O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, disse, em um evento nos Estados Unidos, que é contrário ao plano de venda da Braskem em 36 vezes, como foi manifestado pela Odebrecht.
"Parece que é um plano de quem não quer vender nada", afirmou. Ele defende a venda em 12 meses - e por meio de follow on (oferta de ações). "O mercado vai dizer quanto poderá ser obtido com a venda da Braskem", disse Castello Branco.
Estava marcada para quarta-feira (4) uma assembleia geral de credores para decidir o futuro da empresa. Mas a Odebrecht conseguiu postergar a reunião para a próxima terça-feira, dia 10.
A companhia espera que os bancos detentores da participação de 50,1% da Odebrecht na Braskem, que foi toda dada em garantia por empréstimos concedidos nos últimos anos para socorrer o grupo, cheguem a um consenso sobre como lidarão com essas garantias.
Para assegurar liquidez e honrar compromissos operacionais e financeiros, a Odebrecht quer ter acesso a cerca de 80% dos dividendos da Braskem até a venda da petroquímica, que também tem a Petrobrás como sócia.
Segundo o advogado da Odebrecht no processo de recuperação judicial, Eduardo Munhoz, o grupo trabalha para ver o plano de recuperação aprovado até o fim do ano e ter acesso aos dividendos de 2019.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo