Jeff Bezos: paciência para esperar o lucro da Amazon fez o maior bilionário do mundo
Como o empresário transformou uma pequena livraria online em uma das maiores varejistas do mundo e desbancou Bill Gates da lista da Forbes com uma fortuna estimada em US$ 148 bilhões
Em inglês, relentless. Em português, implacável. Se tem uma palavra que define bem Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, é essa. Em 25 anos, ele transformou a Amazon, uma desacreditada livraria online, de uma época em que a internet ainda engatinhava, em um conglomerado que faturou US$ 233 bilhões no ano passado. Pelo segundo ano consecutivo, Bezos desbancou Bill Gates e está no topo da lista de bilionários da revista Forbes, com uma fortuna de US$ 131 bilhões.
- Esta reportagem faz parte da série especial Rota do Bilhão, que conta a trajetória dos 10 homens mais ricos do mundo. Quem são? Como vivem? Como ficaram bilionários? E que lições você pode aprender com eles? Veja todas as histórias neste link.
A Amazon responde por metade de cada novo dólar gasto na internet nos EUA. Seus produtos de marca própria incluem pilhas, amêndoas, roupas, tesouras, colchões. São mais de 350 milhões de itens em suas prateleiras virtuais. Além do sucesso do varejo online, Bezos também criou outros dois negócios transformadores: o e-reader Kindle, que levou os livros de papel para uma plataforma eletrônica, e o Amazon Web Services (AWS) - um serviço pré-pago de computação em nuvem que reduziu o custo dessa tecnologia principalmente para pequenas empresas. Ainda assim, um dos mantras de Jeff Bezos e de seus executivos é de que a Amazon está apenas começando. O principal prédio da companhia, em Seattle, foi batizado de Day One, para que o lema não seja esquecido.
Foi nessa cidade, na costa Oeste dos Estados Unidos, que Bezos deu início à empreitada que o deixou bilionário. Ele tinha apenas 30 anos, e sua esposa na época, MacKenzie, primeira funcionária da Amazon, 23. Os dois se conheceram quando Bezos trabalhava como analista financeiro em uma gestora de investimentos de Wall Street. Ele pediu demissão para vender livros pela internet - foi considerado um louco na época.
O esboço do plano que daria origem à Amazon foi feito durante uma viagem de carro do casal e colocado em prática no verão de 1994. Dois meses depois de abrir a empresa, Jeff Bezos, formado com honras em Princeton, matriculou-se em um curso na Associação Americana de Livrarias para aprender a vender livros. Quase um ano depois, a Amazon fez sua primeira venda. Por dois anos, o casal trabalhou pesado, empacotando e despachando as encomendas. Em janeiro de 2019, eles anunciaram um divórcio bilionário.

Premeditado
Bezos e Mackenzie não eram movidos apenas por uma paixão pelos livros. Ele tinha planos maiores e parecia saber onde queria chegar desde o início. Acreditava que quando as pessoas aprendessem a comprar livros passariam a comprar outras coisas online. O fundador da Amazon trabalhou em cima da lógica de que os preços baixos atraíam clientes e que isso aumentava os volumes de venda, o que, por sua vez, fazia os preços caírem ainda mais. Sem os custos de manutenção de uma loja física, a empresa facilmente igualava ou superava os descontos de outras livrarias. Com sua escala e disposição para operar com margens zero, Bezos impôs uma barreira a potenciais concorrentes e deixou muita gente pelo caminho - o que também acendeu o alerta de órgãos reguladores.
No livro The Everything Store, sobre a história da Amazon, o jornalista Brad Stone mostra como Bezos usou seu poder de fogo para comprar a Zappos, uma varejista de calçados - e tirá-la do seu caminho. Ele desembolsou US$ 150 milhões em descontos e frete grátis até que o dono da Zappos se viu obrigado a vender o negócio para a Amazon ou quebraria. Também são muitos os relatos de que, para conseguir descontos de editoras, a Amazon simplesmente retira seus livros do site ou não ativa o botão de compra.
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Para desespero dos concorrentes, Bezos não é um empresário que persegue o lucro. Ele já demonstrou que entre lucrar e expandir o alcance de seu conglomerado, vai sempre optar pelo segundo caminho. Os investidores, acostumados aos resultados trimestrais do mercado financeiro, custaram a entender essa lógica, mas também se dobraram ao modelo de Jeff Bezos, que esperou seis anos para ver o balanço da Amazon no azul. Agora, mesmo lucrando, o resultado da Amazon é menor do que o dos principais rivais. Com um faturamento de US$ 233 bilhões no ano passado, a empresa de Bezos lucrou US$ 10 bilhões em 2018. A Apple, por exemplo, registrou um lucro de US$ 59,5 bilhões, a partir de receitas de US$ 265 bilhões.
“Os amigos me parabenizam depois de um anúncio de ganhos trimestrais e dizem: ‘Bom trabalho, ótimo trimestre’. E eu digo: ‘Obrigado, mas esse trimestre foi produzido três anos atrás’. Já estou trabalhando em um trimestre que vai acontecer em 2021”, disse Bezos recentemente em uma entrevista. Os investidores acreditam que no futuro a Amazon vai lhes retribuir toda paciência. Essa aposta na profecia de Jeff Bezos faz com que a empresa seja uma das mais valiosas do mundo, com valor de mercado de quase US$ 900 bilhões.
Bezos conquistou a confiança do mercado aos poucos ao dar demonstrações de que sabe perfeitamente o que está fazendo. Muitas das coisas que hoje são corriqueiras no universo digital foram introduzidas por ele. Até um tempo atrás, por exemplo, digitar o número do cartão de crédito em um site era uma insanidade. Foi a Amazon que mostrou aos consumidores que as compras online poderiam ser seguras, dando um empurrãozinho para que comércio global chegasse ao patamar em que está hoje - só neste ano, vai movimentar US$ 3,5 trilhões no mundo. Também foi a empresa de Bezos que criou as avaliações feitas pelos clientes, hoje tão comuns em sites e aplicativos. Desde o começo, a Amazon permitia que compradores avaliassem os livros à venda.

Nem todos são fãs
A expansão da Amazon e as mudanças que ela trouxe ao varejo desagradou mais que os concorrentes. Bezos ganhou o "prêmio" de pior chefe do mundo pela Confederação Sindical Internacional em 2014 pela forte pressão que impõe a seus trabalhadores, especialmente nos centros de distribuição da Amazon.
Ele também irritou Donald Trump, que chegou a acusá-lo de usar o Washington Post, jornal comprado por Bezos, para fazer campanha contra ele. Trump também já criticou a Amazon por pagar baixos impostos e matar empresas e empregos americanos.
Recentemente, a empresa de Bezos entrou em conflito com um de seus principais parceiros, o Fedex. A empresa americana de transporte de cargas disse um "não, obrigado" a Bezos e rompeu com o contrato com a Amazon. Bezos até pode sentir o impacto no curto prazo, mas caminha para verticalizar a operação da entrega, em mais uma prova de que está disposto a chegar ao futuro mesmo sozinho. Ele já montou uma empresa aérea só para atendê-lo, a Prime Air e está investindo US$ 1,5 bilhão em um aeroporto americano.
Viagem para a Lua
Jeff Bezos é, na essência, um visionário. E, como tal, não é de se espantar que um de seus negócios paralelos à Amazon seja uma empresa espacial, a Blue Origin, fundada em 2000. Ele vende US$ 1 bilhão em ações da varejista todo ano para financiar sua empresa de foguetes, que tem como um dos principais objetivos levar seres humanos para a Lua. Fã de ficção científica, Bezos diz que se preocupa com o descompasso entre o crescimento populacional e o fim de recursos na Terra, por isso está em busca de uma alternativa fora daqui.
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O mesmo Bezos, que decidiu disputar a nova corrida espacial, também investiu, em 2013, no Washington Post. O homem que criou a Amazon passou a ser, com esse negócio, um empresário da “velha mídia”. Não fazia sentido, mas deu certo. Desde que foi comprado, por US$ 250 milhões, o Post contratou mais de 200 jornalistas, atingiu a marca de 1,5 milhão de assinaturas digitais e deu lucro nos últimos três anos.
Os resultados positivos, de certa forma, já eram esperados do homem que tem no histórico a construção de uma gigante como a Amazon, e que sabia desde o início onde queria chegar. A grande sacada de Bezos foi ter percebido para onde a internet estava caminhando e se preparado para disputar esse novo mercado - de forma implacável. Aliás, ao começar seu negócio, em 1994, ele cogitou batizá-lo de Relentless.com, mas foi convencido na época, por amigos, de que poderia soar pejorativo e ficou com o nome do maior rio do mundo, o que mostra a ambição de quem já nasceu pensando em ser grande. Mas experimente digitar relentless.com no seu navegador e veja para onde Bezos vai te levar.

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