🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

This time is different?

Dólar alto e juro baixo? Para Verde Asset essa é uma equação possível

Em artigo, gestora do renomado Luis Stuhlberger detalha o que poderia ser o novo normal da economia brasileira

Eduardo Campos
Eduardo Campos
23 de outubro de 2019
16:49 - atualizado às 15:53

Dólar alto, juro baixo e inflação comportada. Esse seria o “novo normal”, ou a configuração do “desta vez é diferente” para a economia brasileira na avaliação da equipe de gestão da Verde Asset Management.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em artigo, a gestora faz uma discussão sobre os impactos da mudança da política fiscal e do ganho de credibilidade do Banco Central (BC) no comportamento da taxa de câmbio e da inflação.

“Sob este aspecto, o Brasil está se tornando um país mais normal. É prudente levar isso em conta no processo de construção de portfólio”, conclui a gestora.

O que era anormal era a nossa relação histórica de aumento do gasto público pressionando a inflação e tornando o câmbio e os juros as únicas variáveis de ajuste. Ou como diz a gestora: “No passado, fazia com que a taxa de juros só pudesse cair quando o câmbio se valorizava e que tinha de subir sempre que o câmbio desvalorizava.”

Desta vez é diferente?

A Verde Asset faz uma provocação no título do artigo: “This time is different! Será?”, em alusão a uma das frases mais perigosas no mundo dos investimentos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sendo uma casa conhecida pela cautela, a leitura do estudo não traz uma resposta afirmativa, mas sugere que “quase” podemos afirmar que “desta vez é diferente” ou que estamos no caminho. Segundo o próprio texto da asset, assumir que tudo permanece igual, sempre, pode ser igualmente arriscado.

Leia Também

"Nosso papel é buscar sempre uma visão correta da realidade, sem dogmas, e estar preparados para aceitar um cenário diferente daquele ao qual estamos acostumados."

O ponto central é que em virtude dos avanços em termos de política economia há muito mais espaço para política contra-cíclica do que no passado, mesmo com a ocorrência de choques externos. Em suma, uma alta do dólar não vai obrigar o BC a subir juro correndo para conter a inflação, prejudicando, assim, o ciclo de crescimento.

Na medida em que a taxa de juros cai, é razoável esperar que a própria taxa de câmbio se mantenha mais desvalorizada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Mas isso não deveria vir carregado de um sentimento negativo sobre a evolução da economia, dado que a associação automática de desvalorização cambial e problemas domésticos deixou de prevalecer.”

A gestora pondera que não está advogando a hipótese de que não haja sensibilidade da taxa de juros local a choques externos. Existe um nível de choque externo grande o suficiente que contamine a política monetária doméstica.

A Verde também apresenta mais um hedge (proteção) às suas ponderações dizendo que: “também não está defendendo a ideia de que tal estabilidade exista a despeito do arcabouço institucional vigente, muito pelo contrário. Ela é completamente condicionada à manutenção de uma pseudo-normalidade política, da perspectiva de uma política fiscal sensata e de um banco central independente para exercer seu mandato.”

“Nosso ponto aqui, por ora, é restrito à observação de que enquanto tivermos um hiato de produto largo, credibilidade do Banco Central e perspectiva de estabilidade fiscal, os impactos de choques sobre os ativos domésticos serão muito mais sentidos no câmbio e na renda variável do que nas taxas de juros curtas.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Conjunto da obra

Para o time da Verde, temos “uma nova realidade no fundamento para a inflação no país”. Essa realidade foi criada com a mudança de patamar na credibilidade do regime monetário, fiscal e parafiscal, bem como a restrição do crescimento de gastos possibilitado pelo teto de gastos e pela reforma da Previdência, que deverá ser complementado com uma reforma administrativa (controle de gasto obrigatório).

Também é ponderado o efeito da recessão provocada pela má gestão de política econômica de governos anteriores. Mas vale notar, diz o estudo, que mesmo com uma economia em recessão profunda, em 2015 e 2016, a inflação permaneceu elevada.

“Apenas quando os demais fatores mudaram é que o potencial desinflacionário do hiato se fez sentir sobre os preços.”

Retomando e qualificando a afirmação de que houve mudança no fundamento da inflação, a gestora faz uma avaliação na relação entre câmbio, preço das commodities e inflação recentemente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O gráfico abaixo nos conta que as expectativas de inflação não se elevaram em relação à meta de 2017 em diante, mesmo diante de várias adversidades (câmbio e commodities em reais com variações muito significativas ao longo de 2018, greve de caminhoneiros, volatilidade eleitoral), e a despeito da queda das metas de inflação.

Todo o ponto do texto é mostrar que a relação taxa de câmbio e inflação não é tão mecânica quanto no passado.

“O conjunto da obra se traduz num repasse cambial mais baixo do que o histórico.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para encerrar, podemos dizer que essa discussão sobre um "novo normal" no Brasil não é nova e que naturalmente nem todos concordam ou apostam que as correlações históricas entre câmbio e inflação foram definitivamente rompidas. Apresentei uma visão complementar neste texto. Neste link aqui está a íntegra para o artigo da Verde. A hora da verdade chegará quando tivermos o único elemento dessa equação que ainda não está presente: crescimento econômico forte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TEM PRA TODO GOSTO

Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores

5 de dezembro de 2025 - 6:51

Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).

NAS ENTRELINHAS

Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord

4 de dezembro de 2025 - 19:42

Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste

EFEITOS MASTER

Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos

4 de dezembro de 2025 - 16:04

Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência

CIDADE DE 65 MIL HABITANTES

Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal

4 de dezembro de 2025 - 15:15

Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores

INFLUÊNCIA

Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?

4 de dezembro de 2025 - 10:39

Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos

SEM RECLAMAÇÕES

Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa

4 de dezembro de 2025 - 7:53

Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).

VAI PISAR NO FREIO?

Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual

3 de dezembro de 2025 - 19:35

A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026

INVESTIMENTOS EM 2026

Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista

3 de dezembro de 2025 - 17:31

Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo

MAIS VENDIDOS

Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo 

3 de dezembro de 2025 - 15:09

Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados

JÁ VIU A SUA?

Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped

3 de dezembro de 2025 - 14:04

Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários

BILIONÁRIA SELF-MADE

De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira

3 de dezembro de 2025 - 12:04

A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária

LUXO

Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami

3 de dezembro de 2025 - 9:29

A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes

MÁQUINA DE MILIONÁRIOS

Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham

3 de dezembro de 2025 - 7:06

A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.

CRIMES FINANCEIROS

Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário

2 de dezembro de 2025 - 18:45

Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master

ASTROS NO PREGÃO

Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão

2 de dezembro de 2025 - 15:28

Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos

MECANISMO CONTRA GOLPISTAS

BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas

2 de dezembro de 2025 - 14:49

Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro

ECONOMIA DE ATÉ 80%

CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação

2 de dezembro de 2025 - 11:19

Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país

EXAUSTÃO MENTAL

A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje

2 de dezembro de 2025 - 10:38

Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional

PARADA PARA MANUTENÇÃO

Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores

2 de dezembro de 2025 - 7:06

Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania

FORA DO CONSENSO

Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano

1 de dezembro de 2025 - 19:11

No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar