Nova geração tenta emplacar livre mercado no Brasil, diz Financial Times
Segundo a publicação, partidos como Novo, que representam os mercados livres, são uma parte de uma mudança tectônica que abalou a política brasileira
O site do jornal britânico Financial Times trouxe hoje uma reportagem em que salienta que uma nova geração tenta levar o mercado livre para o Brasil. "O velho modelo econômico estatal está cercado no maior país da América Latina", considerou a publicação.
O texto recordou que investidores aplaudiram quando o presidente Jair Bolsonaro declarou em sua posse na semana passada que o Brasil iria "se libertar do socialismo", um sentimento rapidamente ecoado por seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que repetiu sua mensagem de que o País precisa de "mais Brasil, menos Brasília".
O prazer dos investidores nesse credo liberal era tal, como descreveu o periódico, que, mesmo com a queda dos mercados globais, os ativos brasileiros subiram, iniciando o ano como um dos mercados de ações com melhor desempenho do mundo.
Tais palavras, considerou o FT, também eram música para os ouvidos dos partidos liberais. Há muito vistos no Brasil social-democrata como movimentos marginais excêntricos, eles aproveitaram o sucesso eleitoral de Bolsonaro, um conservador mais tradicional, para se tornarem uma importante força política.
"Estamos totalmente alinhados com o plano de economia liberal [do governo]", disse Romeu Zema, o recém-eleito governador do estado de Minas Gerais e membro do Novo.
O Brasil é famoso por se tornar mais socialmente liberal nas últimas décadas, uma tendência que Bolsonaro, conhecido por comentários homofóbicos e ocasionalmente racistas e misóginos, disse que quer reverter.
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Mas, na economia, o Brasil tradicionalmente se inclinou para políticas de grandes Estados, especialmente nos últimos 14 anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT).
Partidos como Novo, que representam os mercados livres, são, portanto, parte de uma mudança tectônica que abalou a política brasileira, conforme a versão do diário na internet.
O Novo "quer reduzir o Estado e trazer eficiência para o maquinário público", disse Guilherme Fuertes, estudante de direito de 22 anos de uma universidade particular, explicando seu apoio.
Lançado há três anos pelo banqueiro João Amoêdo, o Novo cresceu e tem hoje oito cadeiras no Congresso. Amoêdo, que disputou a Presidência, ganhou 2,7 milhões de votos, o dobro da famosa ambientalista Marina Silva.
Partidos de uma inclinação liberal semelhante também se saíram bem na eleição de outubro, amplamente vista como a mudança mais profunda da direita do Brasil desde a ditadura militar.
Os democratas de centro-direita, por exemplo, têm 27 cadeiras no Congresso e seis senadores.
Com mais de 30 partidos representados no novo Congresso do Brasil, legendas como Novo e Democratas serão importantes para Bolsonaro, que precisa formar coalizões para aprovar reformas.
Mas eles prometem ser agrupamentos desajeitados, como destacou a reportagem. Juntamente com os liberais clássicos, estarão evangélicos pregadores de valores familiares, homens fortes, fazendeiros e conservadores isolacionistas.
O Financial Times também explicou a seus leitores que membros democratas estão previstos para compor o governo, como seu chefe de Gabinete e a ministra da Agricultura.
Do Novo, o partidário Salim Mattar, fundador da empresa de locação de carros Localiza, está encarregado da privatização, e Ricardo Salles, outro empresário, é ministro do Meio Ambiente - apesar de ele afirmar que o aquecimento global não é uma prioridade.
O Partido Social Liberal (PSL) de Bolsonaro ganhou 52 assentos no Congresso, ante apenas um anteriormente, e quatro senadores de nenhum anterior.
Recessão
A pior recessão do Brasil foi um fator fundamental nesse movimento, segundo o site do jornal, enquanto outro motivo foi a repulsa popular aos escândalos de corrupção do governo anterior e a subsequente rejeição do eleitorado ao establishment político.
"Isso abriu o caminho para pessoas de fora como Bolsonaro", avaliou o veículo britânico. Zema é um desses outsiders.
Um empresário sem experiência política, ele entrou para a política depois que a brutal recessão de 2015-16 o obrigou a demitir um terço de seus empregados. "Eu decidi então fazer parte da Novo, que tem ideias econômicas liberais, ideias que farão bem ao Brasil", disse ele.
Contrarrevolucionários mais radicais como Kim Kataguiri, de 22 anos, também tiveram um papel na ascensão de Bolsonaro.
Agora deputado do Partido Democrata, há quatro anos o estudante de Direito ajudou a iniciar um movimento no estilo Tea Party, chamado Movimento Brasil Livre.
Por meio das mídias sociais e protestos de rua, defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, do PT, e a prisão de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de corrupção.
Até que ponto esses partidos serão bem-sucedidos em ajudar a conter o Estado inchado do Brasil, ou os instintos mais liberais de Bolsonaro, ainda serão vistos, considerou o FT.
Há tantos novos rostos políticos de direita que eles podem lutar para manter Bolsonaro "em verificação", disse Malu Gatto, professora assistente de política latino-americana na UCL.
Quanto a Kataguiri, enquanto ele se alinha com os planos econômicos de Guedes, teme que o presidente seja estatisticamente inato, como mostra seu histórico de votação no Congresso. "Guedes tem nossa mesma visão", disse ele. "Bolsonaro é mais protecionista."
Rogério Chequer, membro Novo e também líder do grupo "Vem Pra Rua", que também organizou protestos em massa contra Dilma Rousseff, é mais esperançoso.
Como muitos de seus pares, ele vê Bolsonaro como um catalisador para mais mudanças: "Se continuarmos com esse nível de engajamento público... a velha política continuará perdendo espaço", disse.
*Com Estadão Conteúdo
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