Incerteza econômica é a menor desde fevereiro de 2018
Indicador da FGV tem melhora em julho, captando aprovação da reforma da Previdência

A aprovação da reforma da Previdência era um evento visto como necessário para a redução da incerteza econômica no país e consequente melhora do ambiente econômico. Embora ainda tenha etapas na Câmara e Senado, a votação em primeiro turno da reforma parece ter tido algum efeito sobre a incerteza, fenômeno de difícil aferição, mas que tem impacto sobre o lado real da economia.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou seu Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) referente ao mês de julho e foi verificada uma queda de 10,7 pontos, de 119,1 pontos para 108,4 pontos. Tal leitura é a menor desde fevereiro de 2018 (104,3 pontos).
“Embora não se disponha de evidência empírica irrefutável, a redução da incerteza econômica em julho parece estar relacionada com a aprovação do texto da Reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara e a subsequente divulgação de novos itens da agenda econômica. No front externo, o aumento da probabilidade de uma redução de juros nos EUA também contribuiu para um ambiente menos incerto”, afirmou, em nota, o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr.
Ainda na avaliação do superintendente, apesar do retorno do IIE-Br à região de incerteza moderadamente elevada, o indicador não vem apresentando um comportamento muito estável nos últimos anos.
Entendendo o indicador
O IIE-Br tem dois componentes e ambos contribuíram para a queda. O componente Mídia, que capta a frequência de notícias com menção à incerteza, caiu 9,2 pontos na variação mensal, respondendo por 8,1 pontos da queda vista no mês.
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Já o componente Expectativa, que tem por base a variação nas projeções de analistas do boletim Focus, caiu 12,1 pontos no período, respondendo por 2,6 pontos de queda no indicador.
Mas e a confiança?
A queda da incerteza, no entanto, não foi acompanhada de melhora nos índices de confiança do consumidor e indústria. A confiança, assim como a incerteza, é difícil de ser quantificada, mas é um fenômeno poderoso em termos econômicos, sendo visto com uma forma barata de estimular economia.
Só para ilustrar como é difícil medir a confiança e como essa relação com o lado real não é sempre linear. Vimos uma alta nos indicadores após as eleições. Mas, como sabemos, isso não se traduziu em melhora da atividade. Tivemos, sim, uma frustração total que ainda tem reflexos sobre a economia. A projeção de PIB, por exemplo, caiu de 2,5% para 0,8%.
De volta a 2019, em julho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também calculado pelo IBRE FGV, caiu 0,4 ponto, para 88,1 pontos, patamar considerado baixo em termos históricos. As pessoas estão menos otimistas com a situação atual e futura.
Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,9 ponto em julho, para 94,8 pontos, o menor nível desde outubro de 2018. Na avaliação da FGV, depois de melhoras no segundo trimestre, o setor abre o terceiro trimestre com sinais dúbios, já que foi captada melhora no índice de expectativa para seis meses e viés de baixa para os próximos três.
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