda de acordo com o Broadcast, a companhia vai pagar um piso de 7% como taxa de remuneração de referência para os novos títulos. Já para na reabertura dos bônus 2029, a indicação de remuneração foi ao redor de 6,05%.
A operação, que deve expirar em 8 de abril deste ano, está sendo coordenada pelo BNP Paribas, Bradesco BBI, Citigroup, Goldman Sachs, HSBC e Santander.
A nova captação da Petrobras acontece menos de dois meses depois da emissão de R$ 3,6 bilhões em debêntures de infraestrutura realizada pela estatal.
Fitch: muito bom, nota "BB-"
Logo depois do anúncio da captação de bônus, a agência de classificação de risco Fitch atribuiu nota "BB-" à emissão.
A agência afirmou em nota que todos os ratings ligados à Petrobras são limitados pelos ratings soberanos do Brasil devido à forte participação estatal na empresa e na importância estratégica da companhia para o país.
Captação fica dentro do esperado
No fim da tarde desta terça-feira, fontes do Broadcast informaram que a companhia conseguiu captar US$ 3 bilhões com os bônus. Desse valor, US$ 2,25 bilhões vieram com novos papéis com vencimento em 2049 e US$ 750 milhões com bônus 2029.
O Broadcast/Estadão divulgou ainda que os novos bônus 2049 foram emitidos à taxa de 6,90% e os bônus 2029 à taxa de 5,95%.
*Com Estadão Conteúdo.