Ipea eleva previsão de IPCA em 2019 de 3,85% para 4,08%
Na comparação com a estimativa anterior, o novo cenário projetado prevê uma piora na inflação de alimentos e monitorados; nova projeção ainda está abaixo da meta oficial do IPCA, de 4,5%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A nova previsão, divulgada em seção da Carta de Conjuntura do instituto, é de alta de 4,08%, contra estimativa anterior de 3,85%, feita em março.
A nova projeção porém ainda está abaixo da meta oficial do IPCA, de 4,5%, destaca o Ipea. O instituto também diz que na comparação com a estimativa anterior, o novo cenário projetado prevê uma piora na inflação de alimentos e monitorados, cujos efeitos sobre o IPCA serão, em parte, atenuados por um desempenho mais favorável dos bens e serviços.
Segundo o Ipea, o aumento no preço dos alimentos já foi verificado no primeiro quadrimestre do ano e com a taxa de câmbio mais alta a projeção de inflação desse segmento subiu de 5,4% para 7%. Também foram elevadas as estimativas para os preços monitorados, que subiram de 4,9% para 5,5%, mesmo em um cenário com ajustes menores das tarifas de energia elétrica.
"Por sua vez, a piora recente da atividade econômica reduziu as nossas projeções para a inflação de bens livres, exceto alimentos, de 1,7% para 1,2%, e para o setor de serviços, excluindo educação, de 3,7% para 3,5%", informou o instituto.
Todas as faixas de renda sentiram aumento
O Ipea diz que inflação teve impacto em todas as faixas de renda em abril. Enquanto para as famílias com renda mais alta foram afetadas pela alta de 2,7% da gasolina, os alimentos e os cuidados com a saúde puxaram para cima os gastos da famílias com renda mais baixa, informou o instituto.
Leia Também
"Com a incorporação deste resultado de abril, no acumulado do ano, a forte alta dos alimentos vem gerando uma aceleração mais intensa do custo de vida para as camadas mais pobres", explicou o Ipea em nota nesta quinta-feira.
As famílias com renda mais alta registraram inflação de 0,56% no mês passado, contra alta de 0,21% contra mesmo mês de 2018, acumulando variação positiva de 4,65% nos últimos 12 meses, acima do centro da meta oficial do governo, de 4,25%.
Já as famílias de renda mais baixa foram afetadas principalmente pelos aumentos na área de saúde, refletindo o aumento médio de 2,3% dos medicamentos, e dos alimentos, que subiram 0,17% puxados pelos tubérculos (+11,2%) e das aves e ovos (+2,3%).
Também influenciaram a taxa de abril o aumento do preço dos ônibus urbanos, em alta de 0,74%. Em abril, essa faixa de renda teve inflação de 0,57%, ante 0,21% em abril de 2018, e nos últimos 12 meses registra alta de 5,33%.
O Ipea observou, no entanto, que todas as faixas de renda sentiram o aumento de preços em relação a abril de 2018, à exceção dos grupos de artigos de residência e vestuário. Os que mais subiram preços em abril foram alimentação, transporte e saúde, em alta de 0,63%, 0,94% e 1,51%, respectivamente.
"Nota-se ainda que a elevação dos preços dos alimentos e dos medicamentos também impactou a inflação das faixas mais ricas, porém em intensidade mais moderada, tendo em vista o menor peso destes itens na cesta de consumo desta parte da população", explicou o Ipea em nota.
Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia
O lado bom do IPCA ruim: inflação acelera em fevereiro, mas reforça visão de que Galípolo e Campos Neto acertaram com a Selic
IPCA acelera de +0,16% em janeiro para +1,31% em fevereiro e inflação oficial atinge o nível mais alto para o mês em 22 anos
Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços
Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil
Agenda econômica: IPCA, dados de emprego dos EUA e o retorno da temporada de balanços marcam a semana pós-Carnaval
Com o fim do Carnaval, o mercado acelera o ritmo e traz uma semana cheia de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, incluindo inflação, balanços corporativos e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Fundo imobiliário ZAVI11 vende dois imóveis com lucro e cotas sobem na B3; confira quanto os investidores vão ganhar com a operação
Essa não é a primeira venda do ZAVI11 nos últimos tempos. Segundo a gestora, o FII vem apostando na reciclagem de ativos
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell
Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso
Inflação desacelera a menor nível para janeiro desde o Plano Real, mas não vai impedir Galípolo de continuar subindo os juros
Inflação oficial desacelerou de +0,52% para +0,16% na passagem de dezembro para janeiro, mas segue fora da meta no acumulado em 12 meses
A um passo do El Dorado: Ibovespa reage a IPCA, tarifas de Trump, Powell no Congresso dos EUA e agenda de Haddad
Investidores esperam desaceleração da inflação enquanto digerem confirmação das tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio
Agenda econômica: discursos de Powell, PIB europeu e IPCA movimentam a semana, enquanto balanços esquentam o mercado brasileiro
Resultados financeiros de gigantes brasileiras como BTG e Raízen devem prender a atenção de investidores em semana cheia
A mensagem de uma mudança: Ibovespa se prepara para balanços enquanto guerra comercial de Trump derruba bolsas mundo afora
Trump impõe ao Canadá e ao México maiores até do que as direcionadas à China e coloca a União Europeia de sobreaviso; países retaliam
Agenda econômica: Discursos de lideranças do Fed e ata do Copom movimentam a semana de IPCA no Brasil
Após a Super Quarta, a semana deve ser agitada por indicadores decisivos e dados sobre atividade econômica e inflação por aqui
Rodolfo Amstalden: IPCA 2025 — tem gosto de catch up ou de ketchup mais caro?
Se Lula estivesse universalmente preocupado com os gastos fiscais e o descontrole do IPCA desde o início do seu mandato, provavelmente não teria que gastar tanta energia agora com essas crises particulares
Felipe Miranda: Erro de diagnóstico
A essência do problema da conjuntura brasileira reside na desobediência às sinalizações do sistema de preços, que é um dos pilares do bom funcionamento do capitalismo
Onde investir 2025: o ano da renda fixa? Onde estão as oportunidades (e os riscos) no Tesouro Direto e no crédito privado com a Selic em alta
Com risco fiscal elevado e cenário externo desfavorável, 2025 exige conservadorismo e proteção contra a inflação; saiba quais títulos públicos e privados comprar
O Grand Slam do Seu Dinheiro: Vindo de duas leves altas, Ibovespa tenta manter momento em dia de inflação nos EUA
Além da inflação nos EUA, Ibovespa deve reagir a Livro Bege do Fed, dados sobre serviços e resultado do governo
De Galípolo para Haddad (com amor?): a grande “vilã” do estouro da meta de inflação em 2024, segundo o BC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou de +0,39% para +0,52% na passagem de novembro para dezembro, fechando o ano passado em 4,83%
Uma cartinha para Haddad e Tebet: a herança de Campos Neto para Galípolo com o IPCA de 2024 fora da meta
IPCA acumulado em 2024 fechou em 4,83%, abaixo do que se esperava, mas acima do teto da meta de inflação estipulada pelo CMN
Anatomia de uma fraude: Ibovespa aguarda IPCA e payroll nos EUA enquanto escândalo da Americanas completa 2 anos
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 1% na primeira semana cheia de janeiro, mas resultado final dependerá dos indicadores previstos para hoje