? [NO AR] TOUROS E UROS: ENTENDA O EFEITO DO IOF NA CAPTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA – ASSISTA AGORA

Parque dos dinossauros: grandes bancos reagem ao ataque das fintechs

Não foram poucas as vezes em que o fim dos bancões tal como os conhecemos foi anunciado. Em todas elas os arautos do apocalipse quebraram a cara. Será diferente desta vez?

10 de novembro de 2019
11:54 - atualizado às 19:54
Bancos Dinossauros - Santander - Itaú - Banco do Brasil BB - Bradesco
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Os grandes bancos brasileiros são dinossauros condenados à extinção com o impacto do meteoro das novas empresas de tecnologia (fintechs)? A julgar pelos resultados, a colisão ainda vai demorar para provocar o estrago esperado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sob o aspecto de lucro e rentabilidade, não há como negar que os bancões permanecem como um baita negócio. O resultado combinado de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander atingiu R$ 21,9 bilhões, um aumento de 19% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

A rentabilidade média obtida pelos quatro gigantes ficou em impressionantes 20,7% – mais de quatro vezes a Selic e muito acima da maioria das aplicações disponíveis no mercado. Mas o tempo em que os investidores na bolsa se impressionavam com essas cifras ficou para trás.

O grande temor é que esse, na verdade, seja o fim de uma era. Afinal, o Tiranossauro Rex que dominava o planeta há 66 milhões de anos viveu até o último dia em sua plenitude sem saber que seus dias estavam contados.

Apocalipse now?

Não foram poucas as vezes em que o fim dos grandes bancos tal como os conhecemos foi anunciado. Em todas elas os arautos do apocalipse quebraram a cara.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Basta nos lembrarmos do destino dos gigantes estrangeiros como Citibank e HSBC, que depois de ameaçarem a hegemonia dos bancos locais nos anos 1990 deixaram o varejo bancário brasileiro com o rabinho entre as pernas. O espanhol Santander foi o único gringo relevante que não bateu em retirada.

Leia Também

A chegada das fintechs pode enfim mudar esse jogo? É claro que sim. Até porque o risco agora não vem de fora, mas de empresas e pessoas que conhecem bem o mercado brasileiro e têm um aliado importante nessa disputa com os dinossauros: a tecnologia.

Os grandes bancos já perceberam o risco de extinção e, no melhor estilo darwiniano, procuram se adaptar aos novos tempos. Além da concorrência com as fintechs, a vida das instituições ficou mais difícil com a queda da taxa de juros.

Bancos sendo bancos

Eu já havia contado para você que, com a redução da Selic e a maior concorrência, os bancos teriam de “voltar a ser bancos” se quisessem manter os lucros bilionários. Em outras palavras, precisariam aumentar a concessão de empréstimos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E foi isso que aconteceu. Nos últimos 12 meses, o saldo da carteira de crédito de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil avançou 6%. Mas se considerarmos apenas as linhas de financiamento para pessoas físicas – mais rentáveis – o crescimento está na casa de dois dígitos.

Quem mais avançou no crédito foi o Bradesco. Mas por coincidência o segundo maior banco privado brasileiro também foi o que mais sentiu o peso da concorrência.

Ao lado do Banco do Brasil, o Bradesco é dono da Cielo, empresa líder no mercado de maquininhas de cartões, negócio que hoje apresenta a maior competição dentro do setor financeiro.

No balanço do terceiro trimestre, o Bradesco também sofreu queda nas receitas com administração de fundos de investimento, outra área que era dominada pelos bancos e agora está sob o ataque de plataformas ligadas a corretoras como a XP Investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Comprando a sobrevivência

Por falar em XP, o Itaú é de longe quem mais vem gastando dinheiro para se defender do avanço da concorrência. Em 2017, o maior banco privado brasileiro adquiriu uma participação de 49% no capital da corretora por R$ 6,3 bilhões.

O negócio não só se provou estratégico como ainda foi uma baita tacada financeira agora que a XP se prepara para abrir o capital na bolsa norte-americana Nasdaq por uma avaliação que pode chegar aos R$ 60 bilhões.

Além de se beneficiar do crescimento da XP, o Itaú aparentemente conseguiu estancar a sangria de saída de dinheiro de clientes para as plataformas de corretoras ao abrir sua prateleira para produtos de terceiros.

O Itaú tomou a decisão de não ter um banco digital separado como o Bradesco fez com o Next, que atingiu 1,4 milhão de correntistas em setembro e tem como meta alcançar os 2 milhões até o fim do ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não sei se bateu um arrependimento, mas o fato é que o banco decidiu lançar recentemente o Iti, um aplicativo de pagamentos e transferência que pode virar o embrião de um banco digital independente do Itaú.

Agências x celular

A grande questão que fica para quem investe nas ações dos grandes bancos não só a sobrevivência, mas se eles terão a capacidade manter os altos níveis de rentabilidade nesse admirável mundo novo dos serviços bancários ao alcance do telefone celular.

Aos que se perguntam "até quando", o presidente do Santander, Sérgio Rial, trouxe a resposta: 2022. A promessa do executivo responsável da unidade brasileira do banco espanhol é sustentar a rentabilidade no atual patamar de 21% pelos próximos três anos.

Curiosamente, o banco está na contramão de uma tendência observada nos principais concorrentes: o fechamento de agências. Enquanto Itaú, Bradesco e Banco do Brasil encerraram 760 pontos físicos de atendimento nos últimos 12 meses, o Santander abriu 41.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Banco do Brasil foi quem mais fechou agências: 462 no total. Com todo o peso de ser controlado pelo governo, o banco pode parecer à primeira vista o mais vulnerável ao ataque das fintechs.

Mas o BB vem fazendo o dever de casa. Primeiro com o programa de venda de ativos não-estratégicos, como a venda da participação da Neoenergia, realizada neste ano. E segundo com as parcerias como a anunciada na última quarta-feira com o suíço UBS para ganhar agilidade em áreas como banco de investimento.

Do lado da tecnologia, me chamou a atenção que o aplicativo do Banco do Brasil hoje é o mais bem avaliado na loja do Google, superando inclusive o badalado Nubank.

Por tudo isso, eu acredito que os grandes bancos vão resistir às fintechs, ainda que o ataque deixe cicatrizes e algumas instituições pareçam mais adaptadas ao novo cenário do que outras. E você, o que acha? Deixe seu comentário logo abaixo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CAI HOJE

Bolsa família de dezembro é pago hoje para NIS final 5

16 de dezembro de 2025 - 5:39

O programa segue o calendário escalonado e é feito conforme o final do NIS; depósito é realizado automaticamente em contas da Caixa

E NÃO É BC

Essa cidade brasileira tem mais apartamentos do que casas, fica no litoral e está entre as mais desenvolvidas

15 de dezembro de 2025 - 15:44

Dados do Censo 2022 mostram que mais de 60% da população de Santos vive em apartamentos, em um município que também se destaca em indicadores de desenvolvimento

CAI ANTES

Segunda parcela do décimo terceiro (13°) está chegando; veja até quando o valor deve cair na conta

15 de dezembro de 2025 - 11:06

Pagamento será antecipado porque o dia 20 cai em um sábado; é nessa etapa que entram os descontos de INSS e Imposto de Renda

ANOTE NO CALENDÁRIO:

Payroll, ata do Copom, IBC-BR e decisão de juros no Reino Unido, Zona do Euro e Japão dominam a agenda econômica na reta final de 2025

15 de dezembro de 2025 - 7:04

Os investidores ainda acompanham a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a divulgação do IGP-10 e falas de dirigentes do Federal Reserve nos próximos dias

CAIXA PAGA HOJE

Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário

15 de dezembro de 2025 - 5:32

NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro

SOB PRESSÃO

Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas

14 de dezembro de 2025 - 16:30

A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa

ENTRE OS TUBARÕES

Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender

14 de dezembro de 2025 - 14:35

Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou

O PESO DO IMPOSTO

Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal

14 de dezembro de 2025 - 12:33

De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023

LOTERIAS DO SÁBADO

Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena

14 de dezembro de 2025 - 10:05

A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário

A SEMANA DA BOLSA

São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

13 de dezembro de 2025 - 17:47

O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior

QUEM VAI LEVAR O ESTÚDIO?

Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner

13 de dezembro de 2025 - 14:25

Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming

APAGÃO APÓS VENDAVAL

Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula

13 de dezembro de 2025 - 12:27

Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora

SOB INVESTIGAÇÃO

Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master

13 de dezembro de 2025 - 11:23

A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros

LOTERIAS

Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana

13 de dezembro de 2025 - 9:33

Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje

QUALIDADE DE VIDA

Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar

12 de dezembro de 2025 - 12:20

A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média

CORRIDA MILIONÁRIA

Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários

12 de dezembro de 2025 - 10:21

Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária  

NIS FINAL 3

Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)

12 de dezembro de 2025 - 5:43

Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais

ANO NOVO, TAXA NOVA

Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito

11 de dezembro de 2025 - 19:50

O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março

PERDER O SONO

Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026

11 de dezembro de 2025 - 15:59

O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa

O PÓS-COPOM

David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026

11 de dezembro de 2025 - 13:07

Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar