Mercado torce por boas novas
Investidor busca por notícias que apontem para acordo comercial de fase 1 entre EUA e China, enquanto tenta se desviar da turbulência política na América Latina
Os mercados internacionais amanheceram em alta nesta terça-feira, após uma sessão de ganhos na Ásia, o que sustenta o sinal positivo em Nova York e na Europa, com os investidores aguardando novidades no front comercial, enquanto monitoram o cenário político mais conturbado no Brasil e no exterior. Ainda assim, há certo nervosismo nos negócios, em meio à espera por notícias concretas sobre um acordo entre EUA e China.
As mensagens mistas vindas da Casa Branca sobre a remoção de tarifas existentes contra produtos chineses deixam dúvidas sobre quando e onde Washington e Pequim irão assinar a primeira fase de um acordo comercial. Mais que isso, há incertezas sobre o conteúdo do termo a ser assinado. Já em relação à Europa, parece que o presidente norte-americano Donald Trump está disposto em adiar a taxação de 25% sobre automóveis.
Em reação, as principais bolsas asiáticas fecharam a sessão em alta, na expectativa de que alguma anúncio seja feito sobre o acordo com a China, relegando mais um dia de protestos em Hong Kong. O índice Hang Seng fechou em alta de 0,4%, digerindo a notícia de que a polícia da ex-colônia britânica irá tomar medidas mais duras para controlar os protestos. Xangai subiu 0,2%, enquanto Tóquio liderou os ganhos na região e avançou 0,8%.
Em Wall Street, os índices futuros das bolsas de Nova York estão no azul, em meio à reta final da temporada de balanços e à espera de um discurso de Trump durante um evento na cidade. A expectativa é de que a fala dele dê detalhes sobre um possível encontro com o presidente chinês Xi Jinping para assinar o acordo comercial. O líder do Partido Comunista chega amanhã ao Brasil, para participar da 11ª cúpula dos países dos Brics.
Nos demais mercados, destaque para a libra esterlina, que segue pressionada pelo imbróglio político no Reino Unido em torno da saída da União Europeia (UE) e a expectativa por novas eleições no país. Já o iene avança frente ao dólar, com a moeda norte-americana monitorando o comportamento dos bônus. Nas commodities, o petróleo ensaia uma recuperação e sobe, enquanto o ouro cai.
Política em foco
Esse desempenho lá fora deve favorecer os mercados domésticos, com os investidores ainda avaliando os impacto da soltura do ex-presidente Lula.A decisão do STF reacendeu o temor de polarização política, o que pode impactar no andamento da agenda de reformas do governo no Congresso. Além da capacidade do líder petista de formar uma oposição mais organizada, os parlamentares tendem a desviar o foco para propostas (PEC) capazes de reverter a decisão da Corte Suprema sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Leia Também
Porém, o tema não tem o apoio de muitos da classes política. Ainda assim, o esforço da Câmara e do Senado em discutir medidas que permitam, constitucionalmente, prisão após segunda instância tende a deixar em segundo plano o pacote de cunho fiscal elaborado pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.
A intenção era aprovar as reformas estruturais (tributária, administrativa e de emergência fiscal) antes das eleições municipais de 2020. Mas a mobilização da esquerda - e o contra-ataque de apoiadores do governo Bolsonaro - agora com Lula livre pode redesenhar o cenário para o pleito, lançando luz para a disputa presidencial em 2022.
Hoje, será promulgada a PEC da reforma da Previdência, em sessão solene no Congresso. Com isso, passam a valer as novas regras para aposentadoria, exceto as alíquotas de contribuição, que entram em vigor após 90 dias. Portanto, as novas cobranças serão descontadas no salários de março de 2020.
A cena política em outros países da América Latina - após a vitória da chapa de Cristina Kirchner nas eleições da Argentina; a renúncia de Evo Morales ao cargo de presidente na Bolívia e a convocação de nova Constituinte no Chile - tende a exacerbar os nervos dos investidores, com a situação na região sendo mal vista especialmente pelo estrangeiros.
Dia de agenda fraca
A agenda doméstica desta terça-feira traz como destaque o desempenho do setor de serviços em setembro, às 9h. Na safra de balanços, destaque para os resultados trimestrais de Embraer, antes da abertura. Já no exterior, o calendário norte-americano está esvaziado hoje, enquanto na Europa sai o índice ZEW de sentimento econômico, logo cedo.
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
