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De saída do BC...

Para Ilan Goldfajn, é preciso cautela para baixar ainda mais a Selic

Principal preocupação do presidente do Banco Central é o desequilíbrio das contas públicas, diante da indefinição da aprovação das reformas

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14 de fevereiro de 2019
11:45 - atualizado às 14:26
Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central
Ilan afirmou que Campos Neto está "alinhado" com a atual gestão do BC - Imagem: Beto Nociti/BCB

Prestes a deixar a presidência do Banco Central, Ilan Goldfajn prega "cautela" nas próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão que reúne a diretoria do BC para decidir os rumos da Selic, a taxa básica de juros. A principal preocupação é o desequilíbrio das contas públicas, diante da indefinição da aprovação das reformas.

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Hoje, com os índices de inflação sob controle e a atividade econômica em recuperação ainda lenta, uma parcela dos investidores vem flertando com a possibilidade de o BC promover novos cortes da Selic, para abaixo dos 6,5%.

Ilan concedeu uma entrevista ao Broadcast/Estadão na última quarta-feira, 13, e afirmou que seu sucessor, Roberto Campos Neto, está "alinhado" com a atual gestão tanto em medidas para baratear o crédito quanto na condução da taxa básica de juros para manter a inflação baixa.

A sabatina de Campos Neto foi marcada para o dia 26 deste mês na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. No mesmo dia, serão sabatinados João Manoel Pinho de Mello e Bruno Serra Fernandes para os cargos de diretores de Organização do Sistema Financeiro e Política Monetária.

Sempre criticado pelo descompasso entre a queda da taxa básica e os juros cobrados aos consumidores, Ilan também disse que houve um recuo no custo do crédito, mas que o movimento tem de seguir "porque nossas mazelas continuam". "Vamos chegar lá", promete Ilan sobre taxas mais baixas para os clientes. Confira a entrevista completa:

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O BC quebrou o ciclo histórico de juros elevados? Os juros mais baixos vieram para ficar?

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A primeira observação é a de que o BC precisa se concentrar em medidas sustentáveis. Quando falamos em administração de riscos, temos de saber que o BC atua para que as mudanças sejam sustentáveis, e não efêmeras. Ter uma inflação baixa para vários anos é uma conquista da sociedade. Isso não significa que essa conquista ocorreu, mas sim que ela tem de ser administrada o tempo todo. O BC tem muito a fazer ainda. Não apenas o BC, mas o governo e a sociedade como um todo. Nós concordamos hoje que a continuidade das reformas e dos ajustes é o principal para manter a inflação baixa, o juro estrutural baixo e ajudar na recuperação da economia.

Muitos analistas dizem que o senhor foi ajudado pelo período de recessão grande no Brasil.

Em 2016, quando assumimos, o PIB estava caindo 3% e a inflação estava em 10%. Infelizmente, na história brasileira, recessões não são necessariamente acompanhadas de inflação baixa. Temos hoje uma alta ociosidade, tanto do capital quanto no emprego, e isso gera uma pressão de inflação menor. Mas isso tem de ser combinado com a credibilidade de que a inflação ficará baixa. Senão, os reajustes de preços são preventivos, automáticos.

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Mas a recessão ajudou?

A recessão não é tudo. O componente importante é o fato de você permitir que as forças de demanda e oferta se materializem. Para isso, é preciso que haja a percepção de que temos certa estabilidade. No Brasil, já tivemos muitos momentos de ociosidade de fatores, mas com inflação. A ociosidade não é o fator central. Ela contribui, porque quando você tem demanda menor, obviamente gera pressão menor. Em nossos documentos, um dos riscos que colocamos é que a ociosidade, talvez, influencie mais. Há outros dois: o de reformas e ajustes, que têm de ocorrer, e o cenário internacional. Nesta última reunião do Copom, falamos bastante do cenário externo. Há uma percepção de que talvez haja desaceleração global mais à frente. E isso muda a percepção de política monetária e tem influência no curto prazo sobre o Brasil.

Sem as reformas fiscais, chegamos no limite de queda da Selic?

Não falaria isso. Eu diria que, com o desafio fiscal relevante que a gente tem pela frente (a Selic), estando hoje nas mínimas históricas, testar novas mínimas históricas, precisa ser feito com certa cautela.

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Como o senhor vê a situação fiscal do País hoje?

Para manter a inflação baixa e juros estruturais baixos, permitindo crescimento sustentável, precisamos de contas públicas em ordem. Nós ainda estamos no processo de ajustar as contas públicas.

Como explicar que hoje temos o menor juros da história, sendo que o fiscal está desequilibrado?

Isso ocorre porque estamos em período de inflação baixa. E você pode explicar a inflação baixa pela ociosidade dos fatores e pelo fato de termos administrado o risco de tal forma que, hoje, o BC fará o que precisar ser feito para manter essa inflação baixa no médio e longo prazos. Agora, não há mágica. No médio e longo prazos, a política monetária não consegue manter a inflação baixa se não tivermos reformas.

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O que esperar da sua transição para a gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC?

A mensagem é de continuidade institucional. Tanto na Agenda BC+ (medidas para baratear o custo do crédito) quanto na política monetária. Temos um corpo técnico que permanece e vai continuar subsidiando uma diretoria que permanece. Eu vejo uma visão do Roberto Campos alinhada com essa continuidade.

O senhor deu algum conselho para ele?

Ele não precisa de conselhos. Ele tem uma experiência muito grande do mercado financeiro e tem acompanhado a política monetária de vários países. Roberto Campos traz uma experiência muito boa. O caso é de conversas. Ele está se preparando para a sabatina (no Senado).

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O Brasil tem uma grande concentração bancária. Como enfrentar o problema?

Temos de trabalhar em medidas estruturais. A Agenda BC+ fez exatamente isso e tem muito mais a fazer. O que estamos querendo enfatizar é que o custo do crédito das pessoas e os serviços melhorem. Demos bastante força para as fintechs (empresas de tecnologia que atuam na área financeira), as contas digitais. Os entrantes estão tendo forças. Isso está vivo.

O brasileiro comum e as empresas não sentem a queda dos juros...

É preciso olhar os dados. De maio de 2016 para dezembro de 2018, a taxa de juros total era 32% e caiu para 23% ao ano, uma queda de quase 10 pontos porcentuais. Tem de continuar. O Indicador de Custo de Crédito (ICC) estava em 38% e caiu para 31% ao ano. Estamos com queda em quase todos os indicadores. Aí, você pode dizer: 'eu quero mais queda'. A minha resposta é: 'vamos chegar lá'. Mas não podemos chegar lá (juros mais baixos para o consumidor) com atitudes voluntariosas. Temos de chegar lá mudando os fundamentos. E os fundamentos são melhorar as garantias.

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Chegar lá é ofertar juros mais baixos ao consumidor?

Sim, para o consumidor. Vamos chegar a juros menores do que temos hoje. Mas queria que vocês reconhecessem que, nos últimos anos, houve queda em quase todos os grupos e subgrupos. Aí, podemos dizer que a agenda derrubou o custo do crédito, sim. Ela tem de continuar porque os juros continuam altos, porque nossas mazelas continuam. Enquanto tivermos um custo Brasil do jeito que está, vamos enfrentar o custo de crédito. Temos de trabalhar com o custo Brasil.

No caso do cheque especial, a autorregulamentação da Febraban não funcionou para reduzir os juros. O BC vai precisar fazer o mesmo que fez nos cartões?

O BC continua olhando e avaliando. Isso foi sempre a nossa visão. Sempre a autorregulamentação. São sempre bem-vindas as iniciativas próprias. (A iniciativa) deu certo resultado, mas o BC vai continuar olhando, porque ainda temos taxas altas nessa modalidade. Então, vamos continuar olhando e não descartamos nenhum caminho.

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Como serão as mudanças no crédito agrícola?

Há um grupo de trabalho, com os Ministérios da Economia, da Agricultura e o BC. O BC entra porque tem o crédito agrícola e o direcionamento, e tem a meia-entrada (subsídios). Tudo isso, temos de trabalhar juntos para construirmos um novo modelo. É preciso olhar essas questões de uma forma tranquila, com transição, e avançar para o novo modelo que a gente quer, um modelo acertado com todo mundo.

Por que é tão difícil aprovar o cadastro de bons pagadores no Congresso?

Porque estamos numa democracia. O que nos parece óbvio, às vezes, não parece óbvio para todo mundo. Para nós, o cadastro positivo é uma medida que tem pouco custo, muito benefício e que já deveria ter saído. Acho que estamos no caminho. Se observar bem, no cadastro positivo o texto principal passou e estamos apenas nos destaques. Confio que vai passar.

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*Com Estadão Conteúdo.

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