A novela da aquisição de partes da Avianca Brasil acaba de ganhar mais um capítulo. A Azul informou nesta segunda-feira, 13, que fez um requerimento para a aquisição de uma "Nova UPI", que contempla determinados horários de chegada e partida atualmente operados pela Avianca, incluindo os da ponte aérea Rio-São Paulo, por um valor mínimo de US$ 145 milhões.
A proposta original de recuperação judicial da empresa prevê a divisão dos ativos da Avianca em sete estruturas chamadas de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs).
O pedido foi feito ao Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo (Juízo da RJ), onde se processa a recuperação judicial da Avianca . Segundo comunicado da Azul, o pedido é também uma forma de aumentar a competitividade na ponte aérea e não invalida o procedimento de leilão das sete unidades UPIs, que deveria ter ocorrido no dia 6 de maio, mas foi suspenso por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
"A Azul acredita que o pedido formulado ao Juízo da RJ para alienação judicial da Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, o uso continuado de bens e a preservação de atividades, as quais correm grave risco de paralisação e rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor
interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos".
Na semana passada, o Cade, temendo uma maior concentração entre as maiores companhias aéreas, defendeu que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dividisse os slots da Avianca para um nova empresa ou entre companhias com menor participação no mercado, como é o caso da Azul.
O pedido ainda passa por análise do Juízo da RJ.