Bradesco, Santander, Cielo, GPA e mais seis empresas divulgam balanços nesta semana
Saiba o que esperar dos principais números de cada companhia, numa semana cheia de resultados, e esteja preparado para qualquer eventual surpresa do mercado

A temporada de balanços das empresas começa nesta semana no Brasil. Ao menos 10 companhias divulgam seus números relativos ao último trimestre. O destaque no período fica por conta do setor financeiro.
O banco Santander Brasil e a empresa de maquinhas de cartão Cielo apresentam seus resultados logo na terça-feira, 23. Enquanto o Bradesco divulga o balanço do trimestre na quinta, 25. Outra companhia que o investidor deve prestar a atenção é o Grupo Pão de Açúcar (GPA) — quarta, 24, é dia dos números da empresa. Outras sete empresas divulgam seus resultados.
Pós-Via Varejo
O GPA viveu um momento histórico nos últimos meses ao se desfazer da sua participação na Via Varejo. Desde 2016 a companhia procurava por um comprador da sua parte na dona da Casas Bahia. Mas a operação só foi concretizada após o GPA receber uma carta do empresário Michael Klein.
O filho do fundador da Casas Bahia se comprometeu a comprar os papeis da companhia em um leilão na B3. A operação, concretizada há cerca de um mês, movimentou R$ 2,3 bilhões.
Com isso, o GPA teve o caminho aberto para priorizar o desenvolvimento do negócio alimentar da companhia — ou seja, as diversas bandeiras de supermercados, sejam elas varejistas ou "atacarejos", como o Assaí.
Leia Também
Embora isso ainda não tenha acontecido, o GPA já deu uma indicação de suas ambições. O francês Casino Guichard-Perrachon, que controla a empresa, apresentou um plano simplificar sua estrutura. As mudanças incluem uma oferta pública para até a totalidade das ações do Almacenes Éxito — uma companhia colombiana de capital aberto.
O grupo também planeja a migração do GPA para o Novo Mercado — o nível mais alto de governança corporativa da B3. Com a medida, o conselho da empresa espera o aumento potencial na base investidores.
O mercado já começou a responder: os papeis PCAR4 sofreram um valorização de quase 15% desde o início do ano, cotados a cerca de R$ 91 nos últimos dias. Já analistas ouvidos pela Bloomberg esperam que o GPA registre um lucro líquido de R$ 262 milhões no segundo trimestre, ante R$ 228,240 milhões do mesmo período do ano passado — uma alta de 13%.
No meio de uma guerra
No balanço deste trimestre, a Cielo deve continuar sentindo o impacto dos mais novos lances da concorrência no mercado de maquininhas. No final de abril, a empresa registrou uma queda no lucro líquido de 40,4% em relação aos três primeiros meses de 2018.
Os números se devem em parte a tal da guerra das maquinhas — uma série de medidas que beneficiam os clientes e tem acirrado a concorrência no setor. O Itaú, por exemplo, zerou as taxas de antecipação de recebíveis para lojistas. SafraPay e PagSeguro, do grupo UOL, fizeram movimentos parecidos.
Na projeção de analistas, o lucro líquido da Cielo no segundo trimestre será de R$ 457,5 milhões, ante R$ 817,509 milhões do mesmo período de 2018 — o que representa uma queda de 45%.
A expectativa só confirma uma antecipação já feita pela bolsa. Nos últimos 12 meses, os papeis da Cielo (CIEL3) sofreram uma desvalorização de cerca de 55%. A própria diretoria da empresa vê um horizonte similar: em maio ela retirou a projeção de lucro para 2019, que até então era de no mínimo R$ 2,3 bilhões.
Na casa dos bilhões
Bradesco e Santander devem novamente registrar lucro líquido na casa dos bilhões. O banco espanhol no Brasil encerrou março com uma carteira de crédito de R$ 310,714 bilhões - crescimento de 1,8% no trimestre. Foi um desempenho abaixo do registrado pelo Bradesco, que aumentou a carteira de crédito em 3,1% no mesmo período.
Esse é um número para se presentar a atenção. Com um cenário de queda da taxa de juros a níveis históricos, parte dos investidores está desconfiada da capacidade dos grandes bancos de lidar com um cenário menos favorável.
Os balanços dos últimos três meses devem responder a essa questão. Recomendo que você confira esta análise do Vinícius Pinheiro sobre o desempenho das quatro maiores empresas do setor financeiro no Brasil.
Outro número que o investidor deve prestar a atenção no balanço de um banco é a rentabilidade.
No último balanço divulgado, o Santander apresentou um retorno de 21,1%. A projeção dos analistas mostra que o número deve ficar em 21,21% nos últimos três meses. Já o Bradesco deve apresentar um retorno de 20,3%.
Isso significa que o patrimônio dos bancos pode ser remunerado a uma taxa mais de três vezes superior a taxa básica de juros, de 6,5% ao ano.
Em relação ao lucro líquido, analistas ouvidos pela Bloomberg esperam que o Santander registre a cifra de R$ 3,573 bilhões, ante R$ 3,025 bilhões do mesmo período do ano passado. Já o Bradesco deve ter lucro de R$ 6,15 bilhões, ante R$ 5,161 bilhões.
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival
IPO da pressão: Shein faz pedido de abertura de capital em Hong Kong para “colocar na parede” os reguladores do Reino Unido
A gigante do fast fashion busca acelerar sua estreia internacional e contornar impasse com reguladores britânicos sobre riscos ligados à cadeia de suprimentos na China.
Oi (OIBR3) abre brecha para recuperação judicial nos EUA, depois de pedir para encerrar Chapter 15
A empresa avaliou que, dado o avanço do processo de Recuperação Judicial no Brasil, o Chapter 15 não seria mais necessário. Mas isso não significa que os problemas acabaram
IPO de ouro: Aura Minerals (AURA33) quer brilhar em Wall Street com oferta de ações milionária. O que isso significa para os acionistas?
A partir dessa listagem, as ações ordinárias da Aura Minerals passarão a ser negociadas na Nasdaq, sob o ticker AUGO. Entenda a estratégia da mineradora
Tesla (TSLA34) paga o preço pela língua de Elon Musk e perde mais de US$ 60 bilhões em valor de mercado
O tombo acontece após bilionário afirmar no último sábado (5) que criaria um novo partido sob sua tutela: o America Party
Carrefour (CAFR31): saiba quem é o argentino que assumirá o comando da rede no Brasil
Stéphane Maquaire, atual CEO, deixa o cargo após seis anos à frente das operações e do processo de incorporação da empresa pela matriz francesa
Assaí (ASAI3): segundo trimestre deve ser mais fraco, mas estes são os 5 motivos para ainda acreditar na ação
Em relatório, o Itaú BBA revisou para baixo as estimativas para o Assaí. O banco projeta um segundo trimestre mais fraco, mas ainda acredita nas ações — e um dos motivos é a potencial aprovação da venda de medicamentos nos supermercados
Embraer (EMBR3): CEO confirma negociações sigilosas com até dez países interessados no cargueiro militar KC-390; veja o que se sabe até o momento
A Lituânia foi o comprador mais recente, juntando-se a Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul na lista de clientes do modelo
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) somam R$ 5 bi em posições vendidas e XP projeta menos lucros e dividendos a partir de agora
Analistas da XP sinalizam problemas persistentes na qualidade de crédito do setor agrícola do banco estatal e mantém cautela para os próximos trimestres
Ataque hacker: como a Polícia conseguiu prender o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’ na C&M?
Para descobrir os responsáveis, as autoridades recorreram a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M; entenda o que aconteceu
Gafisa (GFSA3) lança follow-on de até R$ 107 milhões para engordar caixa — com direito a “presente” aos acionistas que participarem da oferta
Considerando apenas a distribuição do lote inicial, a companhia pode captar pelo menos R$ 26,9 milhões com a oferta. Veja os detalhes da operação
Eletrobras (ELET3): UBS aumenta preço-alvo e vê dividendos altos no longo prazo
Privatização resolveu disputas políticas e otimizou o balanço da Eletrobras, segundo o banco, tornando os papéis um investimento de risco-retorno mais atrativo
Musk bate o pé e Tesla paga a conta: ação cai forte com intenção do bilionário de criar novo partido político nos EUA
No sábado, o bilionário anunciou que pretende criar o Partido América com foco nas eleições de meio de mandato nos EUA
Nelson Tanure pede aval do Cade para abocanhar o controle da Braskem (BRKM5) — e não quer saber de tag along ou OPA
Tanure formalizou pedido ao Cade para obter a autorização necessária e seguir com a transação junto à NSP Investimentos, holding que detém a participação da Novonor na petroquímica
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Em evento do BNDES, Fred Trajano afirmou que o Magalu tinha projeções de faturar R$ 70 bilhões em 2025
Consignado privado: Banco do Brasil (BBAS3) supera a marca de R$ 4,5 bi em contratações na modalidade de crédito para o trabalhador
O programa tem como público-alvo os trabalhadores com carteira assinada da iniciativa privada, com juros mais baixos