Cyrela, Lojas Americanas, B2W e outras 2 empresas divulgam balanços nesta semana
Enquanto as varejistas B2W e Americanas devem mostrar realidades opostas, a Cyrela deve amargar um novo prejuízo em 2018
Em suas últimas semanas, a temporada de balanços anuais de 2018 ainda reserva alguns resultados relevantes dentro do Ibovespa.
Na agenda dos próximos dias, Qualicorp abre os trabalhos logo de cara, com resultados divulgados nesta segunda-feira, 18, após o fechamento dos mercados. Representando o varejo brasileiro, B2W e Lojas Americanas divulgam seus resultados na quarta-feira, 20, também após o fechamento da bolsa.
Já na quinta-feira, 21, é a vez de Cyrela e CCR soltarem seus balanços anuais. Ambas esperam os mercados fecharem para divulgar os números.
Realidades opostas
Elas são controladas pelo mesmo grupo, mas vivem momentos completamente diferentes em seus negócios. Talvez você não saiba, mas a Lojas Americanas, cujo lucro deve disparar em 2018, é detentora de pouco mais de 60% da B2W, que engloba marcas como Americanas.com e Submarino e tem amargado uma sequência de prejuízos.
Apesar da febre digital dos últimos anos, é na loja física que a Americanas está conseguindo fazer dinheiro. Analistas consultados pela Bloomberg estimam que a empresa deve entregar um lucro anual de R$ 541,438 milhões. Se confirmado, esse número deverá representar uma alta de 127% na comparação com o ano anterior.
A receita líquida da companhia também deve subir, alcançando R$ 17,943 bilhões em 2018. A geração de caixa medida pelo Ebitda, no entanto, deve recuar de R$ 2,817 bilhões em 2017 para R$ 2,601 bilhões no ano passado.
No quarto trimestre, os analistas de mercado estimam lucro líquido ajustado de R$ 337,333 milhões, Ebitda de R$ 978,143 milhões e receita líquida de R$v 5,902 bilhões. Vale lembrar que, no 3º trimestre, a Lojas Americanas decepcionou o mercado com um balanço fraco.
No lado vermelho da força, as estimativas para a B2W não são nada animadoras. Em 2018, a expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg é de um prejuízo líquido de R$ 345,176 milhões, um pouco menor do que os R$ 411,450 milhões negativos registrados em 2017.
Aprofundando um pouco mais nos números, dá para perceber as dificuldades da companhia. A geração de caixa medida pelo Ebitda deve reduzir de R$ 620 milhões em 2017 para R$ 458,875 milhões no ano passado. Já a receita líquida deve recuar cerca de 6,5%, atingindo R$ 6,660 bilhões.
Outro 'preju' pra conta
Ela pisou feio na bola no terceiro trimestre ao aumentar seu prejuízo e deve encerrar o ano de 2018 mais uma vez no vermelho. A Cyrela até pode conseguir um aumento de quase 60% em sua geração de caixa e de 6% em sua receita líquida, como estimam os analistas, mas isso não deve ser suficiente para reverter os R$ 90,745 milhões de prejuízos esperados pelo mercado.
Os economistas estimam que a maior incorporadora do Brasil deve apresentar um Ebitda anual de R$ 130,818 milhões e receita líquida de R$ 2,837 bilhões.
No quarto trimestre, a expectativa é de lucro líquido ajustado de R$ 100,125 milhões, além de um Ebitda de R$ 125,5 milhões e receita de R$ 1,015 bilhão.
Para colocar na agenda
Qualicorp e CCR também devem divulgar seus números e separei para você um compilado das principais projeções para os balanços. Destaque para a CCR, que recentemente arrematou a Linha 15 - Prata do Monotrilho de São Paulo em leilão e que deve apresentar redução no lucro líquido em 2018.
Americanas (AMER3) estuda descomplicar reestruturação e ter empresa única no Novo Mercado da B3; entenda
A decisão da Americanas de ter uma única empresa listada na B3 ainda não foi tomada, mas deve ser bem recebida pelo mercado; ações têm maior queda do Ibovespa no ano
Oportunidade ou mico? Por que a ‘nova’ Americanas (AMER3) lidera as quedas do Ibovespa após fusão com a B2W
A fusão entre Lojas Americanas e B2W era muito aguardada e considerada essencial para o processo de crescimento da empresa, mas desde que o casamento se concretizou, as ações entraram em queda livre
Por um lado, reabertura. Por outro, juros mais altos. Como ficam as ações das varejistas?
Esse pano de fundo é positivo para varejistas como Marisa, Lojas Renner, Arezzo e Alpargatas. Mas não é tão bom para Via, B2W, Americanas e Magazine Luiza
Americanas (AMER3) mostra força em sua “estreia” nos balanços, e vem mais por aí – Veja os números
Resultado do segundo trimestre é o primeiro depois da fusão operacional entre B2W e Lojas Americanas, que ainda trará sinergias
Fruto do casamento entre B2W e Lojas Americanas, holding Americanas S.A estreia com queda de mais de 6% na bolsa
Além da aversão ao risco, o movimento também conta com um empurrãozinho de uma realização de lucros, após os papéis da B2W subirem forte no último dia de negociações, na sexta-feira (16).
Saiba como ficam as ações da ‘nova e velha’ Americanas após fusão com B2W
Analistas explicam como devem ficar os papéis da holding de investimentos e da empresa resultante da união, aprovada pelos acionistas ontem
B2W sobe aposta em lives de produtos com aplicativo exclusivo para transmissões
A B2W lançou, nesta sexta, sua plataforma “social commerce”, um app em que é possível acompanhar lives e comprar produtos ao mesmo tempo
B2W fecha parceria com aplicativo inglês de ‘live commerce’ e planeja acelerar o ‘Americanas ao vivo’
Acordo prevê a exclusividade do uso da tecnologia e da plataforma da OOOOO pela B2W; app tem foco em consumidores mais jovens
Por que as ações de Lojas Americanas caem e as da B2W sobem após acordo de fusão?
Mercado vê “desconto de holding” em LAME, prevê expansão das Americanas, mas diz que fusão foi feita “provavelmente” para beneficiar majoritários
Lojas Americanas e B2W fecham acordo para combinar operações e preveem listagem nos EUA
Fusão já era esperada desde fevereiro, quando empresas iniciaram estudos. Todas as operações passam a ser desenvolvidas pela B2W, que se transformará em Americanas S.A.
Leia Também
-
E agora, Ozempic? Caneta emagrecedora Zepbound se mostra promissora no tratamento da apneia do sono
-
CCR (CCRO3) e Vibra (VBBR3) anunciam mais de R$ 1,2 bilhão em dividendos; confira o cronograma de pagamento de cada uma das companhias
-
Fundo que detém direitos de músicas de Beyoncé e Shakira anuncia venda de US$ 1,4 bilhão a investidor
Mais lidas
-
1
Tchau, Vale (VALE3)? Por que a Cosan (CSAN3) vendeu 33,5 milhões de ações da mineradora
-
2
Sabesp (SBSP3): governo Tarcísio define modelo de privatização e autoriza aumento de capital de até R$ 22 bilhões; saiba como vai funcionar
-
3
Qual o futuro dos juros no Brasil? Campos Neto dá pistas sobre a trajetória da taxa Selic daqui para frente