BC erra ao atrelar queda de juros à reforma, diz Figueiredo, da Mauá Capital
Ex-diretor do Banco Central prevê duas quedas na Selic de 0,5 ponto porcentual cada uma até o fim do ano e diz que política monetária deve apenas focar na expectativa de inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) erra ao atrelar a sua política monetária à tramitação da reforma da Previdência no Congresso, segundo o ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo e sócio-fundador da Mauá Capital.
Para ele, o regime deve apenas focar na expectativa de inflação. Se ela está abaixo da meta, a taxa básica de juros, a Selic, deve cair. "Caso a reforma não aconteça, aí se deve reagir a isso", diz Figueiredo, que prevê duas quedas na Selic de 0,5 ponto porcentual cada uma até o fim do ano. A seguir, trechos da entrevista.
O mercado esperava a manutenção da Selic, mas também uma indicação de que os juros deverão cair na próxima reunião. O teor do comunicado ficou aquém do esperado?
Ele (o Copom) reconhece que a inflação está melhor, mas mira no risco da reforma da Previdência, que diz ser predominante neste momento. Caso o Congresso aprove a reforma em julho, é muito provável que se reduza o juro. As projeções do Copom colocam a inflação em 3,6% para 2019 e 3,9% para 2020. Ambas abaixo de 4%, a meta. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2019 em 5,75%.
O Copom acertou, então, na manutenção da taxa e no comunicado?
Conceitualmente, não acho correto atrelar a política monetária a uma decisão do Congresso. A política monetária tem o objetivo de alcançar um nível de taxa de inflação. Quando se está com a perspectiva de inflação abaixo da meta, deveria se reduzir o juro, a não ser que tenha um grau de incerteza tão grande que impeça de fazê-lo.
No caso da reforma, caso ela não aconteça, aí se deve reagir a isso, posteriormente, porque é um evento suficientemente relevante para mudar o cenário inflacionário. Com as informações que se tem hoje, estamos rodando com expectativa de inflação abaixo da meta, então tem de cortar os juros. O próprio mercado já considera a queda de juros nas projeções e a aprovação da reforma.
O Federal Reserve, o banco central americano, indicou que poderá cortar a taxa de juros no País. A pressão para o BC fazer o mesmo aumentou, não?
Sem dúvida. A economia no mundo todo está se desacelerando e há uma tendência global de queda de juros. O Chile, inesperadamente, reduziu a taxa de juros. O Banco Central europeu também. Com a taxa de juros no mundo mais baixa, o Brasil tem espaço também para cortar sem que se gere uma depreciação cambial.
Leia Também
Qual a projeção da Mauá Capital para a Selic?
Esperamos duas quedas de 0,5 (ponto porcentual) cada uma a partir da próxima reunião do Copom. Pelo menos isso, podendo ser mais.
Essa redução esperada poderá impulsionar a atividade econômica? Houve muitos questionamentos do efeito real na economia do último ciclo de expansão monetária.
Foram grandes os efeitos da redução da Selic. A questão é que o nível de incerteza também estava muito alto. Houve dois choques, a greve de caminhoneiros e a crise argentina, que prejudicaram a recuperação.
Com a aprovação da Previdência e a queda dos juros, o País pode entrar num ciclo de crescimento então?
Nossa visão é de recuperação gradual. Não vai ter um pulo de crescimento, mas, sim, tem de reduzir o juro de um lado e, de outro, o nível de incerteza.
Vai fazer a prova do docente? Veja tudo o que precisa saber antes de fazer a prova
Avaliação será aplicada neste domingo (26), em todo o país; entenda a estrutura da prova e quem pode participar
Bet da Caixa ameaçada? Lula cobra explicações do presidente do banco
Com o incômodo de Lula, o andamento da nova plataforma de apostas online do banco pode ser cancelado
Trump confirma encontro com Lula e diz que avalia reduzir tarifas ao Brasil “sob certas circunstâncias”
O republicano também lembrou da breve conversa com o presidente brasileiro nos bastidores da ONU, em Nova York
Mega-Sena sorteia quase R$ 100 milhões hoje — mas não é a única com prêmio milionário; confira os sorteios deste sábado
A Mega-Sena está encalhada há sete sorteios. Timemania, Lotofácil, Quina, Dia de Sorte e +Milionária também voltam a correr hoje
João Fonseca x Jaume Munar no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca encara o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) pela semifinal do ATP 500 da Basileia; partida define quem vai à final do torneio suíço
“Brasil não precisa se defender”, diz CEO da COP30 sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial; entenda o que o governo quer do encontro
A gestão do evento adotou medidas rigorosas para reestruturar a participação do setor privado e de outras instituições na Agenda de Ação da COP30, segundo a executiva
De desistência em desistência, João Fonseca avança à semifinal no ATP 500 da Basileia, tem melhor colocação de sua história e garante bolada
Após vitória com desistência de Shapovalov, João Fonseca chega à semifinal do ATP 500 da Basileia, conquista seu melhor ranking na carreira e garante prêmio de quase R$ 850 mil
É tudo fachada? Arranha-céu cheio de bilionários e famosos corre risco de colapso
Refúgio de bilionários onde mora Jennifer Lopez corre risco de desabamento. Entenda o que causou a crise no arranha-céu
Usiminas (USIM5) cai até 8% com prejuízo inesperado, mas possíveis dividendos melhoram humor do acionista
Empresa registrou um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre após revisões de ativos que os analistas não esperavam
Vai tentar o Sisu 2026? Agora você pode usar a melhor nota do Enem dos últimos três anos
MEC muda regra para ampliar oportunidades e reduzir a pressão sobre os candidatos; veja como vai funcionar o novo sistema de seleção
NBA abre temporada nas páginas policiais: escândalo de apostas leva técnico e jogador à prisão e envolve até a máfia
Escândalo de apostas esportivas e manipulação de resultados atinge a NBA; investigação do FBI prende 31 pessoas, incluindo o técnico Chauncey Billups e o armador do Miami Heat, Terry Rozier
Black Friday ou Black Fraude? Golpes disparam e consumidores ligam o alerta; veja como se proteger
Descontos de mentira, Pix falsos e anúncios clonados: os bastidores da “Black Fraude”
Restituição do IR: Receita Federal libera consulta a lote da malha fina; veja se você recebe
Consulta ao lote residual de outubro contempla contribuintes que saíram da malha fina ou entregaram a declaração fora do prazo
João Fonseca x Denis Shapovalov no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir
João Fonseca enfrenta o canadense Denis Shapovalov pelas quartas de final do ATP 500 da Basileia nesta sexta-feira (24)
Mega-Sena acumula de novo e prêmio em jogo se aproxima de R$ 100 milhões
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela está encalhada há sete sorteios, mas só voltará à cena amanhã.
Lotofácil 3520 tem 33 ganhadores, mas só 5 ficam milionários
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (24) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3521
Caixa libera hoje (24) parcela de outubro do Bolsa Família para NIS final 5
Caixa libera mais uma rodada do Bolsa Família; 18,9 milhões de famílias recebem em outubro
“Com a dívida pública no nível atual, cada brasileiro acorda devendo R$ 30 mil”, diz Gustavo Franco
Idealizador do Plano Real afirma estar assustado com a situação fiscal, e afirma que a postura do governo está errada e precisa mudar
Só para os “verdadeiros”: Maroon 5 fará show gratuito no Brasil, mas apenas 3 mil fãs terão acesso
Banda se apresentará de graça em São Paulo no dia 5 de dezembro; saiba como concorrer aos ingressos
Por que a temporada de balanços do 3T25 não deve ser “grande coisa”, segundo estes gestores — e no que apostar
O Seu Dinheiro conversou com Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA. Eles explicam porque a safra de resultados deve ser morna e quais são as empresas que devem se destacar — além de ações para ficar de olho