🔴 JÁ ACERTOU AS CONTAS COM O LEÃO? O PRAZO ESTÁ CHEGANDO AO FIM – BAIXE GUIA GRATUITO E VEJA COMO DECLARAR O IR 2025

Seu Dinheiro

Seu Dinheiro

No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.

Entrevista

Presidente do Bradesco crê em dólar abaixo de R$ 3,90 em 2020 e crescimento de 4% até 2022

Otimista, Octavio de Lazari vê aprovação de pelo menos parte da reforma tributária até junho do ano que vem. “Tenho expectativa muito positiva”, diz, sobre a economia brasileira.

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
23 de novembro de 2019
10:34 - atualizado às 11:01
Octavio de Lazari, presidente do Bradesco
Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, está otimista com a economia brasileira. - Imagem: Divulgação CIAB

A continuidade das reformas, após a aprovação da Previdência, abrirá caminho para que o Brasil tenha condições de voltar a crescer 4% até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. "Tenho uma expectativa muito positiva. Estou sendo realista com as potencialidades que existem no Brasil", disse Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, em Nova York.

Para Lazari, uma parte da reforma tributária deve ser aprovada pelo Congresso no primeiro semestre de 2020, especialmente porque a interlocução entre os Poderes Executivo e Legislativo está muito boa. "Ambas as Casas do Poder Legislativo têm consciência de que temos pressa. E todos sabem que, se ela não for aprovada até junho, o risco de não ser aprovada ano que vem será muito grande devido ao calendário eleitoral."

Com a reativação da economia, ele também vê maior demanda por novos financiamentos. A previsão é que a carteira de crédito para grandes empresas avance mais de 5% em 2020. "Tenho viajado o País inteiro e as empresas estão com projetos excepcionais na gaveta e esperam uma sinalização mais forte do governo para investir."

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

O Bradesco projeta que o Brasil vai crescer 0,9% neste ano, 2,2% em 2020 e 3% em 2021. Quais são os fatores que vão motivar esta expansão do Brasil?

Este ano o País crescerá 0,9%, talvez com alguma melhora no último trimestre do ano. A perspectiva e os sinais de avanço da economia são importantes. Temos estimativa de expansão do PIB de 2,2% para 2020 e poderíamos atingir 2,5% no ano seguinte. Vai depender da reação do mercado. A reforma da Previdência já passou no Congresso e temos expectativa positiva para as outras, entre elas a administrativa e, sobretudo, a tributária, até pelo trabalho dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O sr. acredita que a reforma tributária será aprovada?

No caso da reforma tributária, se não for possível passar o ótimo, que seja pelo menos o bom, que é a proposta escalonada do governo. Existe mais de uma proposta no Congresso. Precisamos ter a sabedoria para verificar que elas têm sugestões positivas, como a do Bernard Appy (ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda). Também depende do que ocorrerá no mundo, pois há problemas na América Latina, como no Chile, no Peru, na Argentina e na Venezuela.

Leia Também

Se a interlocução está boa, por que o governo e o Poder Legislativo não têm posição comum?

Isso não atrapalha em nada a interlocução. O governo, sabendo das dificuldades de uma reforma tributária, que é mais complexa do que a da Previdência, está sendo mais parcimonioso e apresentando a proposta em etapas. Maia acredita que dá para conseguir um pouco mais. Se ele entender que cabe uma reforma mais ampla, dará continuidade a ela.

A reforma tributária precisa ser aprovada no primeiro semestre do ano que vem, por causa da agenda eleitoral do segundo semestre. Ambas as Casas do Poder Legislativo têm consciência de que temos pressa. E todos sabem que, se ela não for aprovada até junho, o risco de não ser aprovada no ano que vem será muito grande, devido ao calendário eleitoral.

O sr. acredita que a aprovação da reforma tributária no primeiro semestre de 2020 terá o foco na simplificação de cinco impostos: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS?

Isso é o mínimo desejável. Mesmo que não se consiga fazer as outras mudanças agora, que se consiga realizar esta alteração. Nós sabemos que não vamos diminuir impostos agora, mas só reduzir estes custos na gestão das empresas será muito importante.

Quais serão os efeitos que o País registrará a partir da aprovação da reforma tributária?

Teremos uma boa melhoria de ambiente de negócios no Brasil, principalmente de empresas e investidores estrangeiros. Imagine o CEO de uma empresa multinacional quando enfrenta a complexidade de fazer investimentos no País com a cadeia tributária.

O ânimo para investir será outro com uma simplificação tributária. Isso diminuirá o tamanho das equipes dedicadas exclusivamente para lidar com impostos e também o risco de litigância nesses problemas, que muitas vezes levam a discussões intermináveis na Justiça.

Nesse contexto, o Brasil poderá ter 'upgrade' das agências internacionais de rating em 2020?

A nossa expectativa e a do governo é de que o Brasil terá upgrade (elevação) no próximo ano pelas agências internacionais de rating. Olhando o cenário nacional e do mundo, e o que os investidores estão precificando para o CDS do País, ao redor de 130 pontos, o Brasil já merece uma nota diferente.

Com a aprovação da reforma tributária, o câmbio pode ficar abaixo de R$ 3,90 em 2020?

Sim, pois a questão tributária é um entrave muito sério para investimentos no País. Se este obstáculo for retirado, mesmo parcialmente, a expectativa de volta de capital estrangeiro para o Brasil é muito grande. E com uma enxurrada de dólares no País, o câmbio deixará de estar pressionado.

A partir da aprovação da reforma tributária, quando o Brasil voltará a crescer 4%?

Se formos bem em 2020, crescendo a uma faixa entre 2,2% e 2,5%, para 2021 há um sinalizador de crescimento muito mais forte, inclusive se forem resolvidos problemas no mundo, como conflitos da China, o Brexit na Inglaterra, a América do Sul se acalmando. E o Brasil tem um papel fundamental neste trabalho.

O País tem de ser protagonista para ajudar a colocar panos quentes nesta ebulição social que ocorre nos países da região. Temos de reivindicar este protagonismo e o papel de ser agente de crescimento e fiador das diversas discussões no mundo, como a do comércio internacional.

É viável o Brasil crescer 4% até o final do governo do presidente Jair Bolsonaro em 2022?

Com certeza. Acho que até 2021 isto pode acontecer. Eu tenho uma expectativa muito positiva, estou sendo realista com as potencialidades que existem no Brasil.

Qual é o cenário do Bradesco para a concessão de crédito às grandes empresas?

Tenho viajado o País inteiro e as empresas estão com projetos excepcionais na gaveta e esperam uma sinalização mais forte do governo para investir.

Em quais áreas?

Há investimentos no Brasil que têm uma atratividade especial, como os relativos às áreas de infraestrutura, construção civil, energia e saneamento, cujo marco regulatório está praticamente resolvido. Tenho convicção de que o cenário de crédito para grandes empresas será muito melhor em 2020 do que neste ano. O crescimento da carteira de crédito do Bradesco para grandes companhias deve ficar em torno de 3% a 4% neste ano. Para 2020, não temos o guidance ainda, mas deve ser maior que 5%.

Como o sr. avalia a concorrência dos bancos públicos com o BBI, inclusive com a atuação da Caixa e a unificação dos negócios do BB com o UBS?

No caso do banco de investimento, nenhuma empresa faz mais nenhum lançamento de papel isoladamente, pois atua em um pool de bancos. O que temos visto é que estão vindo vários bancos estrangeiros e nacionais para atuar nesta área. Acho que o Banco do Brasil tem uma equipe fortalecida, a Caixa está montando sua equipe agora e pode vir a atuar também, faz parte do jogo. Nós vamos dividir o mesmo bolo e teremos de aprender a ter um pedaço menor, mas ganhar na escala.

Qual é a estratégia para enfrentar a concorrência?

É ter uma equipe muito diferenciada. O Bradesco mostrou isto no seu banco de investimentos e estamos liderando o ranking de emissões neste ano. O Bradesco tem balanço para emprestar dinheiro para estas empresas, o que é muito importante para apoiar seus investimentos.

Como está o processo de compra do banco BAC, na Flórida?

O Banco Central do Brasil já aprovou a aquisição. No dia 25, teremos uma reunião com as autoridades americanas sobre o BAC para esclarecer algumas dúvidas, o que é normal neste processo e está dentro do timing que esperávamos. Há 99% de chances que durante o primeiro trimestre do próximo ano a operação esteja totalmente aprovada pelas autoridades dos EUA.

Qual deve ser a estratégia internacional do Bradesco em 2020?

Nossa estratégia internacional está montada. Temos escritórios muito bem posicionados em Cayman e Luxemburgo. Há a compra do BAC nos EUA para atender nosso cliente private naquele país e também para poder realizar captação em dólares para atender necessidades de crédito dos clientes corporativos no Brasil. Estamos olhando com muito carinho o mercado de Portugal, não temos lá um escritório.

O Bradesco está em busca de outras aquisições pelo mundo, além do BAC?

Não, até porque ao olhar pelo mundo, os bancos europeus, como na Alemanha, estão gerando uma rentabilidade de 6%, 7% ao ano, nos EUA 12% ao ano. Estamos entregando 20% de rentabilidade no Brasil. Qualquer aquisição neste nível, quando ocorre a equivalência contábil, diminui o retorno no Brasil. Não há nenhuma possibilidade no momento de fazer novas aquisições fora. Vamos nos posicionar localmente para atender nossos clientes.

O que o sr. espera para o mercado de fusões e aquisições no próximo ano?

Este mercado está se aquecendo. Tivemos agora recentemente o anúncio da Marfrig e tem a venda da participação do BNDES na JBS. O BNDES tem um calendário muito forte de privatizações, que deve ser acelerado pelo seu presidente. Há uma expectativa de que 2020 será muito bom para este mercado.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
15 ANOS DE LUTA

Ressarcimento por perdas na poupança com planos Bresser, Verão e Collor volta ao centro do debate no STF após anos de espera

15 de maio de 2025 - 17:33

Ministros retomam julgamento nesta sexta-feira (16) de ação que começou em 2009, com brasileiros pedindo a correção justa de suas aplicações nos anos 1980 e 1990

BALANÇO

Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre

15 de maio de 2025 - 8:30

O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA

15 de maio de 2025 - 8:09

Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China

TEMPORADA DE BALANÇOS

Banco do Brasil (BBAS3) divulga hoje balanço do 1T25; saiba o que esperar, após resultados fortes de Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)

15 de maio de 2025 - 6:05

Analistas de mercado projetam um início de ano morno para o BB, com lucro e rentabilidade mais baixos que os já entregues em trimestres anteriores

VAI PINGAR NA CONTA

PagBank tem lucro de R$ 554 milhões, anuncia primeiro dividendo da história e indica que há mais proventos no radar

14 de maio de 2025 - 10:52

O banco digital destacou que, apesar de um “cenário econômico mais difícil”, conseguiu expandir a rentabilidade

DO ROXO AO VERMELHO

Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25

14 de maio de 2025 - 10:11

O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca

14 de maio de 2025 - 8:20

Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo

ONDE FOI PARAR O DINHEIRO?

Dinheiro esquecido: R$ 9,13 bilhões ainda estão dando sopa e esperando para serem resgatados

13 de maio de 2025 - 19:50

Dados do BC revelam que 42,1 milhões de pessoas físicas ainda não reivindicaram os valores deixados nos bancos

BALANÇO DO ROXINHO

Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados

13 de maio de 2025 - 18:23

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço

NEGOCIAÇÕES

FGC avalia empréstimo de ‘curtíssimo prazo’ ao Banco Master enquanto negócio com BRB não sai, segundo jornal

13 de maio de 2025 - 17:42

Segundo pessoas próximas ao Fundo Garantidor de Créditos, esses recursos seriam suficientes para ajudar no pagamento de dívidas de dois a três meses

MERCADO DE CAPITAIS

Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar

13 de maio de 2025 - 17:19

Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações

DE VOLTA ÀS ORIGENS

Elo, agora em 3 fatias iguais: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa querem voltar a dividir a empresa de pagamentos igualmente 

13 de maio de 2025 - 11:24

Trio de gigantes ressuscita modelo de 2011 e redefine sociedade na bandeira de cartões Elo de olho nos dividendos; entenda a operação

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)

12 de maio de 2025 - 20:00

Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras

BALANÇO DO LARANJINHA

Inter (INBR32) bate recorde de lucro e cresce rentabilidade no 1T25, mas ainda tem chão até chegar no 60-30-30

12 de maio de 2025 - 10:22

O banco digital continuou a entregar avanços no resultado, mas ainda precisa correr para alcançar o ambicioso plano até 2027; veja os principais destaques do balanço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China

12 de maio de 2025 - 8:07

Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana

RESULTADO

BTG Pactual (BPAC11) atinge novo lucro recorde no 1T25 e faz rivais comerem poeira na briga por rentabilidade

12 de maio de 2025 - 5:55

Lucro recorde, crescimento sólido e rentabilidade em alta: os números do trimestre superam as previsões e reafirmam a força do banco de investimentos

BOMBOU NO SD

O pagamento dos CDBs do Master, o estouro do Bradesco (BBDC4) no 1T25 e o futuro da Azul (AZUL4): um resumo do que foi notícia na semana

11 de maio de 2025 - 9:30

A semana que passou foi recheada de eventos capazes de mexer com o bolso dos investidores; confira as notícias mais lidas do Seu Dinheiro nesse período

LIMINAR PRA LÁ E PRA CÁ

Agora vai: Justiça derruba decisão que barrou compra do Banco Master pelo BRB

10 de maio de 2025 - 11:35

Em meio ao vaivém nos tribunais, o Master também enfrenta a desconfiança do mercado após tentar uma emissão de títulos em dólares e não conseguir captar recursos

COLCHA DE RESGATES

FGC pode emprestar R$ 4 bilhões para pagamento de CDBs do Master, segundo jornal — mas banco precisará de mais dinheiro para honrar vencimentos curtos

9 de maio de 2025 - 16:48

A assistência do Fundo Garantidor de Crédito só cobrirá parte do passivo de CDBs; o restante deverá ser coberto com capital do próprio fundador

O OTIMISMO CAUTELOSO DO BANCO

“O Itaú nunca esteve tão preparado para enfrentar desafios”, diz CEO do bancão. É hora de comprar as ações ITUB4 após o balanço forte do 1T25?

9 de maio de 2025 - 11:06

Para Milton Maluhy Filho,após o resultado trimestral forte, a expressão da vez é um otimismo cauteloso, especialmente diante de um cenário macroeconômico mais apertado, com juros nas alturas e desaceleração da economia em vista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar