No meio do cabo de guerra

Caro leitor,
Tem dias que os mercados oscilam para lá e para cá, presos em meio ao cabo de guerra dos acontecimentos. Foi o que aconteceu nesta segunda-feira (17), em que o exterior estava tranquilo, mas aqui dentro o mercado se mostrou sensível (até demais) ao noticiário político - que, para variar, anda bem indigesto.
Lá fora, as bolsas mantiveram o tom otimista com a perspectiva de sinalização de um corte de juros na próxima reunião do Federal Reserve, o banco central americano, que ocorre na próxima quarta.
Mas, por aqui, pegou mal a forma como ocorreu a demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES, e um mal-entendido envolvendo uma fala do ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni acabou pesando para o lado do pessimismo, que venceu o cabo de guerra dos mercados. Mal-entendido este, aliás, um tanto surpreendente. O resultado foi uma queda no Ibovespa. O Victor Aguiar traz para você todos os detalhes do pregão de hoje.
Gigante em apuros
Um novo nome para o BNDES
Também no início desta noite, o Ministério da Economia anunciou o novo presidente do BNDES, que ocupará o lugar que era de Joaquim Levy: Gustavo Montezano, que trabalhava como secretário-adjunto de Salim Mattar na Secretaria de Desestatização. A indicação foi encaminhada para deliberação do Conselho de Administração do banco de desenvolvimento. Leia mais sobre o perfil do indicado na matéria do Edu Campos.
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#CortaOuNãoCorta?
Não é só em relação ao juros americanos que está rolando uma expectativa de sinalização de corte. Os investidores brasileiros também andam animados com a possibilidade de redução da Selic para uma nova mínima histórica. Mas o rumo dos juros básicos brasileiros tem dividido a opinião daqueles que já sentaram nas cadeiras das salas do 8º e do 21º andares do prédio do Banco Central em Brasília, onde são tomadas as principais decisões da política monetária do país. Veja o que pensam os ex-diretores do BC sobre os próximos passos da Selic.
Onda roxa na América Latina
México, Argentina… Qual será o próximo destino? O Nubank ganhou reforço para financiar a sua expansão na América Latina. A fintech do cartão roxinho acaba de levantar nada menos que R$ 375 milhões em uma captação pública inédita, desta vez via Letras Financeiras, um tipo de título de dívida. Saiba todos os detalhes sobre a operação nesta matéria.
Um upgrade para o seu cofrinho
Se você acompanha o Seu Dinheiro , sabe que a concorrência do Nubank não está parada. A Neon Pagamentos está implantando gradualmente uma novidade que pode ser bastante interessante para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos, mas ainda não tem disciplina para poupar: o “arredondador de centavos”. Em vez de pagar valores quebrados nas compras do cartão, o cliente arredonda para cima, e a diferença é aplicada em CDB. Outra opção é programar os aportes, e a Neon os debita automaticamente da conta. Segundo a fintech, seria uma espécie de upgrade dos cofrinhos de poupança, mas com rentabilidade maior. Ficou interessado? Dá uma olhada nesta matéria.
De volta para o futuro
Quem investe em bitcoin vinha comendo capim até o início deste ano, mas nos últimos meses a criptomoeda viu uma valorização formidável, acumulando alta de 150% em 2019. Desde sexta-feira o avanço foi tanto que o bitcoin finalmente retornou a um patamar de preço que não era visto desde maio do ano passado. A Jasmine Olga dá pistas do motivo dessa alta recente nesta matéria.
Uma ótima noite para você!
A crônica de uma saída anunciada: BNDES vende 12% de sua participação na JBS (JBSS3) e inicia desinvestimento
Operação de block trade ocorreu na manhã de hoje e movimentou R$ 2,66 bilhões
‘Não é função de um banco público ficar carregando R$ 120 bilhões em ações’, diz presidente do BNDES
Gustavo Montezano afirmou que banco seguirá vendendo participações em empresas, hoje estimadas em R$ 70 bilhões, e redirecionará recursos para financiar projetos de infraestrutura e de apoio a micro e pequenas empresas
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A entrega dos jatos à SkyWest Airlines começou em agosto do ano passado e deve se estender até abril do ano que vem
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Oferta poderia ter ultrapassado a marca de R$ 1,5 bi, mas lote secundário acabou retirado a pedido do BNDESPar
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O BNDES ressaltou que as ações de firmas “em processos de recuperação ou falência ou outras situações inoperantes” foram “incorporadas” ao balanço da BNDESPar, a empresa de participações do banco, “sem nenhum custo para sua aquisição”
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Montezano reafirmou ainda que o BNDES continuará vendendo suas participações acionárias em grandes companhias