Investimento externo é o maior desde 2001
Contas externas mostram situação confortável do país na sua relação comercial e financeira com o resto do mundo. Ações e fundos tiveram saque anual pela primeira vez desde 2008, mas dinheiro já começou a retornar
O déficit em transações correntes, que mede a relação comercial e financeira do Brasil com o resto do mundo, encerrou 2018 em US$ 14,511 bilhões, ou 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2017, o déficit tinha sido de 0,35% do produto.
A ampliação do déficit era esperada em função do melhor desempenho da economia, que eleva a demanda por bens e serviços importados. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha, o déficit é baixo para padrões brasileiros e não apresenta riscos.
O que importa é que esse déficit é financiado com folga pelo investimento externo, que somou US$ 88,314 bilhões ou 4,7% do PIB, avançando do 3,42% de 2017. Em termos nominais, esse é o maior Investimento Direto no País desde 2012. Em percentual do PIB é a maior leitura desde junho de 2001 (4,79%).

Olhando a composição do IDP, há uma redução do volume de participação no capital, visto com o IDP propriamente dito, de US$ 64 bilhões em 2017 para US$ 55,994 bilhões em 2018. Já os empréstimos intercompanhia apresentaram alta de US$ 6,3 bilhões para US$ 32,32 bilhões no ano passado. Os setores de coque, derivados de petróleo, celulose, telecom e eletricidade foram os destaques nos empréstimos.
Rocha avalia que a redução no IDP modalidade participação de capital capta menores operações de grande valor, aquelas acima de US$ 1 bilhão. Em 2018 também ocorreram menos operações de privatizações e concessões, que movimentam volumes maiores de recursos.
Os dados mostram que no lado dos fundamentos, o país apresenta uma robusta situação externa, o que afasta crises no balanço de pagamentos como as que atingiram Argentina e Turquia em 2018.
Leia Também
Em tese, isso limita o espaço para grandes desvalorizações do real, mas é importante lembrar que o mercado também reage a expectativas com relação ao cenário interno (reformas) e externos (liquidez e crescimento mundial) na formação de preço da taxa de câmbio.
Ações e títulos
Os investimentos em carteira fecharam o ano com saída líquida de US$ 8,404 bilhões, sendo US$ 5,1 bilhões perdidos apenas em dezembro. Essa conta é influenciada por sazonalidade de fim de ano, com agentes reduzindo posições em ações e títulos para fechamento de balanços. Geralmente, o dinheiro que sai em dezembro já começa a retornar em janeiro e as parciais confirmam isso.
No mercado de ações, a saída líquida do ano ficou em US$ 2,217 bilhões, em comparação com um ingresso de US$ 2,963 bilhões um ano antes. Considerando, ações e fundos de investimento, a saída fica em US$ 7,682 bilhões, primeiro resultado negativo desde 2008.
Na renda fixa negociada no país, os saques líquidos ficaram em US$ 4,348 bilhões, depois de fechar 2017 com perda de US$ 5 bilhões.
O dados parcial de janeiro, até dia 24, mostram ingresso em ações e fundos de investimento de US$ 3,88 bilhões, e a renda fixa tinha resultado positivo de US$ 1,04 bilhão.
Lucros e dividendos
Dólar um pouco mais valorizado e melhora, mesmo que breve na atividade, influem nas remessas de lucros e dividendos, que fecharam o ano em US$ 16,946 bilhões, acima dos US$ 15,827 bilhões de 2017.
Na conta de juros, os pagamentos líquidos fecharam 2018 em R$ 19,970 bilhões, montante menor que os US$ 24,5 bilhões desembolsados em 2017. A conta capta um maior ganho com a renda das reservas internacionais.
Turismo
Ao longo do ano passado, os brasileiros gastaram US$ 18,263 bilhões em viagens internacionais, pouco menos que os US$ 19 bilhões de 2017. Descontando o que os estrangeiros deixaram por aqui (US$ 5,9 bilhões), essa conta do balanço fechou o ano deficitária em US$ 12,346 bilhões.
Projeções janeiro
Para janeiro, a previsão do BC é de um déficit externo de US$ 5,8 bilhões, contra US$ 6,3 bilhões em janeiro de 2018. Para o IDP, a projeção está em US$ 4,3 bilhões em janeiro. No mês até o dia 24, o ingresso estava em US$ 3,3 bilhões. Em janeiro de 2018, o ingresso tinha sido de US$ 8,363 bilhões.
A parcial para remessas de lucros e dividendos, agora em janeiro, até o dia 24, estava em US$ 1 bilhão, e o pagamento de juros consumia US$ 3,7 bilhões.
O BC também atualizou o fluxo cambial em janeiro até o dia 24. O resultado é negativo em US$ 822 milhões, sendo US$ 625 milhões na conta comercial e outros US$ 197 milhões na conta financeira. Com fluxo negativo, os bancos são têm de prover liquidez ao mercado, ampliando sua posição vendida de US$ 24,865 bilhões, em dezembro, para US$ 25,518 bilhões agora em janeiro.
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro
Mega-Sena acumula, mas Lotofácil faz 5 milionários; Timemania acumula em R$ 51,5 milhões
Lotofácil pagou mais de R$ 1 milhão a cada acertador; veja os resultados das principais loterias e quando acontecem os próximos sorteios
Balanço da COP30: evento termina com financiamento para florestas, mas sem mencionar petróleo
Além da adaptação aos impactos climáticos, muitos países esperavam medidas para enfrentar as causas do aquecimento global, que não foram anunciadas
Para cumprir regra fiscal, governo reduz contenção de gastos de ministérios de R$ 12,1 bi para R$ 7,7 bi
Ao realizar suas avaliações bimestrais do andamento fiscal do ano, o governo tem mirado o limite inferior da margem de tolerância da meta
Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da PF
Ainda não se esgotarem os recursos disponíveis para a defesa do ex-presidente tentar reduzir a pena ou rever eventuais incongruências na decisão tomada pelos ministros da Primeira Turma.
Da carne ao açaí: os destaques da lista de 249 produtos agropecuários brasileiros beneficiados pela retirada das tarifas dos EUA
Com a medida retroativa, estarão isentas todas as mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 12h01 (horário de Nova York) de 13 de novembro
Oncoclínicas (ONCO3), 1,6 milhão de pessoas, fundos de pensão de servidores: veja quem já foi afetado pela liquidação do Banco Master (até agora)
A rentabilidade oferecida pelo Banco Master parecia boa demais para ser ignorada. Com CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) rendendo até 140% do CDI, o benchmark do mercado, diversas pessoas e empresas investiram nos papéis. Agora, precisarão pagar um preço caro pelas aplicações com a liquidação extrajudicial do banco. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) cobre […]
Após fim da tarifa de 40% sobre carne bovina, Minerva (BEEF3) e MBRF (MBRF3) sobem na bolsa; o que pode acontecer com o preço da carne no mundo?
Preço futuro da arroba do boi estava em queda, após medidas mais restritivas da China. Retirada das tarifas dos EUA deve reduzir a pressão de baixa
Falcon 7X: como é o jato de R$ 200 milhões no qual dono do Banco Master teria tentado fugir do Brasil
Fabricado pela francesa Dassault Aviation, o Falcon 7X combina autonomia intercontinental, tecnologia derivada da aviação militar e configurações de luxo
Adeus, tarifas: governo Trump retira sobretaxa de 40% sobre importações brasileiras de mais de 200 produtos
EUA retiram a tarifa adicional de 40% sobre carne, café, suco de laranja, petróleo e peças de aeronaves vindos do Brasil
Vai precisar de CNH para andar de bicicleta? Se for ela motorizada, a resposta está aqui
Contran atualiza as regras para bicicletas elétricas, ciclomotores e equipamentos motorizados; entenda quando será obrigatório ter CNH, placa e licenciamento.
