🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Na era das taxas de juros negativas, o zero a zero já é lucro

Níveis de inflação baixíssimos, pelo menos para os padrões brasileiros, estão mudando o hábito das pessoas. Quer comprar algo, ou fazer uma aplicação? Dá para se estudar com calma

12 de setembro de 2019
5:55 - atualizado às 14:09
Imagem: Shutterstock

Em 1966, ano em que estudava Mercado de Capitais, com especialização em portfólio management, na Universidade de Nova York (NYU), abri minha primeira conta bancária em dólares. Foi numa agência do Citibank (na época, First National City Bank) em Brooklyn Heights, próxima ao meu apartamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não era muita coisa, uns mil dólares, equivalentes hoje a US$ 8.000,00. Nessa ocasião, perguntei ao sub do sub gerente que me atendeu se aquele dinheiro me daria algum rendimento.

Ele só faltou rir na minha cara. Disse que eu teria de pagar uma taxa anual para que eles guardassem minha grana e me dessem talões de cheques personalizados, com capa imitando couro.

“Não, não preciso disso”, me apressei em dizer. “Pode ser um talão desses comuns.”

“Nós só trabalhamos com esse tipo de cheque”, o cara estava louco para passar para o próximo cliente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Foi meu primeiro contato com juros negativos. Pagar a alguém para ficar com o dinheiro e emprestá-lo a juros para terceiros.

Leia Também

Ah, já ia me esquecendo de um detalhe. Para cada cheque que emitisse, eu teria de pagar algo como 10 centavos de dólar. Isso me parecia uma extorsão, um achaque.

Mesmo desgostoso com aquela “ladroagem”, abri a conta. Afinal, teria de pagar mensalmente o aluguel do meu apartamento e a administradora não aceitava dinheiro. Fora outras coisas, como multas de trânsito.

Terminado meu curso, voltei para o mercado financeiro do Brasil, onde trabalhava desde 1958. Nas décadas que se seguiram, peguei toda a fase de inflação galopante, hiperinflação, mudança de moedas, tablitas deflatoras e choques heterodoxos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Durante todo esse tempo, o dinheiro posto nos bancos era remunerado, mesmo o das contas-correntes, qualquer que fosse o valor. Pena que 70% dos brasileiros não tinham conta bancária.

Nos anos 1980, numa ocasião em que a inflação era de mais ou menos 10% ao mês, um governador da Região Norte fazia uma mágica tal que alguns pagamentos do tesouro estadual se hospedavam por dois ou três dias na conta bancária de uma entidade laranja que ele controlava, faturando o rendimento do open market no período. Depois seguiam para o seu destino orçamentário.

Com isso, ele ficou rico. Mas chegou a ser algemado pela Polícia Federal e posto na cadeia. Só que, naqueles tempos pré Lava-Jato, esse tipo de coisa não dava em nada. E realmente não deu no caso do fulano em questão, cujo nome não cito pois sempre há a hipótese dele ter sido absolvido e ainda vir me processar por calúnia e difamação .

Já na fase de ouro do político baiano Geddel Vieira Lima, o cenário mudara completamente. Com taxas de juro e inflação baixas, e os federais dando em cima de larápios do dinheiro público, ele se deu ao luxo de guardar 51 milhões de reais, em dinheiro vivo, num apartamento de Salvador.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mudança de hábito

Níveis de inflação baixíssimos, pelo menos para os padrões brasileiros, estão mudando o hábito das pessoas. Quer comprar algo, ou fazer uma aplicação? Dá para se estudar com calma.

Resultado: consumidores adiam seus gastos, o comércio vende pouco, os preços não sobem, a taxa Selic bate recordes negativos, um atrás do outro.

Isso não é só no Brasil. Com poucas exceções (Venezuela, Argentina, Zimbábue, etc.), o mundo mudou. Ao redor dos 24 fusos horários, jogar para o zero é zero é um tremendo lucro.

No Japão, por exemplo, os títulos do governo de dois, cinco e dez anos têm “rentabilidade” negativa respectivamente de -0,31%, -0,35% e -0,26%. É quanto os japoneses pagam para guardar sua poupança.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se você é norte-americano, e aplica em iene, pode até ganhar dinheiro. Basta que a moeda japonesa se valorize contra o dólar. Mas como os japoneses gastam e poupam em iene, nem o zero a zero eles conseguem alcançar. Só que se trata de um povo à parte, viciado em poupar, herança da penúria pós Segunda Guerra quando a população passou fome.

Para os alemães, a situação é pior. Seus títulos públicos de 2, 5, 10 e 30 anos “rendem” -0,88%, -0,89%, -0,64% e -0,09%. E, como se isso não bastasse, o euro se deprecia frente ao dólar.

Em outros países do mundo rico, o panorama é parecido. A Suíça toma 0,75% a.a. para ficar com seu dinheiro; a Dinamarca, 0,65% a.a. e a Suécia, 0,50% a.a.

Os poupadores americanos são um dos poucos povos que, dependendo do prazo de aplicação do dinheiro, conseguem girar ao redor do zero a zero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A tabela abaixo mostra o rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

A inflação nos EUA, medida pelo CPI (sigla em inglês para Índice de Preços do Consumidor), prevista para 2019 é de 1,8%.  Ou seja, alguns vencimentos ganham um pouco; outros perdem alguma coisa. No frigir dos ovos: zero a zero.

Ainda no positivo

Nos países não muito confiáveis, como, infelizmente, é o caso do Brasil, as taxas de juros reais ainda são positivas. Mas estão em seus lows históricos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tudo que escrevi acima mostra por que os investidores, especuladores e gestores de fundos estão migrando da renda fixa para a variável. Mas migram com medo. Ao primeiro sinal forte (indícios, já existem vários) de que teremos uma recessão mundial, as bolsas de valores podem levar um tombaço.

Uma coisa é deixar o governo de uma nação rica tomar de você algo como meio por cento ao ano para ficar com seu dinheiro. Outra é levar uma porretada de 20% na Bolsa.

Se houver um crash, mesmo que seja um minicrash, generalizado, não há de ser o Brasil que vai escapar da crise. Só o Lula que acha (ou pelo menos achava) que as marolinhas não chegam até aqui.

Chegam sim. Pior: podem chegar sob a forma das ondas que se enrolam em tubos gigantescos como os da praia de Nazaré em Portugal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mercado brasileiro, houve épocas em que era possível calcular o montante necessário que, aplicado em títulos de renda fixa do Tesouro, ou em CDBs dos bancos, dava para se viver, só de juros, até o fim da vida.

Num horizonte descortinável, isso simplesmente acabou. Quer ver? Vamos a um exemplo.

Digamos que você necessite de 15 mil reais por mês para se manter com certo conforto e dignidade até o final de seus dias.

Aplicando num fundo de renda fixa sólido, que renda dois por cento ao ano, já descontada a inflação, você precisa fazer um investimento de nove milhões de reais para sacar os R$ 15.000,00 todo mês sem erosão do capital.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Convenhamos: para quem dispõe de R$ 9 milhões (pouco mais de dois milhões de dólares), 15 mil reais por mês é pouco. Então vai ter de mudar para um imóvel mais barato, quem sabe vender a casa de campo ou de praia. Enfim, descapitalizar. Baixar o padrão de vida.

A moda do ouro

Talvez por isso, a moda atualmente seja aplicar em ouro. Como a cotação do metal, tanto em dólares como em reais, tem subido consideravelmente, nos últimos tempos esse investimento vem rendendo bastante.

Acontece que ouro não dá dividendos nem paga juros. Propicia apenas valorização. Quando está subindo, é óbvio. Além disso, é preciso pagar uma taxa de custódia ou aluguel de um cofre bancário, quando se trata de ouro físico, ou arcar com o custo de rolamento da posição na hipótese do mercado futuro.

Sem querer ser estraga-prazer de ninguém, gostaria de lembrar que, à medida em que o preço do ouro sobe, minas antigas são reativadas, a atividade mineradora cresce, novas jazidas são prospectadas em lugares remotos da Sibéria, da Antártica e até do fundo dos oceanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não é por acaso que faiscadores clandestinos estão esburacando a Amazônia.

Quer retorno? Tome risco

Nesses mais de 60 anos nos quais acompanho o mercado, nunca me deparei com uma época em que a decisão sobre a escolha de um bom investimento fosse tão difícil.

Uma coisa, posso garantir. Caso seu dinheiro esteja aplicado num rendimento 100% seguro, você não está ganhando nada. Lucro agora, só no risco, como é o caso do mercado de ações e de ouro.

Ainda existem apostas arriscadas (algumas, arriscadíssimas) que podem dar retornos excepcionais. Entre elas, calls (opções de compra) e puts (de venda) fora do dinheiro, criptomoedas...  Isso sem falar de títulos da dívida pública da Venezuela e da Argentina.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sempre há também algumas ações de empresas em recuperação judicial que podem sair do buraco.

Por muito tempo teremos de conviver com juros baixos. O risco de inflação também é mínimo.

Alguns bancos centrais, como o do Japão, por exemplo, já esgotaram suas opções de política monetária expansionista. A dívida pública japonesa é simplesmente o dobro do PIB do país.

Esses estímulos têm limite. O Brasil, por exemplo, dificilmente poderá praticar taxas de juros reais negativas. Taxas absolutas abaixo de zero, nem pensar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Minha esperança é que, com as mudanças liberais em curso, sem que haja uma forte oposição a elas, como não está havendo, daqui a pouco a gente descubra que já tenhamos encontrado o fundo do poço do atraso.

Quem sabe Roberto Campos se enganou quando disse que “a burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor.”

Coisas impensáveis há até pouquíssimo tempo estão acontecendo. Mudanças na legislação trabalhista anacrônica, que prejudica empregados e patrões, avanços no programa de privatização e de enxugamento do estado.

Tomara que a gente, mesmo sem perceber, já tenha saído da era da burrice sistêmica, vamos estacionar alguns meses no zero a zero e depois seguir em frente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O espaço para cima é gigantesco, praticamente sideral.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O PESO DO IMPOSTO

Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal

14 de dezembro de 2025 - 12:33

De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023

LOTERIAS DO SÁBADO

Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena

14 de dezembro de 2025 - 10:05

A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário

A SEMANA DA BOLSA

São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

13 de dezembro de 2025 - 17:47

O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior

QUEM VAI LEVAR O ESTÚDIO?

Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner

13 de dezembro de 2025 - 14:25

Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming

APAGÃO APÓS VENDAVAL

Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula

13 de dezembro de 2025 - 12:27

Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora

SOB INVESTIGAÇÃO

Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master

13 de dezembro de 2025 - 11:23

A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros

LOTERIAS

Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana

13 de dezembro de 2025 - 9:33

Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje

QUALIDADE DE VIDA

Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar

12 de dezembro de 2025 - 12:20

A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média

CORRIDA MILIONÁRIA

Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários

12 de dezembro de 2025 - 10:21

Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária  

NIS FINAL 3

Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)

12 de dezembro de 2025 - 5:43

Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais

ANO NOVO, TAXA NOVA

Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito

11 de dezembro de 2025 - 19:50

O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março

PERDER O SONO

Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026

11 de dezembro de 2025 - 15:59

O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa

O PÓS-COPOM

David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026

11 de dezembro de 2025 - 13:07

Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária

CAIU AÍ?

Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa

11 de dezembro de 2025 - 13:01

Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados

APOIO AO EMPREENDEDOR

Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações

11 de dezembro de 2025 - 11:32

O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e

DAQUI POUCO MAIS DE 6 MESES

Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje

11 de dezembro de 2025 - 10:35

Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá

ÚLTIMO DO ANO

Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros

10 de dezembro de 2025 - 19:07

O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda

BOLETO DO MEI

Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica

10 de dezembro de 2025 - 18:31

O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais

CEIA SALGADA

Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços

10 de dezembro de 2025 - 17:22

Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda

EM BUSCA DO (BI) MILHÃO

Aprenda com os bilionários: 5 hábitos financeiros de Elon Musk e Warren Buffett que podem te ajudar a construir patrimônio

10 de dezembro de 2025 - 17:00

Hábitos de bilionários como Warren Buffett, Elon Musk e Jeff Bezos mostram como visão de longo prazo, disciplina, diversificação e juros compostos podem impulsionar a construção de patrimônio

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar