🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

A GARANTIA DA POUPANÇA

FGC: saiba o que é e quais investimentos têm a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos

Ainda existe muita confusão a respeito do que é o FGC e quais investimentos estão ou não cobertos. Nesse vídeo, eu desfaço os mitos e explico o funcionamento do fundo

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
30 de julho de 2025
15:12 - atualizado às 12:39
Redoma de proteção em torno de moedas
Imagem: Shutterstock

Ressabiado, o investidor pessoa física brasileiro rapidamente aprendeu a perguntar, ao receber ofertas de investimento fora do tripé poupança, CDB e fundo do bancão: "Tem FGC?" A sigla que significa Fundo Garantidor de Créditos se tornou sinônimo de segurança para os poupadores que buscam rentabilidades maiores fora dos grandes bancos, além de discurso de venda de corretoras e distribuidoras de valores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas ainda existem mitos e confusões cercando o FGC e suas funções. Por exemplo, tem muita gente que acha que o fundo é uma entidade governamental, ou fica na dúvida quanto aos investimentos que podem contar com a sua garantia. E você, sabe o que é o FGC, quais investimentos ele cobre e como ele funciona? 

O que é o FGC?

Se você já pesquisou sobre investimentos alguma vez, já deve ter ouvido falar do Fundo Garantidor de Créditos, a garantia da caderneta de poupança. O FGC, como é mais conhecido, também é responsável por garantir os depósitos em conta-corrente nos bancos, além de uma série de investimentos de renda fixa.

O fundo se tornou um grande conhecido do investidor pessoa física desde que a aplicação em CDBs de bancos médios começou a se tornar popular. Mas ainda existe muita confusão a respeito do que o FGC é e de quais aplicações financeiras ele protege. 

O Fundo Garantidor de Créditos é uma entidade privada sem fins lucrativos, mantida a partir das contribuições obrigatórias dos próprios participantes do sistema financeiro, como é o caso dos bancos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, o FGC não é do governo. Ele tem a função de proteger os investidores, contribuir para a manutenção da estabilidade do sistema financeiro e para a prevenção de uma crise bancária sistêmica.

Leia Também

Além da poupança e das contas-correntes bancárias, o FGC também garante os CDBs, RDBs, as LCIs e LCAs, as Letras de Câmbio e as Letras Hipotecárias.

Vale lembrar também os investimentos que o fundo não protege, mas que costumam levantar dúvidas entre os investidores: cotas de fundos de investimento, COE, debêntures, CRI e CRA.

A proteção do FGC garante que você vai receber seu dinheiro investido de volta, junto com a rentabilidade devida, caso a instituição financeira emissora do investimento sofra intervenção, liquidação extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central, do seu estado de insolvência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, o FGC ressarce os investidores, dentro dos seus limites de garantia, caso a instituição financeira associada quebre.

O limite de cobertura é de R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. No caso de contas conjuntas, esse limite é válido por conta, e não por CPF. Então se uma conta tem dois titulares, por exemplo, cada um terá direito a uma cobertura de R$ 125 mil.

Mas o que esse limite de cobertura representa? É assim: se você tem sozinho, em um mesmo banco, poupança, CDB e LCI, a cobertura total dos três produtos será de R$ 250 mil.

Qualquer investimento naquela instituição que exceder esse valor fica de fora da garantia, e só vai ser reembolsado, no caso de quebra da instituição, se ela conseguir dar um jeito de pagar os seus credores. Por isso, se você pretende investir mais de R$ 250 mil em produtos com garantia, o ideal é diversificar os emissores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Existe ainda um limite global de R$ 1 milhão para todos os investimentos cobertos que você tiver sob o seu CPF, em todas as instituições financeiras associadas ao FGC. Ele começou a valer para aplicações feitas a partir de 22 de dezembro de 2017. Ou seja, investimentos com cobertura realizados antes dessa data não contam com esse limite.

A garantia do FGC é importante principalmente para quem investe em títulos de renda fixa emitidos por bancos médios e financeiras, que são mais vulneráveis por terem porte menor.

Em geral, o ressarcimento, em caso de quebra da instituição, ocorre dentro de alguns dias, mas pode levar meses.

E do momento da intervenção até o pagamento, os investidores não podem movimentar as suas contas e também não têm rentabilidade. Ou seja, mesmo quando existe a cobertura do FGC, você ainda corre esses riscos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais algumas coisas que você deve saber sobre o FGC

Entidades associadas

  • Bancos múltiplos;
  • Bancos comerciais;
  • Bancos de investimento;
  • Bancos de desenvolvimento;
  • Caixa Econômica Federal;
  • As sociedades de crédito, financiamento e investimento;
  • Sociedades de crédito imobiliário;
  • Companhias hipotecárias;
  • Associações de poupança e empréstimo.

A lista completa das instituições participantes você encontra no site da entidade.

Tipos de depósitos garantidos pelo FGC

  • Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, como os depósitos em conta-corrente;
  • Depósitos em caderneta de poupança;
  • Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Recibos de Depósito Bancário (RDB);
  • Depósitos em contas não movimentáveis por cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões etc.;
  • Letras de Câmbio (LC);
  • Letras Hipotecárias (LH);
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA);
  • Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD);
  • Operações compromissadas que tenham como objeto títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada.

Sobre a não cobertura a cotas de fundos de investimento

Do ponto de vista da segurança do investidor, os fundos de investimento sequer precisariam de proteção do FGC. Isto porque eles têm CNPJ próprio, o que garante que o patrimônio dos cotistas, alocado no fundo, fique completamente segregado do patrimônio das instituições financeiras responsáveis por ele, como a gestora ou a administradora.

Caso alguma delas quebre, basta que os cotistas se reúnam em assembleia para trocar de instituição. Seus recursos continuam intactos. Eles não estão expostos ao risco da gestora ou da administradora, apenas ao risco dos ativos que compõem a carteira do fundo.

Mas e se o fundo investir em ativos como CDB, LCI e LCA? Ele tem direito ao ressarcimento do FGC caso o emissor vá à lona? A resposta é não. A garantia do FGC não vale quando o investidor do ativo protegido é um fundo de investimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas isso pode não ser exatamente um problema, uma vez que as carteiras dos fundos costumam ser bastante diversificadas. Perdas com um ativo podem facilmente ser compensadas por ganhos com outros ativos. Além disso, os gestores geralmente têm mais condições de avaliar a qualidade dos emissores do que o pequeno investidor.

De qualquer maneira, ainda que houvesse cobertura do FGC, os valores de limite provavelmente seriam muito baixos, considerando o tamanho das posições dos fundos de investimento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Subiu de novo

Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 11,75%

16 de março de 2022 - 19:24

Taxa básica de juros deve subir mais ao longo do ano. Veja como fica o retorno das aplicações conservadoras de renda fixa com a nova alta da Selic

IR 2022

Como declarar poupança e conta-corrente no imposto de renda

10 de março de 2022 - 7:00

Achou que não precisava declarar caderneta de poupança só porque ela é isenta de IR? Achou errado!

Renda fixa tranquilinha

CDB: como ganhar mais que a poupança de forma prática e com a mesma segurança

5 de março de 2022 - 15:20

Entenda o que é e como funciona o CDB, investimento de renda fixa de baixo risco que costuma ficar mais interessante em épocas de juro alto

IR 2022

Eles também precisam ser declarados! Saiba quais são os rendimentos isentos e não tributáveis no imposto de renda

2 de março de 2022 - 7:00

Entre os principais rendimentos isentos estão bolsas de estudo, lucros e dividendos de empresas, indenização por rescisão de contrato de trabalho, além de rendimentos de aplicações financeiras. Confira como declará-los no imposto de renda 2022

TR acima de zero

A rentabilidade da poupança melhorou um pouco mais – e você talvez não tenha percebido. Vale a pena voltar para a caderneta?

18 de fevereiro de 2022 - 6:12

A Taxa Referencial (TR) saiu do zero pela primeira vez em quatro anos devido às altas recentes nos juros, incrementando o retorno da caderneta

ESVAZIANDO O COFRINHO

Saques na caderneta de poupança batem recorde histórico em janeiro; entenda os motivos

4 de fevereiro de 2022 - 17:23

No mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 19,666 bilhões, superando o recorde negativo anterior

COFRINHO MAGRO

Poupança volta à remuneração máxima, mas, com saques trilionários, saldo fica negativo em 2021; entenda por quê

6 de janeiro de 2022 - 17:27

Após um recorde de captação em 2020, o saldo na aplicação, que é uma das preferidas dos brasileiros, ficou negativo em R$ 35,5 bilhões no ano passado

de volta aos velhos hábitos

Nova alta da Selic muda a regra da poupança, que volta a render como antigamente. É hora de voltar para a caderneta?

8 de dezembro de 2021 - 5:30

Provável elevação de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros nesta quarta aciona gatilho que muda o cálculo da remuneração da poupança, que voltará à sua rentabilidade máxima. Mas isso não quer dizer que ela se tornou a melhor aplicação conservadora

ESVAZIANDO O COFRINHO

O rendimento da poupança está em alta, mas os saques já superam os depósitos pelo quarto mês consecutivo; veja por quê

6 de dezembro de 2021 - 16:40

As coisas não estão fáceis para a caderneta: esse também foi o terceiro recorde negativo seguido para um mês na série histórica, iniciada em 1995

Cofrinho magro

Nem a Selic segura: saques na poupança superam os depósitos pelo terceiro mês consecutivo

5 de novembro de 2021 - 16:43

Assim como em setembro, a retirada líquida de R$ 7,4 bilhões foi a maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995

Cofrinho prejudicado

Com retirada histórica em setembro, saques na poupança superaram os depósitos pelo segundo mês consecutivo

6 de outubro de 2021 - 16:56

Nem mesmo a escalada da taxa Selic, diretamente ligada ao rendimento da caderneta, impediu que os saques superassem os depósitos no período

VOO DE GALINHA

Com alta da inflação, crédito imobiliário ligado ao IPCA e poupança perde fôlego

7 de setembro de 2021 - 11:55

Os financiamentos imobiliários reajustados pelo IPCA chegaram a movimentar R$ 1,2 bilhão por mês em 2020. Com os chacoalhões da economia, o volume caiu para R$ 300 milhões no fim do primeiro semestre de 2021

Ex-queridinha?

Em meio à alta da inflação, poupança quebra sequência de saldos positivos; é o fim do ‘retorno triunfal’ da caderneta?

6 de setembro de 2021 - 16:41

Mesmo com a remuneração embolsando parcialmente os últimos avanços da taxa Selic, a aplicação não consegue acompanhar a alta dos preços

Queridinha dos brasileiros

Poupança fará um retorno triunfal? Auxílio emergencial e Selic em alta ajudam e saldo da caderneta é positivo pelo 4º mês seguido

5 de agosto de 2021 - 19:12

No ano passado, a aplicação já havia sido favorecida pelo pagamento do auxílio e registrou dez meses seguidos de depósitos líquidos

Queridinha dos brasileiros

Poupança tem terceiro mês de captação positiva em junho; brasileiros depositam R$ 7 bilhões na caderneta

6 de julho de 2021 - 15:47

O resultado ocorre na esteira da volta do pagamento do auxílio emergencial para uma parcela da população

em meio à crise

Brasileiros depositam R$ 72,6 milhões na poupança em maio, segundo mês de captação positiva

7 de junho de 2021 - 17:43

Considerando o rendimento de R$ 1,992 bilhão da caderneta em maio, o saldo total das contas chegou a R$ 1,021 trilhão, segundo o BC

Sim, eles existem

Por que a poupança ainda atrai o investimento de milionários mesmo com retorno real negativo

17 de maio de 2021 - 5:47

Especialistas explicam quais fatores levam mais de 22 mil pessoas a deixaram essa dinheirama toda na aplicação que teve em 2020 o pior desempenho dos últimos 18 anos

retirada pelo terceiro mês seguido

Poupança tem maior retirada líquida em março em quatro anos

7 de abril de 2021 - 16:19

Fim do auxílio emergencial intensifica retirada; em março, os investidores retiraram R$ 5,83 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança

IR 2021

Como declarar poupança e conta-corrente no imposto de renda

24 de março de 2021 - 5:45

Achou que não precisava declarar caderneta de poupança só porque ela é isenta de IR? Achou errado!

IR 2021

Eles também precisam ser declarados! Saiba quais são os rendimentos isentos e não tributáveis no imposto de renda

15 de março de 2021 - 5:38

Entre os principais rendimentos isentos estão bolsas de estudo, lucros e dividendos de empresas, indenização por rescisão de contrato de trabalho, além de rendimentos de aplicações financeiras. Confira como declará-los no imposto de renda 2021

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar